Ela
tem como autor, Geraldo Pedroso de Araújo Dias, que entrou para a história da
MPB como ─
Geraldo Vandré, um rebelde demasiadamente sensível cujo sistema vigente, na
época, soube como eliminar, sem ser fisicamente.
Rebeldia,
é nosso tema de hoje e começo por dizer que meus amigos mais próximos sabem,
por exemplo, minha quase extrema rebeldia contra o Sistema, contra religião
instituída, contra a mídia capitalista/neoliberal, entre outras coisas, mais.
Aqueles
que costumam ler algo, no blog que assino, têm uma pequena amostragem de meu
posicionamento, sobre os tópicos acima relacionados.
O
que chamo de Sistema, refere-se a tudo que foi devidamente implementado,
pelo pensamento de alguns humanos “antenados” com a evolução das sociedades e, a
melhor forma de “dominá-las; refere-se, a tudo que subverteu a ORDEM NATURAL, do complexo Vida, do Planeta Terra ─ valores, relações humanas,
natureza, trabalho estes, de forma mais específica.Enquanto a maioria dos animais humanos vivia sua vida dentro de um contexto, relativamente natural, cérebros mais “dinâmicos”, observavam essa “ingenuidade” criando, forjando meios de transformá-la em seu mais poderoso alicerce para tudo que decidissem, implantar.
As
primeiras tentativas foram levadas adiante, principalmente, pelo sistema
religioso dominante, implantando o binômio ─ culpa e redenção, jogando nas costas
dos animais humanos, já de cara, um
nascimento “culposo” com a devida necessidade de torná-lo legitimamente
“legal”, via um dos 7 sacramentos criados para diversas aplicações; foi testada, então, a incrível credulidade e obediência, do animal
humano.
Feito
isso, foi fácil para o Sistema dominador, a ser implantado, verificar a
inquestionável submissão que a grande maioria, dos animais humanos mostrava,
como uma de suas características, mais marcantes.O animal humano foi desviado de sua possível origem “divina”, para tornar-se um simples ( mas eficaz) marionete, cumpridor de ordens ─ algumas subliminarmente impostas ─ do poder patriarcal, religioso, político estendendo-se, modernamente, ao Grande Sistema Vigente que a tudo, abarca.
No
campo religioso, os que tentaram abrir os olhos para outras verdades foram ─ a grande maioria deles ─ queimados em furiosas
fogueiras, sob aplausos e cânticos festivos, dos “dominados”.
Mais
modernamente, os que investiram nessa tentativa foram devidamente ─“excomungados”; o poder não
aceita rebeldia e esta foi sempre penalizada, de uma forma ou de outra.
A
atuação de Jesus, por exemplo, ao expulsar os vendilhões do templo, seria hoje
considerada uma ação, além de rebelde, também terrorista, pois estaria
desafiando o Sistema vigente, dentro de
uma de suas instituições.
Jesus
deve ter sido, em sua versão de animal humano, público ─ um ativista social, um rebelde; em sua versão de animal humano,
conhecedor de seus poderes paranormais, um Mago.
Essa
duas categorias, simplesmente assustadoras para o status quo, da época ─ e, falando corretamente, de várias épocas, inclusive
a nossa ─, fizeram
com que ele fosse exemplarmente “julgado” e condenado.
Assim
age o Sistema, em todos os seus tentáculos
─ premia os acomodados e condena os rebeldes.Particularmente, senti a incontrolável ira, de alguns segmentos, pela minha rebeldia e isto, ainda quando pequena; felizmente, tive ambiente familiar que não a sufocou, justamente por observar que as causas, em que ela se envolvia, eram reais; não eram, em absoluto, lutas contra “moinhos de vento”.
CONEXÕES
REBELDES
Não
será possível citar todas; apenas as mais marcantes.
Não
está fora de contexto, portanto, começar
o rol de conexões rebeldes, com uma figura legitimamente ─ anárquica ─ mesmo porque foi
a primeira e mais forte desenvolvida, ao conhecer sua obra.
Falo de
Emma Goldman ─ 1860/1940 ─, uma mulher incrivelmente forte, visionária
, voltada ao que foi denominado de
Anarquismo que, claro, o Sistema tratou de sufocar.
Permitam-me
citar um pensamento de Emma Goldman que define em plenitude ─ em minha opinião ─, as bases principais do Anarquismo defendido por ela e por tantos
outros e, que só será possível, quando
houver a retirada de todos os véus “ilusionistas”, que nos “cegam”.
