SEM TÍTULO ─ não deixa de ser título, não é verdade?
Como não sei se vou voltar a escrever em defesa do Brasil
pois o que vi, nesses últimos meses, foi simplesmente aterrador ─, resolvi
juntar, em um só blog, todos os esforços que fiz para tentar demonstrar os
perigos que o País poderia vir a enfrentar.
Assim, inicio com MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL de
2012; na sequência estão disponibilizados praticamente todos os textos envolvidos
em tentativas de analisar a situação brasileira.
É quase certo que não sinta mais anseio em defender o Brasil,
pois não há como esperar qualquer
situação favoravelmente lúcida quando, do âmbito
judicial, chega até nós essa perturbadora frase: “Não
temos prova mas temos convicção.”
Evidentemente, continuarei acompanhando os desdobramentos da
atual situação; talvez só não participe com tanta garra, como fazia antes.
Maria-Estrela Lunar Amarela
Reproduzimos neste, mensagem enviada em
22/03/2012
MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL
23/03/2012
Temos acompanhado, nas últimas semanas,
notícias sobre certo mal-estar entre a base governista e a presidenta Dilma
Rousseff,fato esse que promove extensos comentários de mídias neoliberais,
envoltos em certo ar de, satisfação.
O que nos preocupa é o quase
“infantilismo” ─ para não usar de outro substantivo, mais próprio, mas rude ─ ,nas
atitudes de grande maioria de parlamentares, tanto da Câmara quanto do Senado.
Parece-nos que falta maturidade
enquanto sobram velhos paradigmas que os srs. congressistas, teimam em manter.
A maturidade, a que nos referimos, é aquela que sabe diferenciar entre o real e o ilusório; os congressistas, em sua grande maioria, não está
conseguindo observar/analisar, de forma holística os fatos mais relevantes que
pipocam por vários países do mundo, revelando um assustador cenário de
descontrole político, social, econômico e financeiro; várias forças enfrentam-se
no desespero de manter um status quo
destinado ao esfacelamento, em sendo mantidas as velhas, degradantes e falsas
proposições.
Isso não é ilusório; é real.
Os velhos paradigmas sobre política,
sociedade, governos, democracia, capitalismo não estão conseguindo se manter
frente a algo novo, ainda indefinido e indefinível, em toda sua extensão.
O mundo revoluciona-se, em as suas múltiplas facetas. Os velhos “chavões”
utilizados em todos os setores políticos, econômicos, sociais e religiosos estão
fadados à decadência e invalidez, justamente pela dissonância, com os tempos de
hoje.
Os dois últimos parágrafos definem o
cenário no qual, teceremos rápida abordagem focando, especificamente, a
situação do Brasil.
O Brasil está se mantendo ─ independente
das tremendas forças conflitantes, dissonantes ─ relativamente bem, em vários
setores; a sociedade, em função dos avanços sociais obtidos, nos últimos 10
anos ─ e não mais que isso ─,
mostra-se confiante nos destinos do País, independentemente dos setores
midiáticos que cobram, através de seus “analistas” de plantão, uma situação que
beira ao utópico, quando se pensa nas
décadas perdidas ─ 3, no mínimo; não
fosse isso, aí sim, o Brasil poderia
estar como eles propõem que esteja agora, já!
Temos muito trabalho pela frente; mas
muito foi feito ou melhor, arrumado,
em pequeno espaço de tempo; se fossemos falar sobre, seria demasiadamente
extenso.
Entretanto, o que nos preocupa,
imensamente, é como está a cabeça, a mente de cada um dos 594 congressistas; o que cada um “pensa” sobre sua responsabilidade perante o País,
perante a sociedade.
Admitimos, que sob nosso ponto de
vista, dos 594, no máximo 10 ou 15, têm uma relação de respeito com o Brasil e
sua sociedade; os demais, acreditamos, usam as benesses da democracia ─ e de
seus cargos ─ para defender interesses de grandes grupos, cujo único intuito é
o bem-estar de suas megacorporações; nada mais que isso.
