quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Escola dos meus Sonhos

Na escola dos meus sonhos, os alunos aprendem a cozinhar, costurar, consertar eletrodomésticos, a fazer pequenos reparos de eletricidade e de instalações hidráulicas, a conhecer mecânica de automóvel e de geladeira e algo de construção civil. Trabalham em horta, marcenaria e oficinas de escultura, desenho, pintura e música. Cantam no coro e tocam na orquestra. Uma semana ao ano integram-se, na cidade, ao trabalho de lixeiros, enfermeiras, carteiros, guardas de trânsito, policiais, repórteres, feirantes e cozinheiros profissionais. Assim aprendem como a cidade se articula por baixo, mergulhando em suas conexões que, à superfície, nos asseguram limpeza urbana, socorro de saúde, segurança, informação e alimentação.
Não há temas tabus. Todas as situações-limite da vida são tratadas com abertura e profundidade: dor, perda, falência, parto, morte, enfermidade, sexualidade e espiritualidade. Ali os alunos aprendem o texto dentro do contexto: a Matemática busca exemplos na corrupção dos precatórios e nos leilões das privatizações; o Português, na fala dos apresentadores de TV e nos textos de jornais; a Geografia, nos suplementos de turismo e nos conflitos internacionais; a Física, nas corridas de Fórmula-1 e nas pesquisas do supertelescópio Huble; a Química, na qualidade dos cosméticos e na culinária; a História, na violência de policiais contra cidadãos, para mostrar os
antecedentes na relação colonizadores - índios, senhores - escravos, Exército - Canudos, etc.

Na escola dos meus sonhos, a interdisciplinaridade permite que os professores de Biologia e de Educação Física se complementem; a multidisciplinaridade faz com que a História do livro seja estudada a partir da análise de textos bíblicos; a transdisciplinaridade introduz aulas de meditação e dança e associa a história da arte à história das ideologias e das expressões litúrgicas. Se a escola for laica, o ensino religioso é plural: o rabino fala do judaísmo, o pai-de-santo, do candomblé; o padre, do catolicismo; o médium, do espiritismo; o pastor, do protestantismo; o guru, do budismo, etc. Se for católica, há periódicos retiros espirituais e adequação do currículo ao calendário litúrgico da Igreja. Na escola dos meus sonhos, os professores são obrigados a fazer periódicos treinamentos e cursos de capacitação e só são admitidos se, além da competência, comungam os princípios fundamentais da proposta pedagógica e didática. Porque é uma escola com ideologia, visão de mundo e perfil definido do que sejam democracia e cidadania. Essa escola não forma consumidores, mas cidadãos.
Ela não briga com a TV, mas leva-a para a sala de aula: são exibidos vídeos de anúncios e programas e, em seguida, analisados criticamente. A publicidade do iogurte é debatida; o produto adquirido; sua química, analisada e comparada com a fórmula declarada pelo fabricante; as incompatibilidades denunciadas, bem como os fatores porventura nocivos à saúde. O programa de auditório de domingo é destrinchado: a proposta de vida subjacente, a visão de felicidade, a relação animador-platéia, os tabus e preconceitos reforçados, etc. Em suma, não se fecham os olhos à realidade, muda-se a ótica de encará-la. Há uma integração entre escola, família e sociedade. A Política, com P maiúsculo, é disciplina obrigatória. As eleições para o grêmio ou diretório estudantil são levadas a sério e, um mês por ano, setores não vitais da instituição são administrados pelos próprios alunos. Os políticos e candidatos são convidados para debates e seus discursos analisados e comparados às suas práticas.
Não há provas baseadas no prodígio da memória nem na sorte da múltipla escolha. Como fazia meu velho mestre Geraldo França de Lima, professor de História (hoje romancista e membro da Academia Brasileira de Letras), no dia da prova sobre a Independência do Brasil, os alunos traziam para a classe a bibliografia pertinente e, dadas as questões, consultavam os textos, aprendendo a pesquisar. Não há coincidência entre o calendário gregoriano e o curricular. João pode cursar a 5ª série em seis meses ou em seis anos, dependendo de sua disponibilidade, aptidão e seus recursos. É mais importante educar do que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar o mundo que ascender à elite. Dentro de uma concepção holística, ali a ecologia vai do meio ambiente aos cuidados com nossa unidade corpo-espírito e o enfoque curricular estabelece conexões com o noticiário da mídia.
Na escola dos meus sonhos, os professores são bem pagos e não precisam pular de colégio em colégio para se poderem manter. Pois é a escola de uma sociedade em que educação não é privilégio, mas direito universal, e o acesso a ela, dever obrigatório.