Utopia? Sim, se olharmos nossa condição de animal
humano, hoje; mas quem sabe, em havendo futuro diferente deste presente, talvez
não o seja.
“O anarquismo, portanto,
realmente se ergue pela libertação da mente humana do domínio religioso; a
libertação do corpo humano do domínio da propriedade; libertação dos grilhões e
refreamentos dos governos.”
Para
ser um anarquista, de verdade, é
preciso ter índole rebelde.
No
Brasil, o primeiro livro, de Zélia
Gattai narra, entre outras coisas, a epopeia de uma família de imigrantes
italianos ─ sua própria família ─ composta por anarquistas que pregavam “a fundação de uma sociedade sem leis, sem
religião ou propriedade privada”.(negritos da autora, deste)
Outra
conexão feita, foi com Albert Einstein ─ outro rebelde, em vários
sentidos . Analisando tudo que colocou em seu livro Como vejo o mundo,
formou-se forte conexão entre nossos pensares além, é claro, de ter fortalecido
em mim, a tendência científica de questionar/investigar, sempre.
Observem,
por favor, esse pequeno parágrafo do livro acima citado:
“...
Mas o bom senso dos homens é
sistematicamente corrompido. E os culpados são: escola, imprensa, mundo dos
negócios, mundo político.”(negritos da autora, deste)
Fidel
Castro por ter “peitado” a mais poderosa representante do status quo, sempre teve minha
admiração; sabendo que seu País, a trancos e barrancos, alcançou vitórias
sociais marcantes fortaleceu, em muito, a conexão rebelde que sempre senti e
sinto, com ele.O pouco tempo de vida de Che Guevara, foi o suficiente para que sentisse, por ele, uma agradável similaridade em pensamento, em ideologia e assim, outra conexão, se fez.
Hugo
Chaves, cuja vitória nas últimas eleições, deixou-me imensamente feliz, tem
minha admiração por sua força e resistência frente ao Sistema; claro que não é
fácil impor ao povo algo que ele, em princípio, não aceita; entretanto, a médio
e longo prazos, com certeza esse povo ─ que sem a lavagem cerebral imposta pelas mídias
capitalistas/neoliberais ─ aprenderá a avaliar,
as ações desse governante.
Gandhy
foi um rebelde, extremamente diferenciado;
sua forma de questionar/desafiar o sistema de domínio vigente, tornou-o
uma figura ímpar, na história de seu país e, da humanidade.
REBELDIA
CONTRA MÍDIAS CAPITALISTAS/NEOLIBERAIS E, UMA DETERMINADA CLASSE SOCIAL
Observo,
algumas vezes, comentários cáusticos, sobre alguns jornalistas; penso,
entretanto, que apesar de mais ou menos afoito, todo e qualquer jornalista
ligado a sistemas midiáticos capitalistas/neoliberais, nada mais faz do que
cumprir, fielmente, ordens
de seu empregador, mesmo que possa dar a impressão, ao público menos
atento, que aquela opinião é particular, dele; talvez, até seja, pois caso contrário, ali não estaria, pois não acredito que uma pessoa possa
“vender” suas legítimas convicções, anseios a um sistema que, amanhã ou depois o descartará, sem a menor consideração pelos “serviços
prestados”.
Mas,
pensando bem, quem sabe suas legítimas convicções sejam exatamente, as expostas;
além do que, sabe-se que o dinheiro recebido e o ego insuflado, pela presença
midiática, podem anular as mais íntimas convicções pessoais, dos mais fracos.
É
interessante ─ principalmente
para quem procura “ver” as pessoas, com
os olhos da alma ─ notar semblantes tão destituídos de luz, de alegria
pura, de leveza entre a grande maioria daqueles que, como
jornalistas, se apresentam a nós, via tv. Olhamos e não conseguimos enxergar o ser; sabemos que eles os têm, é claro;
talvez esteja totalmente subordinado ao ego e, por essa razão, não consiga se
mostrar àqueles que buscam pelo ser,
dos animais humanos.
O
sistema midiático capitalista/neoliberal é, em qualquer parte do mundo onde
atue, representante legítimo dos
anseios, do Sistema; o que o Sistema determinar, assim será divulgado em
perfeita consonância com o grau de entendimento de cada público mantendo entretanto,
intacta, a ordem a ser, até mesmo,
subliminarmente difundida.
Além
da rebeldia, acima exposta, outra me envolve em relação à classe social sempre
descrita como ─ burguesia,
cantada exemplarmente em música de Cazuza coincidentemente, outro rebelde
admirável.
