terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

"PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES"


Trazendo, para fevereiro de 2016, algo postado em 15/10/2012, no blog que assino, justamente pela necessidade de urgente REBELDIA SOCIAL CONTRA O SISTEMA QUE QUER DESNACIONALIZAR, POR COMPLETO, O BRASIL!

 


 

 

O título da música, usada como título do post é perfeito para nosso assunto de hoje, justamente por ter sido composta por um legítimo rebelde.

Ela tem como autor, Geraldo Pedroso de Araújo Dias, que entrou para a história da MPB como Geraldo Vandré, um rebelde demasiadamente sensível cujo sistema vigente, na época, soube como eliminar, sem ser fisicamente.

Rebeldia, é nosso tema de hoje e começo por dizer que meus amigos mais próximos sabem, por exemplo, minha quase extrema rebeldia contra o Sistema, contra religião instituída, contra a mídia capitalista/neoliberal, entre outras coisas, mais.

Aqueles que costumam ler algo, no blog que assino, têm uma pequena amostragem de meu posicionamento, sobre os tópicos acima relacionados.

O que chamo de Sistema, refere-se a tudo que foi devidamente implementado, pelo pensamento de alguns humanos “antenados” com a evolução das sociedades e, a melhor forma de “dominá-las; refere-se, a tudo que  subverteu a ORDEM NATURAL, do complexo Vida,  do Planeta Terra valores, relações humanas, natureza, trabalho estes, de forma mais específica.

Enquanto a maioria dos animais humanos vivia sua vida dentro de um contexto, relativamente natural, cérebros mais “dinâmicos”, observavam essa “ingenuidade” criando, forjando meios de transformá-la em seu mais poderoso alicerce para tudo que decidissem, implantar.

As primeiras tentativas foram levadas adiante, principalmente, pelo sistema religioso dominante, implantando o binômio culpa e redenção, jogando nas costas dos animais humanos, já de cara, um nascimento “culposo” com a devida necessidade de torná-lo legitimamente “legal”, via um dos 7 sacramentos criados para diversas aplicações; foi testada, então, a incrível credulidade e obediência, do animal humano.

Feito isso, foi fácil para o Sistema dominador, a ser implantado, verificar a inquestionável submissão que a grande maioria, dos animais humanos mostrava, como uma de suas características mais marcantes.

O animal humano foi desviado de sua possível origem “divina”, para tornar-se um simples (mas eficaz)  marionete, cumpridor de ordens algumas subliminarmente impostas do poder patriarcal, religioso, político estendendo-se, modernamente, ao Grande Sistema Vigente que a tudo, abarca.

No campo religioso, os que tentaram abrir os olhos para outras verdades foram a grande maioria deles queimados em furiosas fogueiras, sob aplausos e cânticos festivos, dos “dominados”.

Mais modernamente, os que investiram nessa tentativa foram devidamente “excomungados”; o poder não aceita rebeldia e esta foi sempre penalizada, de uma forma ou de outra.

A atuação de Jesus, por exemplo, ao expulsar os vendilhões do templo, seria hoje considerada uma ação, além de rebelde, também terrorista, pois estaria desafiando o Sistema vigente, dentro de uma de suas instituições.

Jesus deve ter sido, em sua versão de animal humano, público um ativista social, um rebelde; em sua versão de animal humano, conhecedor de seus poderes paranormais, um Mago.

Essa duas categorias simplesmente assustadoras para o status quo, da época e, falando corretamente, de várias épocas, inclusive a nossa , fizeram com que ele fosse exemplarmente “julgado” e condenado.

Assim age o Sistema, em todos os seus tentáculos premia os acomodados e condena os rebeldes.

Particularmente, senti a incontrolável ira, de alguns segmentos, pela minha rebeldia e isto, ainda quando  pequena; felizmente, tive ambiente familiar que não a sufocou, justamente por observar que as causas, em que ela se envolvia, eram reais; não eram, em absoluto, lutas contra “moinhos de vento”.

CONEXÕES REBELDES

 

Não será possível citar todas; apenas as mais marcantes.

Não está fora de contexto, portanto, começar o rol de conexões rebeldes, com uma figura legitimamente ─ anárquica  mesmo porque foi a primeira e mais forte desenvolvida, ao conhecer sua obra.

Falo de Emma Goldman 1860/1940 , uma mulher incrivelmente forte, visionária ,  voltada ao que foi denominado de Anarquismo que, claro, o Sistema tratou de sufocar.