Como exemplo, enfocaremos apenas uma
bancada ─ a bancada ruralista, cuja própria denominação traz um viés que
confunde a grande massa, da população; ao se falar em rural, pensasse no que realmente
o termo normalmente, define ─ campo,
rústico, natural, simples ─ portanto, sem conotação nenhuma com o AGROBUSINESS, que a bancada ruralista
tem como obrigação, defender.
Cria-se, com isso, no imaginário
popular, que essa bancada, pelo nome que a define, defende interesses dos
pequenos e médios produtores rurais; ledo,
falacioso e perigoso, engano!
Essas e outras situações de inverdades,
além da conturbada luta por interesses, sugerem que os ambientes da Câmara e do
Senado devem estar envolvidos, impregnados de maus fluídos; precisariam ser
urgentemente, exorcizados! Aplicar o
Feng Shui, também não seria uma má ideia!
O parágrafo acima pode parecer
brincadeira, mas não é.
Exorcizar velhos costumes, arcaicos
pensamentos que se arrastam pelas
duas casas ─ como fantasmas que ignoram que são apenas fantasmas ─ seria um
grande avanço; aplicar o Feng shui, ajudaria a abrir mentes para sintonias mais construtivas,
menos competitivas/combativas; criaria uma atmosfera de equilíbrio; ajudaria a valorizar as palavras, aos invés
de usá-las desregrada e ostensivamente; perde-se muito tempo em discursos
normalmente “ouvidos” apenas pelas cadeiras, cortinas e mesas, das duas casas.
Não sei se é obrigatório inúmeros discursos, para justificar os polpudas
salários e verbas recebidas; talvez seja assim e, não saibamos.
Precisamos falar sobre tudo que
falamos, como forma de justificar as palavras finais.
Os senhores deputados federais e senadores precisam prestar muita
atenção ao que estão fazendo; é preciso, nesses
tempos de incertezas mundiais, que
os srs.abdiquem, um pouco, de seus devaneios de poder; eles podem ser
profundamente danosos, para o País. Não vale a pena tentar desestabilizar uma
relação que precisa ser fortalecida; é preciso cooperação em favor de um todo
muito maior e significativo ─ o PAÍS,
como um todo.
Não é hora de atitudes impensadas;
interesses pessoais e/ou corporativos precisam submeter-se aos interesses do
País em manter, até onde for possível, uma situação estável frente à instabilidade,
quase globalizada.
É bom que os srs. pensem muito bem, nisso; seria desastroso, se por culpa de suas atitudes revanchistas ou de cunho eleitoreiro, o País venha a sofrer qualquer situação que o
desvie de seu destino, por tantos almejado ─
País da Nova Era, do Novo Humano. Obstruir
caminhos, para esse destino, seria total e absoluta falta de responsabilidade; seria demência senil, institucionalizada.
Face ao que expusemos, cremos ser
importante deixar bem claro, que não temos partido político assim como não
professamos nenhuma religião instituída; isso nos concede liberdade de análise
de atos e fatos; não estamos presos a slogans, a siglas, a bandeiras; não
mantemos antolhos de qualquer espécie; buscamos o holístico para
compreender/analisar o micro, o factual, na esperança que assim agindo,
possamos burilar o mental com as luzes de uma visão mais abrangente, não
preconceituosa e muito mais ─ sistêmica
permitindo-nos, inclusive, sentir as
questões, na extensão máxima, de cada
uma.
Finalizando, caso alguns dos srs. tomem
conhecimento desta, cremos em duas possibilidades: uma, será rir e desconsiderar essas quase ─ ingênuas palavras; a outra, é
considerar que pode haver um fundo de verdade, no que foi exposto e
solicitado. Cada um deve fazer a sua
parte, em favor do País. Nós, como
parcela do povo, tentamos fazer a nossa; esta mensagem, é exemplo, disso.
Esperamos que os srs. procurem cumprir
o que lhes compete ─ preservar um clima de esforço máximo, colaborativo, com o objetivo de fortalecer o País e suas
instituições, frente a quase total
decadência, mundial.
Maria do Rocio Macedo Moraes
Curitiba/Pr.