É
uma classe que desconhece os rigores da pobreza/miséria; uma classe que desconhece
marmitas, ou nem isso ─ um pão, apenas,
quando muito, com mortadela.
Uma
classe que desconhece o que é ter sua “casa” queimada perdendo, nesses
incêndios ( com certeza, não naturais, como os que estão acontecendo
atualmente, em São Paulo) ─ ou nas chamadas operações de reintegração de posse ─ o pouco conseguido com o
mais salgado, suor.
São
pessoas que desconhecem o sentimento existente no olhar de uma criança pobre,
ao ver outras com brinquedos maravilhosos ou comendo doces deliciosos em alguma
confeitaria; no caso específico dos doces, tive discussões fortes ao ver,
algumas vezes, quando existiam nas ruas, muitas crianças desvalidas, as pessoas
simplesmente tocarem-nas das portas, da mesma forma como ainda é costume fazer,
com animais não humanos.
Quando
digo que desconhecem, talvez esteja
usando verbo errado; muitas pessoas, inclusive
da classe em questão, nunca
viveram qualquer tipo de penúria; têm, entretanto, empatia
pelas pessoas menos favorecidas, chegando a quase “sentir”, na própria pele,
seus sofrimentos. Não necessariamente, é preciso conhecer algo, na prática, para se ter condição de analisar se é bom ou
ruim.
Essas
pessoas, acima, são aquelas que sabem
dimensionar o que ocorreu nestes últimos 10 anos, no Brasil; sabem que cerca de
40 milhões de pessoas saíram da faixa de pobreza/miséria, graças a ações de
governo que, pela mídia capitalista/neoliberal e outros, pertencentes a classe burguesa, são
consideradas ─ paternalistas/populistas. Eles têm a audácia de dizer que é preciso
“ensinar a pescar e não, dar o peixe”; acontece que pra ensinar a pescar
precisa ter anzol e os pobres e miseráveis
não tinham como comprá-lo; isto talvez
responda, também metaforicamente,
o que eles sempre disseram com intuito exclusivo de desmerecer ações sociais
importantes, que o Sistema não aceita.
Dadas
as condições iniciais, necessárias ─ o anzol e alimento para fortalecer o corpo ─ eis que o País, em grande
parte em função dos recém saídos da pobreza e, em termos de trabalho e consumo,
conseguiu em 2008 ─ e até o presente momento ─ safar-se, em parte, da
crise que assola quase todos os países, do mundo. Na maioria deles, a recessão
imposta, alimenta o desemprego e
determina perda de benefícios sociais, entre outras
coisas tão adversas, quanto.
Voltando
ao tema principal, é evidente que a rebeldia precisa ter fundamento lógico; se
assim não for, acaba se tornando algo patológico; rebeldes sem causa, são um desperdício dessa própria força
revolucionária bem como, um entrave ao desenvolvimento mental, do animal
humano.
Mas
a rebeldia verdadeira, é profundamente necessária e saudável; é ela que nos
ensina a não aceitar o status quo do Sistema ─ em todas as suas
instâncias ─ apenas
porque assim o faz, a maioria.
O
mesmo pode-se dizer do anarquismo.
Apesar
do Sistema tê-lo “carimbado” de baderna existe, em sua máxima expressão, uma ordem natural;
essa é a ordem que vigora na Natureza; tudo nela segue ─ ou seguia, antes da danosa ação do animal humano
“sistematizado” ─ , fluxo perfeitamente natural que obedece,
única e exclusivamente, os ditames da ENERGIA!
Mas,
nos perdemos num emaranhado de caminhos artificiais que simplesmente sufocou a raiz mesma, da sensibilidade. Sem
sensibilidade, não existem rebeldes; sem sensibilidade, o anarquismo fenece.
Sensibilidade, é o que nos faz ter certeza, de que tudo
poderia ser diferente. Usar o verbo em seu tempo passado, reforça a necessidade
urgente de mais rebeldes, de mais anarquistas, pois a reversão do status quo humano,
social, natural e planetário, se faz urgente; sem uma possível reversão,
pode-se ter certeza de que a Natureza, o Planeta saberão como “zerar”
todas as atividades incompatíveis com o fluxo natural do Sistema Vida ─ Planeta
Terra.
Não
devemos nos esquecer, que:
O PODER DE REBELDIA DA NATUREZA, DO PLANETA
CONTRA O STATUS QUO ARTIFICIAL, É ALGO
─ INIMAGINÁVEL!
Maria ─
Estrela Lunar Amarela
─qualquer erro, por favor, nos informe.
Maravilha...
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