Acabei de assistir ao terceiro filme ─ ZEITGEIST cuja tradução,
da palavra, tomei por empréstimo para nominar, este.
Um amigo meu de Curitiba mandou os 3 cd’s; apenas o primeiro filme ─ de 2007 ─ está
disponibilizado, no Youtube; por razões mais que óbvias os outros dois ─ de
2008 ─ Zeitgeist Addendum e 2011 ─ Zeitgeist Moving Forward, não.
Já conhecia alguma coisa do Movimento criado por Peter Joseph,
bem como o Projeto Vênus, de Jacques Fresco, figura marcante, principalmente no
3º filme.
Sou sincera em admitir que nada me surpreendeu; entretanto as comprovações, profundamente sérias de como age o Sistema, como um todo,
levaram-me ao mesmo estado de quase ansiedade, de quando li o livro de Fritjof
Capra ─ O PONTO DE MUTAÇÃO, em 1986.
Nessa época, movida pela mais estranha ingenuidade ─ que não
me é própria ─, disparei várias cartas a diversas instituições pedindo que o
livro fosse amplamente divulgado, lido, estudado, comentado principalmente no âmbito
educacional, por considerá-lo altamente favorável a uma mudança social, de
larga escala.
Além disso, escrevi artigo, enfocando partes mais
importantes, do livro; tirei várias e várias cópias, espalhando-as pela cidade,
em pontos estratégicos.
Nessa época, ainda considerava possível isso acontecer; havia
esperança de que as diversas mudanças, de paradigmas, propostas por Capra,
pudessem ser implementadas, em tempo
hábil.
A ansiedade de agora ─ 27 anos após ─, principalmente após
ver os filmes, veio acompanhada de uma profunda incerteza quanto ao tempo que
resta ─ não a mim, especificamente ─ mas à humanidade, como um todo, para
realizar mudanças extremas como única alternativa para evitar o que de mais
grave se aproxima e, de forma acelerada.
Por opção, não tenho descendentes; isso, entretanto, não
alivia a imensa e sincera preocupação, que tenho, com as crianças e
adolescentes.
Que amanhã eles terão,
se estamos todos omissos quanto ao que acontece, ao hoje, mais especificamente?
A coisa torna-se mais complicada quando vemos que não são apresentadas
alternativas claras, ao que aí está; seria correto admitir a inexistência delas
ou o problema reside no escasso tempo, em implementá-las ou ainda, no próprio
caos que elas, inevitavelmente,
causariam?
Uma coisa é factual ─ o Sistema e todos os seus nós,
interligados, principalmente o midiático, não irão nos falar, de forma
clara, sobre absolutamente nada; ao contrário, continuarão “vendendo” as ideias
que sustentam e aceleram o caos, sempre utilizando a ─ sintaxe dos valores dominantes.
A grande maioria, que
conta com defensores voluntários, do status quo, continuará rindo,
zombando, classificando como rebeldes, como utópicos, como anarquistas todos os
que demonstram qualquer tipo de preocupação, todos que
propõem pensamentos diferenciados, análises holísticas das situações que aí
estão, para quem quiser enxergar.
Entretanto, sou bastante racional e lógica sabedora,
portanto, de que o Sistema é quase indestrutível por vias, normais; assim,
admito ser quase utópico, pensar em qualquer modificação, significativa. Modificações
pontuais, na estrutura, não lograrão êxito justamente por serem tímidas,
ineficientes em relação ao gigantismo do trabalho de preservação, do que resta e, necessária recuperação,
do danificado isto, é claro, em relação ao
Sistema Vida do Planeta Terra.
Aos que lerem, este, sugiro buscar pelo dois filmes
complementares ao ZEITGEIST ─ O FILME; tive a sorte de recebê-los, via meu
grande amigo e companheiro de lutas─ Carlos. Considero-os, imperdíveis!
Só para descontrair, um pouco, após assistir aos 3 filmes,
mergulhei em 3 doses robustas de uísque que outro amigo ─ Fernando, trouxe ao
vir a LDA; afinal, precisava “amortecer”, um pouco, o baque da constatação do
que a intuição, sempre me alertou.
A intuição, é minha amiga íntima e companheira, de sempre!
─ algum
erro, por favor, nos informe.
Sou sua fã e, quando crescer, quero escrever como você. Me aguarde, tenho só 48. Se nos restar tempo, se conseguirmos olhar para nossos luxos, nossos lixos e deixá-los. Trocar hábitos e vícios por serviço ao Planeta... Quem sabe? Dizem que a doença, a dor, são chamados para reformas; talvez ainda não doa tanto e a doença demore para matar. Bem, sinto que enquanto espécie, nos equivocamos. Mas...
ResponderExcluirSabe, eu já vivi em casa sem água, tinha que buscar lá embaixo, levava duas latas por viagem, duas viagens por dia, as latas iam penduradas numa vara, uma de cada lado dos ombros. Cozinhei a lenha a comida cotidiana dos meus filhos por um tempo. Casa de chão batido, paredes e teto de palha, ou de estuque, sem casa,...
ResponderExcluirTempos difíceis se aproximam, por certo. Mas não a extinção. O sistema desmorona quando a população parar de colaborar com ele, chacoalhada pelos acontecimentos. Alguns espasmos, aqui e ali, violências esparsas, mas o todo continua e sobrevive-se em condições difíceis. É preciso levar em conta a necessidade da solidariedade, da união, na preocupação e no respeito de todos pra com todos. Pode se observar que nas catástrofes, nos acidentes, nos sofrimentos coletivos, surge a mais bela solidariedade, a união mais harmônica, o amor mais profundo, os sacrifícios, a generosidade. O melhor do ser humano.
No oceano das periferias se percebe que tem muito mais ser humano do que parece, em condições precárias de vida. São milhões em cada metrópole, são grande parcela em todas as periferias, e sem eles nada funciona, cai o sistema.
Acho que o ritmo não vai ser como pensa o Movimento Zeitgeist. O processo de conscientização é base fundamental pras mudanças que se fazem necessárias. O centro ou, pelo menos, parte do centro de importância, no presente, está nesse processo. Trazer a luz às informações que são propagadas pela mídia dos opressores, oferecer todo e qualquer recurso à compreensão da realidade, ao questionamento, colocar a vida neste sentido.
Um abraço.
* trazer luz às informações, por deturpadas.
ExcluirAgradeço, Eduardo, por suas importantes colocações! Você é, para mim, a parte jovem do meu Ser que busca amplitude máxima de visão e compartilhamento, disso.
ExcluirVamos continuar; essa é nossa Vontade e Obrigação, não é?
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