quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

CREPÚSCULO DO PENSAR



Quanto mais perco minha fé no mundo, mais me encontro em Deus, sem crer nele. Será uma misteriosa doença ou uma nobreza da razão e do coração o que induz a ser ao mesmo tempo cético e místico?

Esse pensamento acima, é de Emil Cioran ─ 1911/1995 ─, escritor e filósofo romeno que tinha como característica maior extremo ceticismo em relação a praticamente, tudo; muitas das coisas que escreveu chamaram minha atenção por uma certa similitude de sentir/pensar.

O pensamento em destaque consta do livro O Crepúsculo do Pensamento, datado de 1939, escrito por Cioran em seus exatos 28 anos; portanto, esse crepúsculo, não tem nada a ver com o possível desgaste natural da função – Pensar.

Como gostei da metáfora usada por Cioran, tomei a liberdade de nomear este de ─ Crepúsculo do Pensar mudando Pensamento para Pensar, para não se configurar plágio mas principalmente porque, em meu entender, é o que chamam de função pensar que “entra” em fase crepuscular emitindo, então, pensamentos com essa característica.

Ultimamente, tenho sentido presença maior dessa fase; mais que isso ─ tenho prestado mais atenção às causas que a provocam; percebi que quanto mais perco minha esperança em nós como animais humanos ─ agudizando, portanto, meu ceticismo ─ mais penso na Energia Universal ─ Mística que me envolve e com a qual sou preenchida, em “minhas” partículas quânticas.

Penso na ENERGIA por ser ela nossa realidade maior; essa ENERGIA É  INTELIGÊNCIA, PENSAMENTO E LINGUAGEM,  conforme explicitado na 3ª parte do livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, parte essa totalmente “captada” de uma dimensão impossível de ser  descrita.

Essa fase crepuscular da função pensar percebo-a como crepuscular vespertina pois não vem acompanhada dos raios do sol, como quando o crepúsculo é matutino; mergulho num período noturno/interno; durante esse período, tento iluminar “meu” interior com uma lanterna, nos moldes da Lamparina de Diógenes; assim, busco descobrir realidades sobre as partículas quânticas responsáveis pela estrutura ─ corpo físico e campo mental.

Tudo o mais que não esteja encaixado nessa ─ Busca ─ perde sentido, para mim; é como se tudo que estivesse fora do contexto quântico, nada representasse, em realidade; é quase uma catarse esse período vivenciado, justamente pela limpeza interior que ocorre, durante todo o tempo crepuscular.

Nesses períodos, observo o quão infrutífero é nos envolvermos com questões do cotidiano do animal humano ─ religião, política, finanças, consumo etc.; observo, com mais atenção, a quantidade imensa de teorias, de filosofias, de estudos, de paradigmas, etc., lançados por grandes pensadores e me vem a questão:  que percentual de animais humanos tomou conhecimento de parte de tudo que já foi disponibilizado em pensamentos?

Entretanto, mesmo sabendo o quão infrutíferas são as tentativas de colocar nossos pensamentos em rede, pois um mínimo de pessoas TALVEZ leia e, Talvez considere algo interessante e desafiador, ao Pensar, mesmo sabendo, repito, sempre volto ao uso das palavras tão gastas, tão cansadas de serem exploradas das mais diversas formas, tanto criativa como destrutivamente; mas, essa mais recente imersão no silêncio do Ser avisou que talvez logo, logo possamos mudar o rumo do enfoque, saindo da matrix material/conceitual.

Aguardarei.

Ao pensar em tudo que já foi exposto, em pensamento, vem a pergunta: onde a Energia desses pensamentos todos está “armazenada”, não nos esquecendo que a própria Energia é Pensamento?

Há muito se estuda, se pesquisa a chamada ─ NOOSFERA, proposta como Conceito por Teilhard de Chardin e por Vladimir Vernadesky, como Teoria; essa Noosfera seria sequencial à geosfera, biosfera e tecnosfera; a Noosfera seria o despertar de uma ordem Superior Telepática entre os animais humanos; ela também é vista como Campo Agregador de Pensamentos.