Frei Betto é escritor, autor do romance "O Vencedor" (Ática), entre outros livros. 
contribuição: Maria ─ Estrela Lunar Amarela

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Morte

Tenho medo de morrer...
Neste exato momento,  conheço a morte...
Porque a morte nada mais é, do que um simples encontro do eu, comigo mesma...
Então, agora eu morro... sinto a minha própria presença chegando... e tenho medo de morrer nesse exato momento que eu me acho...
É muito interessante essa presença de mim... ao mesmo tempo que me preenche, me causa a sensação de um imenso vácuo... um vácuo que engole toda a minha existência
... um vácuo? ...
Sim... um vácuo que é vazio ... mas que preenche... é desse vácuo que é feito o Universo
É desse vácuo que é feito meu coração
Esse vácuo sou eu...
E a morte não existe!!!
Porque a vida é o vácuo...
E o vácuo preenche a morte...
Então aqui estou eu... do lado da vida, do lado da morte... entre eu e eu mesma...
A morte não existe... nem eu, nem a vida!...
R.F.Cristina

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

FÍSICA QUÂNTICA E MERCADO FINANCEIRO (COMO É...?!!)

O título é esse aí mesmo.
O exercício mental que levou ao que veremos, tem fundamento científico, na física quântica.
Somos, essencialmente, um aglomerado de átomos e partículas subatômicas; dessa forma, não somos uma “ilha” isolada em nós mesmos; estamos, evidentemente, conectados a todos os demais “aglomerados  quânticos, formando um imenso, um fantástico CONGLOMERADO QUÂNTICO.
Disso resulta, evidentemente, comunicação entre as partes. Nosso corpo físico ─ aglomerado quântico, tem linguagem  comunicante entre todas as partes ─ conhecida como linguagem química. Esse  aglomerado, saibamos ou não, interage de forma conhecida e/ou desconhecida (ainda) com os demais aglomerados, numa troca imperceptível, para nós animais humanos, de sinais conectantes. Falo de nós, animais humanos, porque existe em mim a firme convicção de que os demais entes da Natureza, têm  plena percepção, desses sinais; essa convicção resulta de inúmeras observações/experiências pessoais.
O hardware cerebral, com seus fantásticos softwares (creio em vários, conectados), com certeza é a principal “usina” receptora/transmissora  de toda a gama de frequências existentes entre os aglomerados e destes, para o Conglomerado.
O Mercado/Sistema Financeiro Mundial é um Conglomerado atuante em esfera planetária. Mesmo que sejam, em última (ou primeira instância)  ─  “cifras”,  a grande representação dele, tudo é fomentado pelo pensamento humano, pelo menos dos que trabalham e usufruem diretamente dele. As famosas Bolsas de Valores, consideradas termômetros da situação de Mercado, podem ser abaladas, em questão de minutos, por qualquer pensamento infiltrado na rede, através de informações. E o nervosismo se espalha, imediatamente, como uma onda, tanto nas altas como nas baixas, do “mercúrio” (valores/cifras/ações), desses termômetros. Ao ocorrer isso, todas as pessoas envolvidas estarão com suas “usinas” em emissão máxima, “contaminando” a tecnosfera do Planeta, o que afetará,  de uma forma ou de outra, o próprio e seus habitantes.
Curiosamente hoje, antes de encerrar este, comprei a última Scientific American, principalmente por um artigo ─ 100 Trilhões de Conexões, que fala sobre pesquisas em relação a rede de neurônios; eis um pequeno trecho:  “Um modelo matemático que simule interações de compra e venda de ações na bolsa de valores pode simular também redes neurais responsáveis pela atividade cerebral.” Os cientistas estão, cada vez mais, se aproximando de algo muito mais fantástico do que se possa imaginar; essa rede, analisada por eles através de cálculos matemáticos, nada mais é do que um pequeno “espelho” dos bilhões de redes espalhadas pelo Universo, incluindo, nesses bilhões de redes, “nosso” próprio hardware, “nosso” aglomerado quântico.
Espero que você não ache mais,  estranho, o título acima; a quântica de cada aglomerado interfere, interage com todos os demais, do micro ao macro.
Através de nosso aglomerado quântico, interferimos em sistemas vários; deles, recebemos então, os respectivos feedback’s,  que causarão , quase que ad infinitum – ação e reação. Isso é pura FÍSICA QUÂNTICA.
Maria ─ Estrela Lunar Amarela 

