quinta-feira, 31 de março de 2011

JOSÉ ARGÜELLES

(1939-2011)
                                                                                                                                        31/03/2011

O  Planeta Terra e a humanidade  perderam,  em 23/03/2011,  a presença física, material  de um de seus mais ardorosos defensores  ─  JOSÉ ARGÜELLES conhecido, pelos seguidores do Calendário da Paz como  ─ Valum Votan.
Meu primeiro contato com Argüelles,  aconteceu quando adquiri o livro ─ O Fator Maia – Um Caminho além da Tecnologia, isto em 1992.
Nesse livro, Argüelles  conta os 33 anos de busca pelo entendimento da cultura e ciência maia tendo, como principal foco, o famoso ─ Módulo Harmônico MaiaTzolkin
O Fator Maia, é uma profunda imersão no fantástico mundo maia; as dúvidas que todos temos, podem ser cientificamente esclarecidas, nesse livro; mesmo assim, ele não é histórico, no sentido estrito, da palavra; vai muito, muito além.
Argüelles consegue, de forma incrivelmente acessível, nos mostrar a enorme diferenciação ─ principalmente energética ─ entre o calendário gregoriano adotado pela grande maioria de países,  do mundo , e o Calendário Maia.  Faz uma incrível e precisa análise dos 13 Baktun’s  que abrangem desde 3113 a.C até 2012 d.C.
Daí para frente, Argüelles, juntamente com sua companheira de caminhada, iniciam um verdadeiro apostolado em favor da alteração do calendário vigente e também em favor da evolução do humano, através da cooperação entre povos e nações.
Em 1996  li, do mesmo autor, Os Surfistas do Zuvuya, uma aventura interdimensional. Veja, abaixo, como o próprio autor conceitua Zuvuya:
“Zuvuya é o termo maia para o grande circuito de memória. É o canal direto da memória. Atua de modo individual e coletivo. O que é mais importante, ele nos une ao futuro e ao passado. Por quê? Porque Zuvuya é um encadeamento interdimensional. E todos nós somos interdimensionais.”
Quando Argüelles tinha terminado de escrever esse pequeno e interessante livro, seu filho de 18 anos ─ Josh, morreu em um grave acidente automobilístico.
Outro livro importante, de Argüelles, que chegou ao Brasil, foi ─ O tempo e a tecnosfera; esse livro é importante para entendimento de como a lei do tempo participa, regula até mesmo,  as relações humanas.
Além desses dois livros, li também, na íntegra, AS 28 CONFERÊNCIAS DE VALUM VOTAN  E BOLON IK EM PICARQUIM – CHILE. Elas são encontradas no site abaixo; foi através dele que fiz cópia desse documento,  de extraordinária clareza e importância.
José Argüelles tem sido muito comentado, em vários livros que falam sobre 2012; nem todos, entretanto,  o citam de forma correta. Nos livros escritos por ele e em concordância com inúmeros insight’s captados durante sua longa trajetória nos estudos maias, feitos com bases científicas ─ não de forma especulativa ─, todas as coisas pelas quais o Planeta e a humanidade estão passando,  sentindo,   tende a nos encaminhar  à evolução mental, espiritual, energética desde que,  saibamos ler os sinais. Porém, mesmo que a grande maioria permaneça  indiferente, as mudanças acontecerão e serão profundas.
José Argüelles deixou, para a humanidade,  um extraordinário trabalho de esclarecimento sobre os novos tempos, que virão à luz. Ao penetrar profundamente nas Profecias Maias e na noção que os maias tinham, do tempo, trabalhou cientificamente para estruturar, em termos modernos, aquilo que o tempo, em sua realidade maior e verdadeira, havia disseminado na consciência/cultura,  do povo  maia,  O sincronismo do tempo natural, verdadeiro, levou Argüelles a esse trabalho fantástico, no tempo exato em que Planeta e Humanidade necessitam, urgentemente,  dele.
Espero,  sinceramente, que alguns dos que lerem este post,  busquem  aproximar-se dos estudos de Argüelles e entendam a extrema importância,  desse humano, por nos premiar com um trabalho que transcende as limitadas e limitantes fronteiras  do materialismo e do tempo artificial, tão desconectados da Consciência.