Interessante que há algo que pode nos auxiliar a entender/compreender a Noosfera ─ é o chamado Armazenamento em nuvem, serviço que permite armazenar dados fora do equipamento de origem; de fácil acesso, de qualquer lugar, bastando apenas a senha respectiva, esse armazenamento nos dá a sensação de estar fora do sistema que tanto conhecemos.

Apesar de ser um lugar físico, ele assim não nos parece; o mesmo poderíamos pensar da Noosfera com a única grande diferença de que ela é um Campo e nós, animais humanos, não temos como “pensar” um campo nos moldes científicos pois mesmo a ciência ainda não conseguiu “definir” com clareza ─ tão perseguida, por ela ─ o que determina como Campo.

Caso consideremos o conceito de Armazenamento em Nuvem, de forma literal, teremos a Noosfera ao alcance total de nosso entendimento; a senha de acesso, cada um de nós encontrará, mais cedo ou mais tarde, em nós mesmos; por enquanto, utilizamos de forma totalmente aleatória; poucos, pouquíssimos animais humanos souberam/sabem que seus pensamentos, não eram/são tão seus e sim, captados da fonte; o nome dado a esse “acesso” aleatório, que melhor o define é, em meu entender ─ insight.

Saí desse período crepuscular com a nítida sensação de que as palavras estão cansadas de nós; com a sensação que elas só querem ser portadoras de assuntos diversos dos corriqueiros, dos banais, dos ligados ao status quo do Sistema, seja ele qual Sistema for, exceção feita ao Sistema Vida ─ Planeta Terra!

Maria-Estrela Lunar Amarela

Algum erro, por favor, nos informe.

 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Parte 3 do livro EgoCiência e SerCiência - Ensaios


Mais uma vez, vou precisar deixar ainda pendente, assunto proposto na publicação imediatamente anterior a esta.

Há uma boa razão para isso; duas participantes do face, pediram-me algumas palavras sobre o Livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, com enfoque principal em experiências pelas quais passei, antes da “captação” da 3ª Parte.

Assim, atendendo essas solicitações, trago as Explicações Preliminares da Parte 3, do referido livro; todo conteúdo virá em itálico.

 

Explicações Preliminares 

Tentei a edição do Ensaios sobre a Não-Matéria, pela 1ª vez em 1985. 

Tenho ainda comigo as cartas de recusa do original.

Curiosamente, e independente de qualquer outra consideração, o livro realmente não estava pronto, pois a 2ª parte do mesmo veio nos anos seguintes, e em nova tentativa de edição, novas recusas, novas cartas guardadas. 

É interessante como as coisas acontecem.

Quando da primeira tentativa de edição, frustrada, resolvi consultar o I Ching, com a seguinte pergunta: “I Ching, o que vossa sabedoria diz sobre meu livro Ensaios sobre a Não Matéria? (lembre-se que esse era o nome inicialmente dado ao atual EgoCiência e SerCiência).

O Hexagrama que veio como resposta foi o número 42. I/Aumento.

Depois da segunda tentativa, fiz nova consulta e por incrível que possa parecer aos mais céticos, o mesmo Hexagrama veio em resposta à mesma pergunta.

Certíssimo, pois em setembro de 1996, mais precisamente dia 21, de forma surpreendente e inesperada veio até mim a terceira parte, trazendo em sua sequência, algo extremamente importante. Esse algo foi o “Prioridade 1 ─ Objetivo Mundial”.

 Algumas pessoas aconselharam-me a desmembrar esse último ponto do restante do livro e tentar divulgá-lo através de diversos meios. Isso não seria justo, porque, para que o “Prioridade 1 - Objetivo Mundial” chegasse até mim, precisei, provavelmente, seguir a trajetória toda que está, digamos assim, resumida nas três partes do livro em questão. Mesmo assim, enviei o Prioridade 1 ─ Objetivo Mundial para alguns pontos, inclusive para Fritjof Capra, de quem recebi resposta, tecendo comentários.