domingo, 23 de janeiro de 2011

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2011 ─ DACAR

O FSM  completa 10 anos,  de brilhante existência.
A sede do primeiro Fórum Social Mundial  foi Porto Alegre, em 2001.
A ideia e objetivo principal era oferecer uma contraposição ao Fórum Econômico Mundial, de Davos que reúne a “elite” do pensamento capitalista. Abaixo, citamos pequena parte um artigo de Luis Fernando Veríssimo,  escrito para o encerramento, desse evento:
“O que aconteceu nestes cinco dias históricos de Porto Alegre foi uma tentativa de resgatar o parâmetro humano. Se houve ações mais fortes, elas se justificam pelo princípio jurídico da auto-defesa, pois estava-se defendendo a saúde do planeta, ou pelo princípio teatral da ação simbólica. O principal foi que falou-se muito, e o que se falou foi ouvido no mundo inteiro. Se não foi entendido no mundo inteiro, não faz mal. A intenção era apenas mostrar que seres humanos não abdicaram da sua função, que o retorno de capital ainda não é a medida de todas as coisas do mundo. E afinal, este foi apenas o primeiro Fórum Social Mundial. Nos próximos, falaremos mais claro.”
Felizmente, o Fórum Social Mundial vingou, plenamente; disseminou-se em pensamentos, ideias e ações, pelo mundo inteiro, a favor de uma nova realidade social.
Este ano, em Dacar, capital do Senegal, o FSM  completa seus 10 anos de existência, robustamente estruturado.
Veja como as voltas do mundo, os giros das eras, são fantásticos. Do século XVI até o século XIX, Dakar ou Dacar, como quiser, foi o maior centro de tráfico (“exportação”) de escravos, para a América. Imagine as histórias que os famosos navios negreiros, infelizmente, tinham para contar.
Neste século XXI, terceiro milênio, o FSM,  continua a luta pela liberdade de uma humanidade, hoje, mais do que nunca, joguete e refém do ter e do poder do ─  lucro, que é  esteio e fomento de um aniquilante e  ao mesmo tempo, moribundo capitalismo neoliberal.
Tenho absoluta certeza de que teremos mais um grande evento,  amparado por uma  fantástica rede social atuante via Internet.
Por essa razão convoco você a participar desse Fórum Social Mundial, de Dacar ─  que vai do dia 06 até 11 de fevereiro ─, via site abaixo. Acredite, vale a pena participar, até mesmo do processo de estruturação, já em etapa final.

Maria – Estrela Lunar Amarela

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

“Retrato” de um amigo!

Faz tempo que nos conhecemos.
Quando saio mais cedo, de casa, encontro-o tomando um café num copo de  plástico e comendo um pãozinho que o pessoal do bar, lhe dá.   
Nossos olhos se encontram; sem nenhuma palavra, tantas coisas são ditas, entre nós.
A Física Quântica explica o que acontece:  nossos átomos e moléculas, em  proximidade espacial,  criam uma maravilhosa ressonância; nada precisa ser dito; tudo é apenas sentido, no espaço-tempo,  daquele encontro. Mas a razão, o motivo desse sentir, vai continuar, acredito, tão desconhecido quanto   sempre o foi. 
As  “diferenças” entre nós, são gritantes; moro numa casa, tenho cama, cobertor que me aconchegam todas  as noites. Ele tem um cobertor que carrega com ele; ele não tem casa; seu lar são as ruas pelas quais perambula,  sempre solitário e seu teto , é o céu ou a marquise disponível, para a noite de sono. 
Mas, ele tem algo que não tenho – uma meiguice, uma doçura, uma pureza no olhar  que refletem, muito bem,  o Ser que é.  
Sempre que o encontro, fica uma sensação agradável de “conhecimento”; talvez aquela linda frase maia - In lake ‘ch”: Eu sou um outro você -, explique.  
Gostaria que vocês o conhecessem; isso é difícil, mas não impossível, pois mandando esse “retrato”,  quem  sabe vocês possam reconhecê-lo. 
Caso vocês o encontrem, não tenham medo, não se deixem abalar por seu aspecto de alcoólatra, pois essa é a única coisa que sei, dele – ele não é alcoólatra - mas, mesmo que fosse, não mudaria o que sinto por ele. 
O nome dele, não sei; que importância tem um nome quando se conhece  um Ser?
Ele também não sabe o meu e eu não sei como ele me vê;  tomará que sinta o imenso carinho que tenho por ele!