Maria ─ Estrela Lunar Amarela

sábado, 19 de março de 2011

UM PESO... INÚMERAS MEDIDAS


                                                     
 19/03/2011

Dia 18/03, saiu a notícia na imprensa, da decisão do Conselho de Segurança da ONU, sobre aprovação da exclusão aérea em território Líbio, algo que já havíamos comentado, em outro post.
Brasil, Alemanha, China e Rússia, abstiveram-se de votar.
Abaixo, vamos mostrar alguns pontos que esse órgão definiu como razão mais que suficiente,  para a tomada  dessa decisão.
El Consejo de Seguridad de la ONU aprobó este jueves el uso de la fuerza para detener el avance del coronel Muamar Gadafi sobre los rebeldes libios. He aquí los principales puntos de la resolución votada por el Consejo de Seguridad.
“El Consejo de Seguridad, expresando una gran preocupación por la situación que se deteriora, la escalada de violencia y el número de víctimas civiles.
Recordando la responsabilidad de las autoridades libias de proteger a la población libia
Considerando que los ataques sistemáticos que tienen lugar en Libia contra la población civil pueden ser asimilado a crímenes contra la humanidad,
Expresando su determinación de asegurar la protección de los civiles y de las zonas habitadas por civiles y la entrega rápida de asistencia humanitaria.  Fonte: site Rebelion.org.
Com essa verborreia tradicional, decretaram o primeiro passo para a possível intevenção armada, na Líbia.
Descaradamente,  falam sobre  a população  civil  que deve ser  “protegida” da violência, que eles imputam ao  regime de Kadafi. Consideram, ainda, que os ataques em questão, contra os civis, podem ser  “comparados” a crimes contra a humanidade, determinando entrega rápida de assistência humanitária.
Tudo conforme o figurino; nenhuma diferença de outras situações passadas, em que países foram totalmente destruidos e os civis, tão considerados pelo Conselho,  sistematicamente atacados e mortos, aos milhares.
Países como Vietnã, Afeganistão, Iraque, foram devastados.
O Afeganistão foi invadido pelos Estados Unidos, em 2001. É bem verdade que a ONU não autorizou essa invasão; a autorização foi dada pelo Senado americano, ao então presidente Busch, tendo como motivação caçada a Osama bin Laden e outros lideres da Al-Qaed, em razão do famoso ataque às Torres Gêmeas.   Essa situação iniciada  em 2001, continua; agora vem a 2ª  parte do plano ─ a reconstrução do país quando então, ficam de lado as indústrias bélicas e entram outras, para faturar sobre os escombros, claro. Os mortos, dessa guerra, são contados aos milhares, sendo a grande maioria, civis. A ação mais cruel ficou conhecido como Massacre de Dasht-i-Leili, aldeia talibã,onde cerca de aproximadamente 3.000 talibãs foram exterminados.
O que vimos acima é apenas e tão somente,  uma rapidíssima pincelada de tudo o que ainda está acontecendo, no Afeganistão.
A guerra do Iraque  ─ que já comentamos em outro post, ter sido um grande embuste do governo americano ─ também não teve aprovação do Conselho de Segurança, da ONU; votos contrários  invalidaram a decisão de intervenção militar. Mas Bush conseguiu apoio dos governos da Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido e as tropas, lideradas pela OTAN,  invadiram o Iraque, arrasaram com o país. Segundo consta, mais de 1.600 baixas de militares americanos além de outros tantos milhares de civis, grande parte, crianças e mulheres. Um país destruido; uma população entregue a própria sorte. Onde estão os ativistas “institucionalizados”, dos Direitos Humanos?  Lá, ao que tudo indica,  eles não estão,
A bola da vez parece ser a Líbia, afinal, Kadafi,  em recentes declarações ─ segundo post do site Rebelion.org ─ disse não confiar nas empresas multinacionais que transacionam petróleo em territorio líbio. Foi um pouco mais longe,  dizendo que os próximos contratos seriam com Rússia, China e Índia. Logo após essas declarações,  começou aquela ladainha toda, que ouvimos/lemos na imprensa oficial.
Enquanto o caldeirão está sendo preparado, Obama está em territorio brasileiro para visita de “cordialidade” e acertos de negociações,  com o governo brasileiro. Olha o pré-sal aí, gente!
UM PESO… INÚMERAS MEDIDAS, todas vinculadas ao interesse financeiro/económico,  da ainda, grande potência  mas, não mais tão hegemônica, quanto antes ─  mas,  poderosa, principalmente em “defesa” dos direitos humanos  dos civis,  em  países em que os governantes  deixam de ser interessantes  ao sistema neoliberal, vigente.
Bem fez o ex-presidente Lula em não aceitar o convite para almoço de confraternização;  marcaram  presença, nele,  FHC, Collor, Itamar e Sarney,
UM PESO ─ não tente peitar o poder financiero/econômico mundial; inúmeras e desagradáveis medidas serão imediatamente tomadas.
EM TEMPO, PESSOAL:  O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, EM  TERRITÓRIO BRASILEIRO, ACABA DE AUTORIZAR INTERVENÇÃO MILITAR, NA LÍBIA.
Será que não é uma mensagem velada, ao Brasil?   Será que quer  mostrar algo, para a presidente Dilma? Será que o script já estava pronto? Será?  Será?  Será??????????????
Bem, nada mais a comentar; infelizmente,  tudo dentro do que sempre foi e é;  se vai continuar sendo, é o que veremos.
Desculpem-me algum erro; acontece que estou realmente P da cara com tudo isso!

