sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ESPAÇO-TEMPO DA NÃO-MATÉRIA


24/02/2012


No post anterior, falamos sobre o Espaço e Tempo daMatéria.

Neste, vamos abordar o que consta do Espaço 8 dolivro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios, que aborda o Espaço-Tempo da NãoMatéria (*). Virá todo em itálico.

 ESPAÇO 8



P.1      Talvez a concepção do grande cientista ─ ehumanista ─, Albert Einstein, de  um  espaço-tempo como entidade única,  nãoseparados,  possa na realidade, falarmelhor sobre o espaço e tempo da Não-Matéria, porque em realidade, a concepçãode Einstein veio demolir o antigo conceito de espaço e tempo não combinados,não participantes ou atuantes em um mesmo Agora.


P.2      Para a Não-Matéria inexiste espaço etempo, como nós os concebemos.


P.3      Quando damos nascimento em nós, àNão-Matéria, compreendemos, percebemos que o espaço, em sua extensãoindefinida, é algo em que a pessoa não consegue situar-se, como matéria; é algovago demais para que a pessoa possa ultrapassar aquele referencial que tem, detridimensionalidade, e encontrar dentre as centenas ou milhares de recortes,um, que possa encaixar-se ─ materialmente falando ─, quando tenta pensar em umespaço que transcende a noção que dele tem.


P.4      Não há como se falar, por exemplo, emUniverso, em Infinito e querer que as pessoas possam conceber ─ mental elogicamente, apenas ─, o que eles possam ser. Existirá, naturalmente, umabarreira intransponível entre o mundo das idéias, das pessoas ─ mundo essedirecionado ao concreto, ao físico, ao material ─ e a idéia de Universo, deInfinito.


P.5      Aquela pessoa que, “embrionando-se”,deixou nascer a Não-Matéria, o Ser, passa a conviver internamente com asensação de Universo, de Infinito e de Eterno. Ela sente o Universo e sabe queele é muito mais não dimensionável do que se possa tentar imaginar ou teorizar.


P.6      O Ser que “nasce” na pessoa que concebeu aNão-Matéria, sabe do Universo, do Infinito, do Eterno, não através do que overbo saber define, mas através do verbo Sentir, verbo esse que, em realidade,deveria ser conjugado apenas na 1a pessoa do singular e ainda emdeterminados tempos, apenas.


P.7      Sentir é diferente de saber; porém,pode-se saber de algo através do sentir, principalmente em relação a tudoaquilo que não se pode apreender e compreender, através de palavras.


P.8      A pessoa que ultrapassou as barreiras desimples pessoa, alcançando o Ser, implodiu em si a materialidade física emental, descobrindo-se conhecedora do Infinito, do Eterno, através daNão-Matéria, de que é composta. Essa ultrapassagem de barreiras que dificultam─ e na grande maioria das vezes impedem ─, a pessoa de conceber a Não-Matéria,transfere, do Ser para a pessoa, a realidade do Infinito e do Eterno, atravésdo Sentir.


P.9      A dificuldade em se falar sobre a Não-Matéria,e em extensão, sobre o Infinito e o Eterno, está na impossibilidade de seexplicar um sentir quando não existe ressonância de um sentir, pelo menosparecido, naquele para quem se está tentando dar essa explicação. Veja: quandoalguém que sente determinado medo, fala sobre isso a outra pessoa,provavelmente apenas duas coisas podem ocorrer:

─se essa pessoa já sentiu alguma vez, algum tipo de medo, ela poderá imaginar ─tendo como referência o seu próprio medo ─, o que esse alguém está sentindo,mas só poderá imaginar, não vai sentir identicamente a extensão exata do medoque lhe está sendo explicado;

─ seessa pessoa jamais sentiu medo, de forma tão profunda, se desconhece essasensação, ela sequer poderá imaginar a que está se referindo esse alguém.


P.10    O sentir, seja ele em que aspecto for emuito mais no abstrato, no emocional, é estritamente particular ─ Único. Sevocê e eu, por exemplo, sentimos dor de dente, as nossas dores, apesar de seremfisicamente iguais em origem, mesmo assim não o serão em nosso nível maisprofundo de sentir, porque a dor que sentimos terá, em cada um de nós, uma“frequência”, uma amplitude diferente, dependendo de todo um complexo sensívelde nosso ser mais profundo e total; note que estamos falando de um sentir causadopelo físico, sentido pelo físico; que dirá então dos de outro nível!