Permitam-me citar um pensamento de Emma Goldman que define em plenitude em minha opinião , as bases principais do  Anarquismo defendido por ela e por tantos outros e, que só será possível,  quando houver a retirada de todos os véus “ilusionistas”, que nos “cegam”. 

Utopia?  Sim, se olharmos nossa condição de animal humano, hoje; mas quem sabe, em havendo futuro diferente deste presente, talvez não o seja.

 

“O anarquismo, portanto, realmente se ergue pela libertação da mente humana do domínio religioso; a libertação do corpo humano do domínio da propriedade; libertação dos grilhões e refreamentos dos governos.”

Para ser um anarquista, de verdade, é preciso ter índole rebelde.

No Brasil, o primeiro livro, de Zélia Gattai narra, entre outras coisas, a epopeia de uma família de imigrantes italianos ─ sua própria família ─ composta por anarquistas que pregavam “a fundação de uma sociedade sem leis, sem religião ou propriedade privada”.(negritos da autora, deste)

Outra conexão feita, foi com Albert Einstein outro rebelde, em vários sentidos . Analisando tudo que colocou em seu livro Como vejo o mundo, formou-se forte conexão entre nossos pensares além, é claro, de ter fortalecido em mim, a tendência científica de questionar/investigar, sempre.

Observem, por favor, esse pequeno parágrafo do livro acima citado:

 

“... Mas o bom senso dos homens é sistematicamente corrompido. E os culpados são: escola, imprensa, mundo dos negócios, mundo político.”(negritos da autora, deste)

Fidel Castro por ter “peitado” a mais poderosa representante do status quo, sempre teve minha admiração; sabendo que seu País, a trancos e barrancos, alcançou vitórias sociais marcantes fortaleceu, em muito, a conexão rebelde que sempre senti e sinto, com ele.

O pouco tempo de vida de Che Guevara, foi o suficiente para que sentisse, por ele, uma agradável similaridade em pensamento, em ideologia e assim, outra conexão, se fez.

Hugo Chaves, cuja vitória nas últimas eleições, deixou-me imensamente feliz, tem minha admiração por sua força e resistência frente ao Sistema; claro que não é fácil impor ao povo algo que ele, em princípio, não aceita; entretanto, a médio e longo prazos, com certeza esse povo que sem a lavagem cerebral imposta pelas mídias capitalistas/neoliberais aprenderá a avaliar, as ações desse governante.

Gandhy foi um rebelde, extremamente diferenciado; sua forma de questionar/desafiar o sistema de domínio vigente, tornou-o uma figura ímpar, na história de seu país e, da humanidade.

REBELDIA CONTRA MÍDIAS CAPITALISTAS/NEOLIBERAIS E, UMA DETERMINADA CLASSE SOCIAL

Observo, algumas vezes, comentários cáusticos, sobre alguns jornalistas; penso, entretanto, que apesar de mais ou menos afoito, todo e qualquer jornalista ligado a sistemas midiáticos capitalistas/neoliberais, nada mais faz do que cumprir, fielmente,  ordens de seu empregador, mesmo que possa dar a impressão, ao público menos atento, que aquela opinião é particular, dele; talvez, até seja, pois caso contrário, ali não estaria,  pois não acredito que uma pessoa possa “vender” suas legítimas convicções, anseios a um sistema que,  amanhã ou depois o descartará,  sem a menor consideração pelos “serviços prestados”.

Mas, pensando bem, quem sabe suas legítimas convicções sejam exatamente, as expostas; além do que, sabe-se que o dinheiro recebido e o ego insuflado, pela presença midiática, podem anular as mais íntimas convicções pessoais, dos mais fracos.

É interessante principalmente para quem procura “ver” as pessoas, com os olhos da alma notar semblantes tão destituídos de luz, de alegria pura, de leveza  entre a grande maioria daqueles que, como jornalistas, se apresentam a nós, via tv.  Olhamos e não conseguimos enxergar o ser; sabemos que eles os têm, é claro; talvez esteja totalmente subordinado ao ego e, por essa razão, não consiga se mostrar àqueles que buscam pelo ser, dos animais humanos.

O sistema midiático capitalista/neoliberal é, em qualquer parte do mundo onde atue, representante legítimo dos anseios, do Sistema; o que o Sistema determinar, assim será divulgado em perfeita consonância com o grau de entendimento de cada público mantendo entretanto, intacta,   a ordem a ser, até mesmo, subliminarmente difundida.