Autora: Maria – Estrela Lunar Amarela

UMA OPINIÃO RELEVANTE



                                                                                                                                    18/03/2011

Recebi, via e-mail, um comentário extremamente interessante, assinado por ─ Gustavo, uma pessoa que conheci, rapidamente,  em uma livraria e que diz acessar o blog, com certa frequência.
Foi bastante longa a sua mensagem; respondi, dizendo que seu comentário merecia um post ─  este.
O cerne de seus comentários, é, nas palavras dele, a miscelânea  dos assuntos, postados. Gustavo diz não entender bem, as facetas mostradas, no que é postado. A divergência, dos assuntos  é, segundo ele, “estranha”;  por vezes questões políticas, outras, esotéricas, além de assuntos pessoais como ─ Retrato de um amigo.
Ele termina a mensagem com duas perguntas bem diretas:  “Qual é, exatamente, a sua?”  e “Por que você trata a pessoa como animal humano/”.
Gustavo,  antes de mais nada,  é muito bom ter esse tipo de interação; nos faz refletir sobre como somos compreendidos, ou não, naquilo que tentamos expor.
Tentar responder a você, qual é a minha, é difícil. Seria mais fácil dizer sobre o que não gosto de falar/escrever. Não gosto de falar sobre tragédias, pura e simplesmente; elas estão acontecendo quase que diariamente; cada um precisa fazer reflexão própria, sobre. Não me faz a cabeça escrever sobre fofocas da mídia, nem sobre bolsa de valores, aplicações financeiras e similares, entre outros.
Confesso, entretanto, que minha tendência, como você pode observar, é a fusão entre a mística e física quântica que prevejo, será extremamente favorável,  ao animal humano.  Minha afinidade maior, então,  é com a ciência, mais especificamente a física e de forma especialíssima ─ a Física Quântica, razão de nossa rápida conversa, no encontro acima citado.
Aliás, animal humano, grifado acima, parece a você, depreciativo. Não Gustavo, não é, acredite.
Somos membros da família animal ─ Primata bípede /Homo Sapiens, que em latim quer dizer: “Homem sábio”, exatamente o que não somos; se fossemos, não estaríamos presenciando os atuais acontecimentos do Planeta e da dita civilização.
Veja o pensamento abaixo, por favor.
"O Homem não é o único animal que pensa. Entretanto, é o único que pensa que não é animal." Pascal

A esse pensamento de Blaise Pascal (1623/1662), grande físico, matemático, filósofo,  nada há para acrescentar. Pascal tem outro pensamento, que é o mais famoso, dele:  O coração tem razões que a própria razão desconhece”. 

Pegando carona no último pensamento citado, afirmo a você que meu coração pulsa ─ como o de todos os seres da natureza ─ na mesma frequência que o Planeta Terra; isso não é nem místico, nem esotérico ─ é científico. Ele também pulsa, como não poderia deixar de ser, em uníssono com a humanidade, com toda a Natureza. Imagine o quanto ele anda sofrendo, ultimamente. Mesmo que tenha muita propensão ao racional e lógico, não consigo dominar o coração e ele, muitas vezes, sangra. Ainda bem que esse sangrar é metafórico; mas a dor é tão grande, talvez maior do que se fosse real, acho.