P.11    As pessoas se sensibilizam mais com dores esofrimentos de outras pessoas quando já passaram por algo semelhante. Por essarazão, a grande maioria não se sensibiliza com a dor, com o sofrimento animal,vegetal, porque desconhece o nível de sensibilidade deles à dor ou aosofrimento; aliás, muitas pessoas sequer conseguem imaginar que outros seres danatureza possam ter outro nível de sofrimento, além daquele que chamam de “simples”dor física. Mas para aquele que desenvolveu a afinidade com a Não-Matéria, doSer, o clamor de qualquer ser da natureza é compreendido, atingindo, essacompreensão, o clamor constante do próprio Planeta Terra.


P.12    Portanto, falar sobre algo que é percebidoquando se penetra em nós, profundamente, é algo que exige um cuidado muitoespecial. Da mesma forma, falar simplesmente sobre Espaço e Tempo daNão-Matéria é impossível, porque inexiste Espaço e Tempo ao se tratar deNão-Matéria ─ Espaço e Tempo como entidades separadas e perfeitamentedelineadas, demarcadas. Talvez o máximo, mas também o mais comum, o maissimples que se possa dizer sobre o Espaço/Tempo da Não-Matéria, é que elestransmutam-se em Infinito e Eterno, e que o Infinito não é (um) lugar, e oEterno, não é (um) tempo, e que ambos, em conformidade com a Não-Matéria, sãounicamente um SENTIR.


P.13    Há algo bastante difícil de explicar, quantoa esse SENTIR que falamos tanto. Esse SENTIR, que é PURA SENSAÇÃO ─ portanto,não-dissonante ─, é relativo apenas ao “quantum” desse SENTIR é possível aonosso Ser “suportar”, apesar desse“quantum” ser idêntico a todos os demais “quantum´s”, por ser expressãolegítima do TODO CONEXO, que se dá em “porções”, dependendo apenas dasensibilidade do Ser. Esse Ser é o TODO CONEXO, na proporção dessa “porção”,sem entretanto considerar-se mais ou menos, pois mais (+) ou menos (-),inexistem a esse nível; apenas a PURA SENSAÇÃO existe, igual no Todo ediferenciada (sem o ser), nas “porções”. Uma analogia profundamente simplespode ser feita, como uma forma de tornar menos complexo o que acima foidito:  imagine um grande bolo ─ dechocolate, por exemplo ─, cortado em dezenas de fatias; cada fatia desse bolo éo próprio, independente das fatias serem todas iguais em tamanho, ou não.

Maria doRocio Macedo Moraes
Maria ─Estrela Lunar Amarela


(*) Sem hífen, em  acordo com as novasregras ortográficas.

Livrosdisponibilizados para download:




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ESPAÇO 7 ─ ESPAÇO E TEMPO DA MATÉRIA


                                                                                    17/02/2012


Hoje, vamos postar o acima, parte integrante dolivro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios.
Todo o texto virá em itálico.

P.1  Normalmente a pessoa, em sua composição depensamento e raciocínio chamado
lógico,  admite um espaço definido, conhecido por ela,vivenciado por ela, como algo delineado, demarcado principalmente pelatridimensionalidade. É esse espaço que tem significado para a pessoa; um espaçoque tem nome próprio definido pelo tipo de ocupação que esse espaço tem.

P.2  A noção de tempo, hoje, mais do que nunca,está atrelada à quantidade de atividades que a pessoa desempenha, que a pessoa assume. Dessa forma, hoje, o tempoé “espremido” por uma quantidade enorme de atividades que preenchem,totalmente, doze horas de um cronômetro, quase multiplicadas por 2. Um relógiodetermina o “tempo” de uma pessoa; 24 horas “fixas” do dia estão totalmenteocupadas; praticamente inexistem horas vagas, onde o “não fazer nada” poderiaencontrar espaço, falando-se principalmente dos grandes centros urbanos, emseus dias úteis.