Rocio-julho/2010

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

CAMPUS PARTY ─ BRASIL 2011

Como gostaria de estar nesse evento, ser uma das campuseiras.   Sou fã incondicional da modernidade tecnológica digital, mesmo que pouco transe, com ela; apenas o básico.
Vejo como as chamadas redes sociais, que se multiplicam vertiginosamente, via Internet,  conferem perfil diferenciado, de relacionamentos, aos mais diversos universos de interesses,  permitindo aproximação digital praticamente instantânea, entre pessoas geograficamente distanciadas, e muito!
Uma incursão hiper rápida, ao princípio dos tempos, veremos que comunicação a distância, era feita via  ─ fumacinha,  com  “linguagem” resumida; com a evolução, os pobres cavalos e cavaleiros,  percorriam quilômetros e quilômetros  levando cartas, documentos importantes que poderiam nunca chegar ao local de destino, por emboscadas ou exaustão,  dos “conectores”.
Um salto gigantesco e surge o telefone;  creio  que alguns livros escolares, devem ainda creditar os louros dessa invenção a Graham Bell. Mas, em 2002, o Congresso dos Estados Unidos reconheceu o italiano Antonio Meucci como o verdadeiro inventor, tendo vendido a patente a Bell, em torno de 1870.
Olha a incrível aceleração da tecnologia;  auxiliada pela jovem nanotecnologia ─ em apenas 140 anos, arredondando,  partimos da invenção de Meucci,  para os smartphones e para tudo o mais que dia a dia, surge.
Você já parou prá pensar como está sobrecarregada a nossa tecnosfera?  Creio que as coisas devem estar bastante confusas.  Mas,  vejo isso como uma ação preparatória para o passo evolutivo que o Planeta e a humanidade (ou parte dela, que sobrar??!!!),  deverá dar. Falo da Noosfera que está prestes a substituir a Tecnosfera.
Se o ciberespaço, “criado” pela tecnologia,  conecta pessoas , a futura Noosfera deverá conectar-nos via nosso próprio hardware, através do aperfeiçoamento do software da telepatia, natural também dos animais humanos, mas em desuso.
Particularmente,  acredito que a virtualidade do ciberespaço, está preparando o animal humano, de alguma forma, para  realinhamento dimensional, através apenas do pensamento, via TELEPATIA.
Enquanto isso, visitemos a Campus Party, não confundindo, por favor,  com  Tea Party, americano, que representa totalmente o inverso,  da evolução do pensamento.

Maria do Rocio Macedo Moraes
P.S.:  as próximas postagens, assinarei, como abaixo:

Maria  - Estrela Lunar Amarela.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A JABUTICABEIRA


Um senhor idoso estava cuidando de uma planta com todo o carinho. Um jovem se aproximou e perguntou:
- Que planta é esta que o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira, meu jovem.
- E quanto tempo ela demora para dar frutos? (perguntou o jovem ansioso)
- Pelo menos uns quinze anos!
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - perguntou com ironia o rapaz.
- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada! - disse o ancião.
- Então, que vantagem você leva com isso? Vai demorar 15 anos para dar frutos, o senhor nem vai apreciar o gosto da jabuticaba. Você está todo sujo, cansado e ainda terá que regar e cuidar de uma planta da qual nunca verá os frutos! Que vantagem você tem nisso?
- Nenhuma, a não ser a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas e nem saberia como são saborosas se todos pensassem como você...
O jovem se retirou muito envergonhado, refletindo seriamente naquelas palavras.
E quanto a nós? Escutamos o dito popular: Vamos viver hoje, porque amanhã...
É claro que não nos devemos nos preocupar com o futuro, pois pertence somente a Deus, mas se tudo o que fizermos for para servir somente para nós, sem que nos preocupemos em nada com as futuras gerações, então continuaremos a destruir o ecossistema, e, consequentemente, a nós mesmos. Além de destruirmos a sociedade onde vivemos, através das nossas relações cada vez mais individualistas.
Não importa se teremos tempo suficiente para ver mudado as coisas e as pessoas, mas façamos a nossa parte, para que tudo se transforme a seu tempo, pois com certeza nem tudo o que estamos plantando hoje teremos a oportunidade de colher amanhã; talvez sejam nossos filhos, netos...