Gustavo, você também diz que em um post abro “muitas questões secundárias” e você está certo. Entretanto, elas podem ser secundárias, mas não são impróprias, pelo menos em meu entender. Acontece que nada é estanque; tudo está intimamente relacionado, de uma forma ou de outra e como não sou expert, em nenhum assunto, especificamente, transito entre vários, buscando as conexões afins, vasculhando várias teias que tecem  o todo,  da  questão enfocada. Entretanto, não se consegue perceber a totalidade, de tudo; isso é próprio de gênios e estou anos-luz, de tal condição. Faço o que posso, dentro de minhas limitações, que são muitas.

Sabe Gustavo, tive a felicidade de ter tido um ambiente familiar em que a busca pelo saber foi sempre incentivada, sem barreiras, principalmente a religiosa que normalmente, no milênio passado, em que nasci, representava profunda submissão ao que havia sido estabelecido pelo poder institucionalizado, da religião. Sem barreiras, sem preconceitos, a busca pelo saber fez-me livre para pensar, tornando-se, a busca pelo saber, o leitmotive, de minha vida, em várias áreas. Essa busca pelo saber, entretanto, é diferenciada, em muito, da assimilação de conhecimento que configura ─ intelectualidade. Não sou,  nem nunca me esforcei para ser,  intelectual; nada contra aos que o são; acho inclusive fantástico pessoas com grande bagagem cultural, condição precípua para a intelectualidade. Esse não é o meu perfil.

Espero ter dado a você uma “panorâmica” da forma como as coisas transitam, no meu mental, que é um pouco complicado, justamente por sempre querer saber um pouco mais sobre aquilo que leio e ouço, de forma mais específica, quando se trata de assuntos explorados pelo setor midiático. Praticamente, quase tudo que leio ou ouço, imediatamente é envolvido por um ponto de interrogação (?);  aí,  corro atrás de complementações que possam resolvê-lo e/ou eliminá-lo. E foi sempre assim ─ dos primórdios de minha estória de vida até os atuais 67 anos,  completos.

Gustavo, termino agradecendo, mais uma vez, pela sua presença, agora virtual; espero que possamos trocar mais pontos de vista; isso é enriquecedor, pelo menos para mim.

Autora:  Maria ─ Estrela Lunar Amarela 

segunda-feira, 14 de março de 2011

LÍBIA ─ QUAL É A VERDADE?