P.3  Portanto o espaço, conhecidamente demarcado,delineado, ocupado, e o tempo, exaustivamente  preenchido e controlado, não deixam muitaalternativa de amplitude e elasticidade ao“livre pensar”, ao soltar, liberar o pensamento das amarras de tudo aquilo que sechama de concreto, de real, de material e que envolve a chamada “luta pelasobrevivência”, luta pela conquista do que é chamado de “espaço”, dentro domassificante sistema engendrado e alimentado.

P.4  Entre o tic tac constantemente sufocante doscronômetros e os andaimes de construção do “espaço” de concreto, caminha apessoa, carregando uma vaga sensação de cansaço, de desesperança, de amargura,de decepção, de medo, de angústia, de impotência, que não consegue diagnosticara razão, por falta de interesse, por falta de tempo ou por achar inútil ─  improdutivo mesmo ─  preocupar-se com “vagas” sensações que lheassolam, e para as quais procura os mais variados ─ e até mesmo perigosos ─lenitivos, apenas.

P.5  O pior é que nós, adultos, estamos impondo àscrianças esse ritmo alucinante de vida, com desculpa de que precisam serpreparadas para conquistar, no futuro, algo que é denominado  “espaço” dentro da engrenagem massacrante daestrutura econômico/social vigente.

P.6  Falar sobre o espaço da matéria, da pessoa, éfalar sobre “pequenas caixinhas” fechadas,  demarcadas, quase que inacessíveis aos menospróximos; é falar de um espaço reservado ao lógico, ao racional, ao material ─aquilo que nos parece existir de fato.

O tempo da matériaexprime-se mais pela falta de mais tempo para cumprir com todos os compromissos  que a pessoa assume. Hoje em dia, falta tempopara tudo e o que mais se ouve, comprova isso: “falta tempo”; “não dá tempo”;“preciso de mais tempo”, etc., etc., etc. .

A síndrome do“apressamento” está estampada em cada pessoa, porque a fria estrutura material vigente e oque foi criado em função dela, quer “sugar” todos os minutos da pessoa, mesmoquando eles são de lazer ou prazer. É preferível, para essa estrutura, que apessoa não tenha tempo disponível para ela, e a pessoa, em contrapartida, contaminadapelo “vírus egoísta” do “eu quero ter”, esquece-se de Ser e perde-se nosespaços materiais que aprisionam o tempo da matéria, que é Finito, mas quequase ninguém lembra, ou não quer lembrar.


Maria do Rocio Macedo Moraes
Estrela LunarAmarela.

Livros disponibilizados para download:
EgoCiência e SerCiência – Ensaios (livro 01)
EgoCiência e SerCiência – Em busca de conexõesquânticas (livro 02)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PENSAR O NOVO - Post 6





10/02/2012

Estepost encerra a Parte 2 de Pensar o Novo,que teve início no post 4 com ─ Hácondições de mudança?

Nopost 5 vimos:  A possível mudança será natural ou imposta pela próprianatureza?

Neste,  veremos o 3º e último tópico.

Entretanto,antes de vê-lo, gostaríamos de esclarecer que essa série de PENSAR O NOVO, encerrada neste Post 6,  é mais um fruto de nossa indomável eindestrutível vontade de ver o animal humano unido em um Objetivo Maior, umobjetivo que ultrapasse e vença egos demasiadamente centrados, em si mesmos; éfruto do anseio de um pleno desenvolvimento mental/espiritual, único caminho possível, a nosso ver, devencermos todos os obstáculos impostos à continuidade de vida do SISTEMA VIDA ─PLANETA TERRA.

3º  As bases fundamentais, para tal mudança,existem ou ainda terão de ser implementadas?

Antesde mais nada, é preciso pensar em que consiste ─ bases fundamentais.