Fonte: SITE SAINDO DA MATRIX
Colaboração: Maria do Rocio Macedo Moraes

PENSAMENTOS SIMPLISTAS SOBRE QUESTÕES COMPLEXAS

                            18/01/2011
Iniciamos ─ numerologicamente falando ─mais um  Novo Ano.
Milhares e milhares de bons pensamentos alcançaram  a futura  Noosfera, nos primeiros minutos de 2011, tal qual em todo início de um Novo Ano. São minutos de profunda esperança, comovendo, é claro, até os corações mais empedernidos, pela materialidade extrema.
Praticamente uma semana depois, dos festejos, uma grande catástrofe, em nosso próprio País,  nos pega de “surpresa”.
Surpresa, não seria bem o termo; por essa razão, entre aspas.
Estamos todos tentando, desesperadamente (até de forma inconsciente),  ignorar a realidade sufocante que envolve o Planeta, a Natureza e nós, é mais que claro.
O animal humano precisa morar; para morar ele “precisa” destruir; precisa comer; para comer precisa destruir, matar; ele pensa e/ou o fazem pensar que precisa  usufruir  do melhor, materialmente falando e então, destrói para obter satisfação, tão fugaz que nos faz sempre estar “de olho” no novo, para de novo comprar, comprar, comprar... até acabar, quem sabe! 
O animal humano não pensa ─ ou não acredita ─, que utilizando o que considera ser  micro, nada acontece ao macro; não observa o quanto a natureza foi/é  literalmente depredada, apenas na construção de uma simples casa. Se você mora em apartamento, vá até a janela e observe,  até onde sua vista alcançar; provavelmente você verá uma massa de concreto; imagine a cidade inteira, imagine todas as cidades, imagine o mundo inteiro, em concreto. Modernidade, desenvolvimento;  civilização concretada e natureza ─ depredada.
Uma simples casa; uma simples cadeira; uma vassoura, o rolo de papel higiênico, um pano de prato;  aquela coleção de sapatos, na sapateira;  os  celús, os vídeos, os carros!  Céus, de onde sai tudo isso?  De Marte?  De  Vênus?
O pensar individual, focado na impossibilidade de análise ampla, holística está detonando com nosso habitat natural; o capitalismo incentiva e se satisfaz, plenamente, com a inacreditável futilidade humana; e as pessoas culpam o tempo pela falta de tempo em colocar, nem que seja  por alguns instantes, os neurônios à disposição de uma análise mais encorpada, da realidade; talvez, algum insight fantástico (desculpe o termo, me faz lembrar um programa que abomino) possa surgir e olha, precisa ser hiper fantástico para lançar uma esperança sobre o caos. 
Ou a humanidade destrona o consumismo ou o consumismo vai detonar com grande parte dos animais humanos; e acreditem,  Deus nada tem a ver com o que poderá acontecer; não adianta se descabelar e pedir ajuda e muito menos reclamar, se fazendo de santo (a), dizendo que é simplesmente vítima;  estamos todos brincando com a ENERGIA da Natureza, do Planeta e essa brincadeira, pode acabar muito mal.
Desculpem o desabafo bem simplista, face ao complexo das questões; inclusive, posso ser até considerada pessimista, alarmista, baixo astral;  é o preço a pagar por pequenas intenções de alerta, como essa; prefiro isso a omissão.
Ah, em tempo:  eu não tenho casa, não tenho carro, não tenho coleção de sapatos, minhas roupas cabem na metade do guarda-roupas de minha amiga mas tenho muitos livros, portanto, estou no rol dos consumistas; só uma coisa acho legal, em mim ─ não usufruo de cadáveres de animais para alimentar o meu futuro cadáver; não sei, entretanto, até onde isso pode ajudar a macro complexidade, de nossos problemas; só tenho plena consciência que os problemas são de todos;  independem de cor, religião, nacionalidade, sexo, classe social, consumistas ou não consumistas. A decisão de enfrentá-los ou não, em princípio, é individual e não pode demorar muito; do individual, iremos para o coletivo e quem sabe, a Noosfera nos “informe”, em tempo hábil,  o que realmente fazer.
Conversei isso com você porque ─  In Lak'ech!


Autora:  Maria do Rocio Macedo Moraes


P.S.: desculpem algum erro; sou impulsiva demais, ao escrever; assim,  a correção pode ser incompleta.