                                                                                                                                                                                     13/03/2011

Líbia, país do norte da África, detentor do maior IDH, da região, pontuando  0,847, tem como chefe de Estado,  Muammar  al-Khadafi, tão presente nos telejornais nacionais (?) e internacionais.
Resumidamente, a Líbia também foi domínio do famoso Império Otomano, que falamos no post sob a Ásia, lembram?
Em 1952,  através de resolução da ONU, a Líbia foi declarada país livre. Logo após, firma contrato para implantação de bases militares estrangeiras, no país. Em 1954, houve concessão de bases militares e aéreas aos norte-americanos.
Em 1969, a história da Líbia, muda; derrubada a monarquia anterior, assume o poder,em 1970, o coronel  Kadafi. De imediato, toma providências no sentido de expulsar os efetivos militares estrangeiros, da região, decretar a nacionalização das empresas, bancos e recursos petrolíferos.
É evidente, que logo após essa insurgência contra o poderio americano, foi acusado de incentivo ao terrorismo (veja que esse tipo de acusação,  já vem de lonnnnnnga data). Com essa acusação,  o presidente Reagan, em 1986, determinou bombardeio da aviação americana a vários alvos em Trípoli e Bengazi. Em um desses bombardeios, Kadafi perde uma filha adotiva.
É interessante ver que Kadafi,  em 1975, escreveu livro chamado ─ Livro Verde, através do qual, entre outras coisas, rejeitava a democracia liberal moderna e estimulava/propunha a instituição de uma forma de democracia direta, em que os cidadãos não delegam poder de decisão; as decisões seriam tomadas via assembléias gerais. Kadafi também propunha, nesse livro,  o socialismo como solução do problema econômico. Além disso, Kadafi foi sempre um apoiador da causa palestina, indispondo-se, por essa razão, com Israel, é claro.
Após sofrer embargos comerciais, como retalhação por sua insubordinação ao sistema mundial de dominação, Kadafi abre mão de certos princípios ideológicos, ativando ligações com os E.U., principalmente após 11 de setembro.
Noticiários recentes,  dão conta de que Kadafi teria ameaçado forte resistência, caso fosse decretada área de exclusão aérea, em território Líbio; normalmente,  essa é a 1ª ação a ser implementada, como prévia de possível intervenção militar. Quando  é declarada área de exclusão aérea, isso significa que o espaço aéreo, da região atingida,  passa a ter controle estrangeiro; o país, a região deixa de ter soberania, sobre.
Quais órgãos, internacionais, congregam poder para decisões de 1) Intervenção militar  ─ 2) Missões de Paz? 
Bem, temos na ONU, o Conselho de Segurança, responsável, segundo consta, da segurança mundial. Esse conselho tem prerrogativas especiais para decidir sobre intervenções militares ou, as chamadas missões de paz, que nada mais são do que uma forma de intervenção.  No caso do Conselho de Segurança determinar, por exemplo, intervenção militar, cabe aos membros permanentes, da ONU, decidir em votação, a aprovação, ou não. Um único voto contrário,  derruba a decisão do Conselho.
Depois da decisão tomada, sendo a favor de intervenção militar, é que entra em atuação, na maioria dos casos, a OTAN, quando países aliados, reforçam os contingentes.
Mesmo que nos queiram fazer acreditar que os órgãos competentes, da ONU, são autônomos, imparciais  em suas decisões, sabe-se que por trás de tudo está o próprio governo americano e seus interesses, é claro. FMI, CIA, Banco Mundial e o próprio FMI dão seus palpites, dependendo de cada caso.
Além do mais, a ONU é financiada a partir de contribuições voluntárias dos Estados-membros, com o governo americano encabeçando as doações com 22% do orçamento da ONU,  seguido do Japão com 16,62%. 