Além da rebeldia, acima exposta, outra me envolve em relação à classe social sempre descrita como burguesia, cantada exemplarmente em música de Cazuza coincidentemente, outro rebelde admirável.

É uma classe que desconhece os rigores da pobreza/miséria; uma classe que desconhece marmitas, ou nem isso um pão, apenas,  quando muito, com mortadela.

Uma classe que desconhece o que é ter sua “casa” queimada perdendo, nesses incêndios (com certeza, não naturais, como os que estão acontecendo atualmente, em São Paulo) ou nas chamadas operações de reintegração de posse o pouco conseguido com o mais salgado, suor.

São pessoas que desconhecem o sentimento existente no olhar de uma criança pobre, ao ver outras com brinquedos maravilhosos ou comendo doces deliciosos em alguma confeitaria; no caso específico dos doces, tive discussões fortes ao ver, algumas vezes, quando existiam nas ruas, muitas crianças desvalidas, as pessoas simplesmente tocarem-nas das portas, da mesma forma como ainda é costume fazer, com animais não humanos.

Quando digo que desconhecem, talvez esteja usando verbo errado; muitas pessoas, inclusive da classe em questão, nunca viveram qualquer tipo de penúria; têm, entretanto, empatia pelas pessoas menos favorecidas, chegando a quase “sentir”, na própria pele, seus sofrimentos. Não necessariamente, é preciso conhecer algo, na prática, para se ter condição de analisar se é bom ou ruim.

Essas pessoas, acima, são aquelas que sabem dimensionar o que ocorreu nestes últimos 10 anos, no Brasil; sabem que cerca de 40 milhões de pessoas saíram da faixa de pobreza/miséria, graças a ações de governo que, pela mídia capitalista/neoliberal e outros,  pertencentes a classe burguesa, são consideradas paternalistas/populistas.  Eles têm a audácia de dizer que é preciso “ensinar a pescar e não, dar o peixe”; acontece que pra ensinar a pescar precisa ter anzol e os pobres e miseráveis não tinham como comprá-lo; isto talvez  responda, também metaforicamente, o que eles sempre disseram com intuito exclusivo de desmerecer ações sociais importantes, que o Sistema não aceita.

Dadas as condições iniciais, necessárias o anzol e alimento para fortalecer o corpo eis que o País, em grande parte em função dos recém saídos da pobreza e, em termos de trabalho e consumo, conseguiu em 2008 e até o presente momento safar-se, em parte, da crise que assola quase todos os países, do mundo. Na maioria deles, a recessão imposta, alimenta  o desemprego e determina   perda de benefícios sociais, entre outras coisas tão adversas, quanto.

Voltando ao tema principal, é evidente que a rebeldia precisa ter fundamento lógico; se assim não for, acaba se tornando algo patológico; rebeldes sem causa,  são um desperdício dessa própria força revolucionária bem como, um entrave ao desenvolvimento mental, do animal humano.

Mas a rebeldia verdadeira, é profundamente necessária e saudável; é ela que nos ensina a não aceitar o status quo do Sistema em todas as suas instâncias apenas porque assim o faz, a maioria.

O mesmo pode-se dizer do anarquismo.

Apesar do Sistema tê-lo “carimbado”  de baderna existe,  em sua máxima expressão, uma ordem natural; essa é a ordem que vigora na Natureza; tudo nela segue  ou seguia, antes da danosa ação do animal humano “sistematizado” ─ , fluxo perfeitamente natural que obedece, única e exclusivamente, os ditames da ENERGIA!

Mas, nos perdemos num emaranhado de caminhos artificiais que simplesmente  sufocou a raiz mesma, da sensibilidade. Sem sensibilidade, não existem rebeldes; sem sensibilidade, o anarquismo fenece.

Sensibilidade, é o que nos faz ter certeza, de que tudo poderia ser diferente. Usar o verbo em seu tempo passado, reforça a necessidade urgente de mais rebeldes, de mais anarquistas, pois a reversão do status quo humano, social,  natural e planetário, se faz urgente; sem uma possível  reversão,  pode-se ter certeza de que a Natureza, o Planeta saberão como “zerar” todas as atividades incompatíveis com o fluxo natural do Sistema Vida ─ Planeta Terra.

Não devemos nos esquecer, que:

O PODER DE REBELDIA DA NATUREZA, DO PLANETA CONTRA O STATUS QUO ARTIFICIAL, É ALGO  ─ INIMAGINÁVEL!

Maria ─ Estrela Lunar Amarela

 

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