Sobnossa ótica, as bases fundamentais, para possíveis mudanças na estrutura dosistema capitalista/neoliberal, são:

soluções locais, baseadas emprojetos que visem o cooperativismo, em diversas instâncias; teremos que nosvoltar  para o micro ─ grupos locais deinteração social;  ativismo social nosmunicípios e, adesão aos movimentos sociais do Estado.  Isto trará condições de interação com osgrandes movimentos sociais, do País, fortalecendo-os;

─  conhecimentoe adesão, do maior número de cidadãos, ao que for proposto, naquilo quehoje está se tornando um forte instrumento de participação social, em algunspaíses da América do Sul ─ entre eles o Brasil que, através do governo de LuisInácio Lula da Silva, implantou-o, em 2003 ─, que é o CDES ─ Conselho deDesenvolvimento Econômico Social; é preciso conhecê-lo e cobrar suadivulgação;

fortalecimento de ações que demandemunião entre estados e municípios, do país, visando ação conjunta, sem demandasdesnecessárias entre eles demandas essas, sempre fomentadas por questõespolíticas; picuinhas políticas precisarão ser abandonadas em favor de umprojeto maior, para o País, sociedade, Natureza e Planeta;

uma ampla reorganização do sistemapolítico, reorganização essa, baseada em princípios sistêmicos e não mais,corporativos, naquilo que une a poucos, por interesses partidários/pessoais; isso precisa ser cobrado urgentemente,exigindo, por exemplo,  que se cumpra oque foi denominado de Ficha Limpa que não vigorou, naseleições de 2010.  Para saber mais sobreReforma Política, acessar:  http://www.reformapolitica.org.br/

absoluta transparência das açõesgovernamentais, em todas as esferas;

profunda interação ─ governo esociedade;

percepção, de cada cidadão, daimportância de forte envolvimento com as questões políticas, do País, criandohábito de, a cada eleição, analisar profundamente as tendências mais marcantesdos candidatos, suas ações em outras legislaturas, quando for o caso; procuraracompanhar o comportamento sócio/político dos que estão nas câmaras municipais,estaduais; acompanhar comportamento dos governos municipais (prefeitos),estaduais, bem como do Congresso Nacional (Câmara e Senado), além, éclaro,  da Presidência da República. Éimportante ao cidadão perceber que não deve e não pode confiar, pura esimplesmente, nos “informes” das mídias neoliberais; elas são profundamenteparciais e ligadas única e exclusivamente àqueles que representam, de formamais contundente, os interesses do sistema capitalista em total detrimento, dosocial.

Aintromissão dos grandes grupos financeiros no setor político mundial,  está tentando o afastamento dos governosinstituídos, de qualquer ligação maior com a sociedade; qualquer governo detendência mais  humana/social, está sendopenalizado e imprensado pela força, quase indestrutível, desse setorcorporativo. Daí a importância do envolvimento maior, dos  cidadãos com a política, em seus município,estados e País, pois isso fortalecerá o sistema democrático não permitindo queseja cooptado, de forma irremediável, por essa nova onda de dominação;

adoção de uma política educacionalque implemente disciplinas que contemplem profunda análise da sociedade, dosistema econômico, das questões ecológicas, das ideologias político/sociais esuas consequências para o social, para o ecológico e para o próprio pensamentohumano; sem lançar mão de uma nova visão educacional que atualize a mofadaconceituação de conhecimento dentro de grades curriculares, de ensino,continuaremos com a decadente estrutura educacional ─  principalmente do ensino público ─  a causar enorme defasagem cultural eobsolescência da criatividade, da potencialidade de milhares de jovens;

reavaliação do que se denomina ─Crescimento Econômico, em função de perspectivas futuras de escassez derecursos naturais;

regulamentação do sistema midiático,impondo-lhe alto grau deresponsabilidade à sua liberdade;

um comprometimento maior dosdenominados mais ricos, com seu entorno mais imediato, financiando projetoslocais que representem alternativas viáveis ao sistema produtivo, ora vigente,principalmente em termos de agricultura familiar, a ser incentivada e muito, emtodos os municípios, do País. A questão alimentar será, em futuro muito breve,a principal questão social a ser enfrentada; nada melhor do que pensarmos emmilhares de pequenas estruturas cooperativas de produção agrícola.

Aoolharmos aquilo que denominamos de ─ Bases Fundamentais, para uma mudançasaudável do sistema capitalista/neoliberal ─ hoje com vestimentas próprias dafinanceirização da economia, da política ─ verificamos que muito pouco estásendo implementado e apenas em poucos recantos, do mundo. Para sermos maisprecisos, alguns países da América do Sul começam a olhar de forma diferenciadapara o Cooperativismo e para a participação social, através dos Conselhos deDesenvolvimento Econômico e Social, estes últimos sendo inclusive analisados,  em termos de uma unidade de ação, dentro daAmérica do Sul.

AComunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos ─ CELAC, formalmenteconstituída em dezembro de 2011, é uma grande promessa de mudança deparadigmas. Sua efetiva consolidação, como novo padrão de análise eparticipação social demandará, para seu sucesso, uma rigorosa análise, umprofundo “inventário” das consequências predadoras que o atual sistemadominante infligiu,  com sua dinâmicacapitalista/neoliberal, em quase todos os quadrantes, do mundo.

Feitoisso ─ caso ainda não o tenha sido ─, com naturalidade e certeza, virão oscaminhos a serem trilhados, com propostas de algo novo, factível e unificante.

Nossaúnica preocupação é como tornar isso público, para todos os cidadãos dos paísesenvolvidos; não haverá, em hipótesealguma, colaboração do sistema mídia dominado pelo sistemacapitalista/neoliberal; ao contrário, farão de tudo para denegrir esse macroprojeto que precisará ser  de ─ domíniopúblico,  para alcançar osucesso,  previsto.

Tirandoessas duas bases fundamentais ─  Conselhos de Desenvolvimento Econômico eSocial e a CELAC -, que ainda incipientes se mostram, é verdade, mas emconstrução, o restante todo precisará ser ─ implementado e, com urgência.

Asdificuldades para tal mudança, são tão grandiosas que mesmo com a máximaadrenalina da esperança, ainda recrudesce─ um pouco ─ ânimo, para tal, tendo em vista, ainda, a urgência demudanças.

O individualismoexacerbado, do animal humano, incentivado e explorado ao máximo, pelo sistemavigente é, em nossa opinião, a maior dificuldade na implantação do novo.

Ahumanidade, quase em totalidade, foi hipnotizadapelas falácias do sistema, abertamente divulgadas e implementadas porpropagandas e sistema midiático. Reverter essa hipnose é, provavelmente, a mais difícil e fundamental ação, casose queira pensar o novo.

Pensare implantar o novo,  requer liderançasfortes, total apoio da sociedade; sem esses dois pilares fundamentais,  o sonho ruirá, frente as intempériesque,  com certeza, o açoitarão.

Liderançassempre existiram e existirão; em nossa opinião, um líder é ─ ou deveria ser ─alguém com aguçada visão do todo, com potencial suficiente de agregarpensadores/pensamentos diversos, em sua área de ativismo, incentivando convergênciase aplacando e/ou extirpando dissidências malévolas. Um líder deve ser, em nossoentender, um visionário; deve ser alguém com alto grau de comprometimento com acausa que defende; deve ser plural, holístico e altamente responsável. Deve entender, prioritariamente, que suaação é agregar e não dominar; é  propor enão impor.

Eo que nós, “periféricos” do poder, podemos fazer em favor de necessárias eurgentes mudanças?

Cremosque podemos fazer muito, basta um pouquinho de disposição, para tal.

Porexemplo, poderíamos aproveitar  nossasredes sociais e criar um grupo, cuja denominação poderia ser ─ PENSADORES DO AMANHÃ.

Parafortalecer o grupo, poderíamos dispor de, no mínimo,  2 horas em cada final de semana, parareuniões feitas por rodízio, na casa de cada componente do grupo local. Nessesencontros, que precisarão ser produtivos, mesmo sem nenhuma formalidade erigidez,  poderão ser enfocados assuntosimportantes que serão encontrados em sites e/ou blogs (alguns serão sugeridos, por nós, ao final do post),  assuntos esses que amídia neoliberal, não trata. O resumo, digamos assim, de cada reunião, seriacompartilhado com o grupo principal; assim, cada grupo local, compartilhariacom todos os demais assuntos, sugestões, críticas. O grupo poderá, também,privilegiar/indicar algum assunto de maior relevância e/ou urgência paraanálise de todos os grupos locais.

Comocada participante do grupo local e/ou do grupo “cabeça”, tem inúmeros contatosem seus locais de trabalho a ideia seria então, vagarosamente,  impulsionar os mais arredios, a formar outrosgrupo e a participar do grupo aglutinador.

Como grupo criando corpo e presença, poderíamos ampliar nossos leques departicipação, interagindo com movimentos socais locais, nacionais e mesmo,internacionais.