O  governo americano, além  de tudo, conta com ajuda de algumas instituições não-governamentais, na preparação de situações favoráveis à ideologia de grandes corporações americanas, num amplo leque de atuação.  Existe, por exemplo,  uma ong ─ a Freedom House  (“Casa da Liberdade”), radicada em Washington, com atuação em centenas de países, cuja “preocupação” são os direitos humanos, democracia, economia de livre mercado e liberdade de expressão.  Ao que tudo indica, uma de suas atuações é  na “fabricação de dissidentes” aos regimes que estão sob mira da política americana, facilitando trabalhos posteriores e abastecendo o sistema midiático, com informações adequadas, a cada situação, e que sejam favoráveis à adesão da opinião pública, mundial.   Outra importante organização é uma tal de  NED, sigla de National Endowement for Democracy, ─ Fundo Nacional para a Democracia,  que age de forma similar, além de atuar nos meios acadêmicos e empresarias, de cada país. Essa entidade também é financiada pelo governo americano. Palavras-chave, dessa organização:  hegemonia, democracia, livre mercado e redes transacionais.
Aqui no Brasil, ao que tudo indica, as ações  são coordenadas, através do site abaixo, que acharia extremamente importante, aos que se interessam  em saber mais, fazer uma visita e ler, com muita atenção, tudo que ali está exposto. A figura principal, que encabeça esse site é figura importante do setor educacional em Santa Catarina.
Após tudo que li, no site, me veio a cabeça a ideia de que, por trás de toda aquela situação degradante, vivenciada na eleição de 2010,  para presidente, pode estar, também,  a atuação de entidades como essas, acima citadas. Ao que tudo indica, região sul e São Paulo, são pólos de maior atuação, dessa organização, justamente áreas em que as ações que beneficiam os mais desfavorecidos, encontra muita resistência e críticas nada pertinentes.
Em função do pouco, exposto acima, é que é difícil saber quais versões são próximas ao real, mais especificamente em relação aos distúrbios na Ásia e África.  O sistema midiático,  segue os passos e os interesses, é claro, das grandes corporações, que o “subsidia” através de propaganda; ele omite sempre a verdade, se esta estiver em desacordo com os grandes interesses políticos/econômicos/financeiros,  do poder mundial.
Lembro, por exemplo, o alvoroço feito após a queda das Torres Gêmeas; na ocasião, algo ficou em suspense, para mim ─ um ataque de tal proporção, passou despercebido dos órgãos de segurança?  Era difícil, acreditar nisso. Já faz um tempo que chegou algumas informações que as coisas que aconteceram,  naquela ocasião, foram favoráveis, ao máximo, aos interesses americanos e que o governo americano, da época ─ Busch, sabia de tudo que iria ocorrer; não duvido disso, em hipótese alguma; tudo é possível quando interesses maiores estão em pauta. Aliás, lembro-me muito bem, do instante em que Busch ─ que naquele dia e hora estava em uma pequena escola,  fazendo o quê, não sei ─ recebeu, ao pé do ouvido, a notícia do ataque; estranhei,  tanto domínio, pois não demonstrou a mínima reação de surpresa, de susto, de comoção, que tal notícia, deveria causar. Se pudéssemos rever essa imagem, seria ótimo.  
Logo após esse acontecimento, e apoiado internacionalmente, o governo americano envia tropas americanas ─ que foram reforçadas por países aliados ─  para caçada espetacular a Osama  bin Ladem, em território Afegão, Claro que essa era  apenas desculpa para fazerem o que fizeram, no Afeganistão. Após a destruição, em território Afegão, vieram os planos de reconstrução. É sempre assim que as coisas ocorrem ─ primeiro,  a guerra para fortalecer, ainda mais,  a poderosa indústria bélica; depois vem a parte de reconstrução, quando outras tantas grandes empresas, faturam horrores,  nesse trabalho aparentemente “humanitário”.
Depois veio a hipótese de que o Iraque estava produzindo armas atômicas;  fizeram de tudo até conseguir adesão quase maciça, para fazer o que fizeram e depois, com maior cara de pau, dizer que realmente, houve falha de investigação/informação e que o Iraque não tinha esse tipo de armamento e nem podia fabricá-lo.
Mas, o clã midiático, não proclamou isso em alto e bom tom; afinal, ele estava careca de saber qual era a real e “erros” como esses não devem merecer maior divulgação/análise, por ordem do próprio sistema de dominação.