Em termos de trajetória, foram mais de 26 anos (1970-1996), mas, o tempo de recepção da terceira parte, incluindo o “Prioridade 1 ─ Objetivo Mundial”, não demorou mais que o tempo de gravação de uma fita de 60 minutos.    

Portanto, como tenho certeza da existência de conexões de nível Não Matéria, para que tivesse condições de “captar”, da forma nítida como “captei” a terceira parte e sequência, precisei ser preparada durante todo esse tempo.

É importante que lhes conte ainda, de três situações que ocorreram comigo alguns meses antes da data de 21/09/1996, pois creio que elas estão, de alguma forma, profundamente relacionadas ao que será visto nesta parte três do livro, e sequência. Tentarei descrever de forma mais clara possível.

Uma dessas situações ocorria quando via luzes de cores diferenciadas, em diversas formações geométricas. Quando isso ocorria, em momentos de relaxamento, não podia prender a atenção nas formas, pois perdia a conexão tanto com elas

─ as formas ─, quanto com as luzes coloridas. Assim, deixava as coisas acontecerem, sem tentar “observar” nada com mais atenção e conseguindo assim “ver”, com nitidez, tanto as cores quanto as formações. Quando tudo acabava, conseguia lembrar de algumas delas ─ das formações ─, pois eram tantas, talvez até centenas, em questão de minutos.

Outra situação era vivenciada quando percebia, com absoluta nitidez, as duas partes do cérebro ─ o lado esquerdo e o direito ─, subitamente iluminados; tanto fazia se ficava de olhos abertos ou fechados; se era dia ou noite.  Eles permaneciam assim, iluminados, com cores que iam se alternando em tons de azul, amarelo-ouro, lilás e prateado; e via, literalmente via dentro da estrutura cerebral, os dois lóbulos iluminados. Este estado tinha duração maior que o anterior e a alternância das cores era mais lenta.

Finalmente, quando em estado de meditação, fechava os olhos, sentia como se minha cabeça inteira se fundisse a um espaço totalmente impossível de dimensionar. Nesse tempo em que assim permanecia, que podia ser horas, “perdia” a noção de constituição física normal

─ cabeça, tronco e membros; sentia apenas minha cabeça como que unificada, sendo ela e esse espaço a mesma coisa, e o mais importante é que um pequenino ponto de luz me acompanhava o tempo todo ou, eu o perseguia o tempo todo.

Foi num desses momentos que veio até mim esta terceira parte do livro e o “Prioridade 1 ─ Objetivo Mundial” que estão devidamente registrados em fita gravada, pois antes que isso ocorresse, “senti” que deveria acionar meu velho e barulhento gravador mas, grande amigo e companheiro.

Em sequência virá, de forma literal, o que foi “captado” ou “recebido”, por mim; assim tudo virá em itálico, diferenciando do restante do livro.  

Lembre, caro leitor, que falamos que a Parte 1 deste livro veio, quase em sua totalidade, em situações tipo insight. A segunda, também comentamos, foi mais racional e logicamente desenvolvida. Esta terceira parte veio em situação totalmente diferenciada. 

Durante os quase 60 minutos de gravação da fita K7, “estive” em meio caminho entre o que se costuma chamar de estado consciente e estado inconsciente. Esta é a única forma encontrada para tentar definir o estado em que permaneci, durante a “captação” de tudo que veremos, a seguir.

Essas explicações dadas a você têm razão de ser pelo profundo respeito que tenho por aquilo que escrevo e, principalmente, por respeito a você, leitor, pois afinal: “IN LAKE`CH ─ Eu sou um outro você” ─ Extraído do Livro Fator Maia, de José Argüelles - Editora Cultrix

 

Maria-Estrela Lunar Amarela

Livros disponibilizados para download