Aagenda de assuntos a serem conhecidos, analisados, criticados é imensa, entreeles:

─situação econômica/social do mundo, hoje, e possíveis consequências para o País, sociedade e continente ─ Américado Sul;

─  análise profunda dos mecanismos de ação dosistema capitalista, avaliando a extensão de seu afastamento dos princípiosbásicos sociais, humanitários etc.;

─análise crítica da situação do hiperconsumismo;

─conhecimento/análise do que é financeirização da economia e dapolítica e suas funestas consequências para governos, países e sociedades;

─análise do sistema de ensino com intuito de modernização do conceitocurricular/pedagógico;

─análise abrangente das questões ecológicas, em seu amplo aspecto:
   
─ poluição ambiental

─ condições da vida marinha, principalmenteno que diz respeito à pesca predatória e diminuição acelerada de peixes,crustáceos, etc., em função da excessiva atividade pesqueira industrial;
   
─ a questão da água, a ser urgentementepensada;
   
─ a questão muito séria do uso abusivo eindiscriminado de agrotóxicos, alguns deles já suspensos em outros países eainda em uso, no Brasil,  justamente pelaforça das empresas multinacionais atuantes no setor  e  altamenteenvolvidas com a bancada ruralista que defende interesses dos mega produtoresrurais e não, dos pequenos produtores;
  
─ aquestão dos transgênicos e da própria Monsanto; este é um assunto para o qual,a participação popular maciça, precisa ser urgentemente conclamada; não há comofechar os olhos para as trágicas consequências para o meio ambiente, para avida humana e de todas as espécies, viventes.

Essessão pontos considerados, por nós, como básicos para conhecimento/análise/críticae, sugestões de mudanças, além dos pontos fundamentais vistos noinício, deste.

Algosimples, como o acima,  poderá ganhar umaamplitude tal, que muitas e muitas sementes, de PENSAR O NOVO poderãosurgir da união de vários pensamentos; ao lançá-las ao solo ávido porhorizontes e caminhos diferenciados, poderão germinar de forma potencialmenteconstrutiva.

Aoparticipar de um debate, no Fórum Social, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, anunciou o lançamento, para breve, de um Portal da Participação Popular, cujafinalidade é construir e estreitar contato e participação de cidadãos emassuntos do governo e da sociedade.

PENSADORESDO AMANHÃ ─ nome apenas sugerido, por nós ─ poderá vir a ser um excelente instrumento de participação, nesse Portal.

Tudoque vimos, até aqui, é apenas um preparativo para uma ação maior e maisintegrada ─ a disseminação de novas ideias diretamente  àqueles que fazem parte da grande massa denão participantes, de redes sociais. Como isso será feito é outro ponto a serpensado, não nos esquecendo, também, de levar isso aos jovens estudantes,principalmente de escolas públicas. Essa segunda e importantíssima fasenecessitará de um batalhão de voluntários, para seu efetivo desenvolvimento.

Deixamos,neste final, algo encontrado no livro ─ 44 Cartas do mundo líquido moderno, dogrande pensador, escritor ─Zygmunt Bauman: “ Nos nossos dias, o planeta como umtodo parece se encontrar em estado de interregno”.

Entendamosinterregno─ em sua acepção moderna ─, e para o caso em questão, como o período em que,praticamente, todo o sistema está falindo, “morrendo” e o novo, ainda nãosurgiu; é  esse intervalo de tempo que otermo interregno, contempla. Estamosno vácuoda grande interrogação ─ O que virá?

Consideramosimportante atuar, de forma positiva e decidida, nesse interregno justamentepara tentar algumas respostas, ao acima. Isso não é utopia; isso é  União  Urgente, de uma grande maioria, em favorde todas as coisas importantes que dizem respeito ao Sistema Vida Planeta Terra do qual dependemos  ─  TOTALMENTE!

Maria─ Estrela Lunar Amarela
─qualquer erro, por favor, nos informe

Listade alguns sites e blogs, sugeridos por nós

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PENSAR O NOVO - Post 5


                                                                                                                                              03/02/2012


NoPost 4, onde iniciamos a Parte 2 de Pensar o Novo, vimos o 1º  tópico ─ Há condições de mudança?

Neste,a sequência, com o segundo tópico ─ dos 3 relacionados ─ verificando de queforma essa possível mudança, ocorrerá.