Interessante analisar, também, que o proclamado e endeusado  ─  Direitos Humanos, nunca se fez presente quando de massacres de civis, tanto no Afeganistão quanto no Iraque, (e foram milhares, só no Iraque), por conta de “erros de cálculo” nos lançamentos de mísseis ou bombas ─  coisa muito estranha, pois o poder de mira dos armamentos é quase, milimétrico.
 Direitos Humanos  se faz presente, de forma repentina, quando já existe uma situação de preparo de ataque, com informações que sempre chocam a população mundial ─ maus tratos físicos de mulheres e crianças; abuso de direitos humanos e todo aquela verborreia  preestabelecida,  que as mídias adoram explorar e que claro, motivam as pessoas a apoiar ações de guerra; assim, fica tudo mais fácil.
Bem que tentaram isso com o Iran, incluindo a conhecida hipótese de produção de armas atômicas; parece que não deu certo, felizmente.
Falando no poder da mídia, é interessante observar, que  dias atrás,  a própria Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, perante o comitê de Política Externa do Congresso Americano, disse que os Estados Unidos estão perdendo a guerra de informação; especificamente em relação ao mundo árabe, ela foi enfática ao dizer: “A AL Jazeera está ganhando.”  A AL-Jazeera é a maior emissora de televisão do mundo árabe, com sede em Doha, no Catar.
Ao que tudo indica,  Twitter,  Facebook, entre outros, estão opondo resistência e ganhando terreno perante o tradicional sistema midiático comandado, em suas estruturas  reais, pelos grandes poderes econômicos/financeiros; assim, as coisas passam a ser um pouco mais difíceis.
Voltando ao nosso ponto inicial ─ Líbia, tenho lido alguns artigos postados no site Rebelion.org., dando informações de que a Freedom House, que falamos, parágrafos acima, parece ter forte influência dentro desse país, inclusive, através de membros cooptados por ela, (entre os ativistas) que divulgam  pedidos de intervenção no país, pedidos esses que os verdadeiros ativistas, negam  autoria.   
Então, amigos, é preciso ficar de antena ligada; através das mídias tradicionais, praticamente nada é devidamente esclarecido, muito pelo contrário ─ elas estão ai para confundir, para distorcer fatos. É claro que mídias alternativas, também precisam ser bem analisadas; elas podem não oferecer credibilidade, é claro; de qualquer forma, o que estão fazendo é ameaçador  ao  4º poder,  institucionalizado.
Ao encerrar, considero que perante tantas coisas vistas, o governo brasileiro precisa estar atento; entidades como essas que vimos, entre tantas outras, podem ─ se é que já não estão ─ fabricando dissidentes, principalmente entre a classe universitária, já que parte da classe política já é dissidente, ao próprio país, basta ver declarações, por exemplo, de José Serra, em relação ao pré- sal. que o Wikileaks divulgou,   Isso é perfeitamente possível, afinal, temos o pré- sal, que não foi para domínio externo;  temos o Aquifero Guarani, que em época de Fernando Henrique, neoliberal roxo,  já teve pequena parte, privatizada;  enfim, temos um país extremamente favorável a um desenvolvimento criterioso, humanizado, diversificado que esperamos, ocorra realmente.
Precisamos procurar ter aquele lúcido otimismo, revelado sempre, pelo mega empresário  Eike Batista, em relação ao Brasil; assim,  poderíamos contribuir, cada um a sua maneira, para alicerçar, ainda mais, as grandes conquistas dos  8 últimos anos,  preservando, ainda,  as características do povo brasileiro,  não permitindo influências ─  de que espécie for ─ cujo intuito seja estimular atritos entre regiões/estados do país, classes sociais e outros.
Encerro fazendo pequena observação ─  este post nasceu em função da necessidade de saber exatamente a razão de Fidel Castro e Hugo Chávez  ─ dois caras que particularmente admiro,  gosto ─ terem proposto mediação de paz, junto a Kadafi, à comunidade das Nações Unidas. Com o que analisei, ao levantar dados, creio ter obtido resposta.
Autoria: Maria ─ Estrela Lunar Amarela

sexta-feira, 4 de março de 2011

ÁSIA vs. CONFLITOS vs. NOVA ERA



                                       03/03/2011

Ásia, maior continente do Planeta, subdividido em: Oriente Médio, Sul da Ásia, Sudeste da Ásia, Extremo Oriente e países da ex-União Soviética, repleto de fatos históricos de importância mundial, em diversas áreas do pensamento e desenvolvimento, humano.
Ao pensarmos no continente asiático, imediatamente nos lembramos da Mesopotâmia (atual Iraque) e claro, da Babilônia, que possui 2 significados ─ em babilônico quer dizer “Porta de Deus” e em hebraico “Confusão”;  foi sob esse significado que ela entrou para a história; não é difícil saber a razão, não é?
Babilônia, nos faz lembrar do famoso Código de Hamurabi, o mais antigo e completo código de leis,  que a história registrou. Só por curiosidade, vamos dar uma olhada em dois “artigos”, desse código.
210 ─ Se um médico fizer uma larga incisão com faca de operação e matar o paciente, suas mãos deverão ser cortadas.
● 229 ─ Se um construtor construir uma casa para outrem, e não fizer a casa bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor será condenado à morte
Fazendo uma brincadeirinha, já imaginou o que teria acontecido com Sérgio Naya, quando do desmoronamento do edifício Palace II, no Rio, em 1998, se estivesse em vigor o Código de Hamurabi?   Pois é, 8 pessoas morreram e mesmo assim, ele foi considerado inocente, pela nossa “bela” justiça; morreu, sem lhe ser imputada nenhuma culpa.
Mas, o que nos interessa, nessa nossa conversa, é o Oriente Médio que se localiza na junção Eurásia, África, Mar Mediterrâneo e Oceano Índico. Essa região foi apontada,  pelo historiadores, como berço do judaísmo, islamismo e cristianismo, portanto, um verdadeiro “caldeirão” religioso, ou melhor, um verdadeiro “campo minado”.
A unificação dessa região, tal qual a temos hoje, começou,  segundo datação histórica, em 632 d.C, logo após a morte de Maomé e o surgimento dos Califas, sendo que os 4 primeiros Califas foram denominados ─ “Califas corretamente guiados”. Os Califas eram/são  considerados como sucessores de Maomé.
Mas a unificação de fato, deu-se durante os Califados  árabes,  na Idade Média;  foi, mais especificamente, ainda,  durante a vigência do Califado Otomano. Ao término  da  1ª  guerra mundial, o Império Otomano desfez-se, e  a região, então,  conformou-se, tal qual os dias atuais.
Através da estrutura midiática, temos as notícias mais desconexas, sobre a região. Quando tudo estava em acordo com os mandamentos dos E.U,  os chamados “ditadores”, não eram assim considerados pelos americanos e pelo resto do mundo, é claro; a mídia dominada, não ousava levantar questão alguma, a respeito. Bastou os ventos mudarem, bastou o governo americano declarar-se  contra  para que a mídia invertesse, totalmente, seu discurso. Segundo é informado, a população de cada país, hoje em rebelião, tem condição sofrível, de existência. Estranho. Fiz uma rápida  pesquisa sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), dos países da região e verifiquei que 8 deles têm IDH alto; 8 com IDH médio e apenas 2 com IDH, baixo e que não estão, ainda, em rebelião.  Fica a pergunta: qual é a verdade?
Além do quase eterno conflito entre Israel e Palestina, agora eclodem várias situações de conflito para derrubada de “arcaicas” estruturas de poder, em grande parte de países dessa  mesma região, além do Continente Africano, com o caso atual, da Líbia.   O mais interessante, de tudo, é que grande parte desses movimentos são favoráveis a desvinculação do Estado da questão religiosa; um fundamento, portanto laicista. A questão de democracia é quase periférica; o importante é que esses povos não querem mais viver sob domínio do  Estado/Religião; não  querem mais a religião ditando normas, impondo barreiras. Isso realmente é incrível, se pensarmos em como é dito serem  aferrados,  às questões religiosas.
Sei que é bastante difícil,  para a maioria das pessoas, ver em fatos como esses, por exemplo, sinais claros de uma alteração nos caminhos da humanidade; talvez um salto qualitativo, do pensamento humano ─ UMA NOVA ERA!
Novas Eras, sempre existiram; o decadente,  um dia chega ao fim para que o novo surja; nada permanece para sempre. Em relação a tempos de mudança, vale a pena lembrar parte do que é dito no Hexagrama 24. FU/RETORNO (O PONTO DE TRANSIÇÃO), do I CHING.
HEXAGRAMA 24. FU
“Após uma época de decadência vem o ponto de transição. A luz poderosa que tinha sido banida retorna. Porém, esse movimento não é provocado pela força. ..., o movimento é natural e surge espontaneamente. Por isso a transformação do antigo também torna-se fácil. O velho é descartado e o novo, introduzido. Ambos os movimentos estão de acordo com as exigências do tempo e, portanto, não causam prejuízos. Formam-se associações de pessoas que têm os mesmo ideais. Como tal grupo se une em público e está em harmonia com o tempo,os propósitos particulares e egoístas estão ausentes, e assim erros são evitados.” O negrito é meu para chamar atenção sobre a praça Tahir, no Cairo ─ Egito, palco das ações que derrubaram Mubarak, recentemente.
Voltando, nota-se que determinadas épocas parecem propicias a mudanças muito mais significativas, muito mais abrangentes; creio que estamos no pico de grandes alterações, em diversos campos do humano e do próprio planeta Terra.
Sempre me fascinou o que muitos denominaram de  ─ Era de Aquário; suas proposições principais são extremamente positivas ─ Fraternidade, Paz, Igualdade.
A Fraternidade passaria a existir de fato, sem necessidade de catástrofes para motivá-la, através da solidariedade, que quase sempre impera, nessas ocasiões. 
A Paz,  seria alcançada, primeiramente, em cada animal humano, refletindo-se, então, na humanidade e no Planeta, como um todo.
A Igualdade,  seria apenas a exteriorização verdadeira, legítima da verdade maior ─ Somos, em essência, em fundamento, iguais; somos a multiplicidade na unidade, nós e todos os seres da Natureza!
Você pode argumentar,  que se acredito tanto, na Era de Aquário, qual a razão de usar o verbo no Futuro do Pretérito?
Porque nada é feito ou acontece, através de utilização de varinha de condão; em questões do animal humano, cada um tem, obrigatoriamente, que fazer a sua parte; eis a grande dificuldade, de tudo. Será que...?
Sabe, acho que cabe contar, aqui, algo que ouvi da mãe de uma grande amiga minha ─ dona Alice, uma baiana porreta,  que tem 85 anos e  que mora em Londrina;  ela contou que a avó dela, dizia sempre, o seguinte: 
Quem quiser um mundo melhor, que  faça.”
Gente,  pensem bem na extensão dessas palavras ditas por uma mulher simples, maravilhosa  descendente de africanos e índios, que não sabia ler nem escrever, lá do interior da Bahia, nascida nos idos de 1800!
Olha,  eu ia continuar o assunto; entretanto, creio que encerrá-lo, com o que foi exposto, nos últimos parágrafos, é o que de melhor,  posso fazer.

Maria ─ Estrela Lunar Amarela