2º  Elaserá natural ou imposta pela própria Natureza?

Comonatural,queremos enfatizar que o próprio animal humano, em seu contexto social, aoconstatar a irracionalidade do sistema, como um todo, seria o baluarte damudança.

Atéo momento, são  incipientes osindicativos dessa possibilidade; poucos pensadores, poucos grupos, poucosanimais humanos, poucos movimentos estão saindo do que poderíamos chamar de ─sonambulismo existencial ou hipnose capitalista, induzidos pelopróprio sistema, pela própria sociedade de consumo por ele criada, incentivada,cultivada.

Aliás,precisamos fazer um parêntese e dizer que, sob a ótica de Zygmunt Bauman, vivemos um hiperconsumismo;  é assim que ele define a loucura do ter, emseu livro ─ 44 cartas do mundo líquido moderno. Nesse mesmo livro ─ excelente─,  ele cita uma das primeiras mensagensque Busch enviou à sociedade americana, logo após 11 de setembro, convocando-ospara que “voltassem às compras”. Bauman completa: “ A intenção damensagem era conclamar os americanos a retornar a vida normal.” Ainda, segundo Bauman “Vamos às compras” queria dizer:voltemos à normalidade, à nossa rotina do dia a dia.

Voltando,essa mudança em sendo orquestrada pela sociedade seria, apesar de todas asdificuldades inerentes, a mais amena, a menos traumatizante, independentementede todos os transtornos e os abalos no statusquo de grande parcela dos animais humanos.

Sópara ilustrar a enorme dificuldade na implantação de algo novo e radical, vamos fazer apenas umexercício imaginativo, supondo que 50% de pessoas que possuem carro ─ aqui no Brasil, por exemplo ─ resolvesse deixar de usá-lo por um ano e,aqueles que não o possuem,  resolvessemnão comprar, pelo mesmo período, de tempo.  O que aconteceria com toda a cadeia produtivae mantenedora, do setor, incluindo aí, serviços básicos de estacionamento,lavagem etc.?

Decara, milhares de desempregados em toda a cadeia produtiva e mantenedora!

Éclaro que o acima imaginado, assim o é ─ simplessuposição/imaginação ─,  tão somenteporque ainda não atingimos o clímax dos problemas ambientais,  relacionados ao uso abusivo e,  incrível aumento de frota.

Medidascomo essa, aparentemente utópicas, neste momento, poderão ser necessáriasdependendo da evolução e agravamento dos problemas climáticos quando, apenas otão proclamado rodízio de placas será  ─ insuficiente.

Se,em futuro próximo, medidas drásticas precisem ser adotadas, o status quo do animal humano e dosistema, como um todo, será tremendamente abalado sem que consigamos, sequer,imaginar os desdobramentos/consequências, de tal.

Entretanto,se a mudança for imposta pela Natureza, através de suas forças indomáveis,talvez grande parte da humanidade tenha que começar tudo de novo; tenha queemergir do zero ou quase zero, para algo totalmente diferente do queantes,  existia.

Apesarde algo como o acima acontecer ser brutal, ser destrutivo, quase ao extremo,não haveria dificuldade maior em implantar o novo, mesmo porque, grande partedo que antes existia, poderá ser extinto, sem deixar raízes.  Esse novosurgiria,  espontaneamente; teria que serassim!

Nossogrande receio é que a humanidade, que ainda não possui um corpo representativo, delamesma,  continue amorfa, continueinconsciente, continue sem a necessária sintonia, com o Todo. Esse estado letárgico pode deflagrar talvolume de problemas (além dos já existentes), para os quais, soluções possamaté, não existir.

Maria─ Estrela Lunar Amarela
─qualquer erro, por favor, nos informe.

IMPORTANTE!
Amigos,gostaria de pedir a vocês que entrem em qualquer um dos  blogs abaixo relacionados, para saber a razãode estarem inativos.  É claro que tem aforça midiática neoliberal como motivadora;  é exatamente isso que gostaríamos que vocêstomassem conhecimento. Através  danotificação vocês poderão entender melhor ainda, como as poderosa mídias queremtotal liberdade de expressão;  noentanto, continuam sendo elas, as maiores vilãs da liberdade de expressão.