sábado, 29 de junho de 2013

ESTÓRIA DA CINDI



 
Nesta madrugada, sonhei com a Cindi; decidi que, ao invés de postar o que já estava pronto, deveria contar sua estória.

Cindi foi uma cachorrinha de rua que recolhemos, em meio a uma daquelas tremendas confusões de época de cio.
Era uma “meio” fox paulistinha, bastante judiada, magra; iríamos ficar com ela até o final do cio, operá-la e tentar doação.

O nome Cindi, foi dado por um amigo nosso, Carlos, que chegou pouco após seu resgate.
Os dias foram passando e, de repente, começamos a notar certa mudança em seu corpinho; começou a ficar barrigudinha; achamos que era em razão da boa alimentação e cuidados, que recebia.

Não, não era; ela estava esperando nenês!
A breve estadia pensada, iria tornar-se, em função disso, mais longa.

Chamamos veterinário para dar uma olhada e ver quais eram os cuidados necessários; éramos marinheiras de primeira viagem, nessa questão; ela, não.
Tratamos dela, conforme indicações, inclusive com fortificantes e remédio para anemia, detectada em exame de sangue.

A cada dia, a barriguinha ficava maior; quase vencendo os dias de gestação, que não sabíamos ao certo, chamamos novamente o veterinário pois acreditávamos que ela pudesse ter cruzado com algum cachorro, de porte bem maior que o dela. Fomos tranquilizadas; não havia, nas apalpações indícios, disso.
Enfim, uma noite, notei certa agitação maior; sabíamos que seria quando fosse para os nenês nascerem.

Deitei, como de costume mas fiquei antenada; lá pelas 5 e meia, da manhã, ouvi certos gemidinhos; fui até o quarto que tem, fora da casa, no pátio interno; ela estava arrumando os paninhos e meio que, choramingando. Desse horário, em diante, não dormi mais. Fiquei sozinha, andarilhando pela casa, nervosa.  Minha amiga, que mora comigo disse que não queria ver nada; então, fiquei só.
Seis horas e quarenta minutos, o primeiro bebê, veio ao mundo; depois, outro, mais outro, outro; contabilizei, ao final de tudo ─ 7 lindos filhotes!

Emocionante!
Tudo estava bem. Assim mesmo, chamamos o veterinário para dar uma olhada e dizer o que fazer, dali pra frente. Ele deu parabéns, para a Cindi; segundo ele, era uma ninhada muito bonita, saudável e ela, mãe admirável.

Uns 3 dias após o parto, notamos uma pasta avermelhada que sempre acompanhava suas fezes; procurei pelo veterinário conhecido mas estava em viagem. Chamamos outro; esse nos disse que aquilo era natural; mesmo assim, passou medicação. Depois, bem mais tarde, soubemos que não era tão natural, assim.
O tempo foi passando; chegou a hora de ajudá-la a alimentar a turma; isso foi feito com papinha de ração, moída no liquidificador e dada, a cada um, com uma pequena colherinha.

Lembro exatamente da correria geral quando abria a porta, da área de serviço, para recolhê-los; vinham os 7, liderados pela mãe, aos trancos e barrancos; quando chovia, derrapavam, chegando mais rápido.
Passada essa fase, veio aquela em que a papinha era posta em vários pratinhos e distribuída a todos; que confusão! Caras, patas, rabos ─ tudo tinha que ser devidamente limpo, depois.

Cada um deles tinha uma personalidade específica; uma das garotas era bem quieta, comportada; a outra, a menorzinha que nasceu por último ─ terrível! Brigava com todos os outros, inclusive com os machinhos, que eram mais corpulentos. Eles se pareciam 2 a 2; a figura mais diferente era exatamente a que nasceu, por último.
Uma noite, daquelas bem quentes, aqui de Londrina, lá pelas 2 da manhã, notei, através da janela de meu quarto que dá para esse pátio, certa movimentação. Levantei e olhei.

Inacreditável!
Sabe o que a Cindi tinha feito? Trouxe a toalha para fora do quartinho ─ ESTENDEU,   bem estendida e,  todos os filhotes estavam lá, sob a luz do luar!

Bem, eu chorei.
Eles ficaram lá; quando levantei, pela manhã, ela já os havia recolhido!

Já em fase de doação, começamos a procurar pessoas legais; tivemos muita sorte e todos foram para bons lugares. O duro foi ver a apreensão da Cindi, a cada chegada das pessoas, para escolher os filhotes (quatro machinhos e 3 fêmeas); ela ficava separada mas isso, não diminuía sua ansiedade em voltar e ver se estavam todos, lá. Foi duro; nada, nada fácil.

Depois que a última filhota foi embora ─ aquela mais encrenqueira ─, ela já estava pronta para a cirurgia de castração. Houve certo problema, nessa cirurgia; ela sangrou demais; o corte levou muito mais tempo, que o normal, para cicatrizar. Fazíamos curativo, todos os dias e ela, extremamente colaborativa.
Enfim, tudo bem?

Era o que parecia.
Cerca de um mês, depois, notamos certas atitudes estranhas; também menos fome até que surgiu um sangramento. Levamos ao veterinário; foram feitos vários exames, inclusive ultrassonografia. Um dos exames, mais específico, demorou quase 20 dias para ficar pronto. Enquanto isso, e, em função de diagnóstico preliminar, ela já estava sendo medicada; mas, nenhuma melhora.

O resultado do exame trouxe a certeza ─ Cindi estava com TVT (Tumor Venéreo Transmissível), em adiantado estado, já detectado pelo ultrassom.
No caso da Cindi, especificamente, o tratamento com quimioterapia citotóxica seria apenas uma tentativa, sem garantia nenhuma, de sucesso.

O médico veterinário deixou sob minha responsabilidade, a decisão, pedindo que, se possível, tentasse saber como estavam os filhotes pois, segundo ele, a Cindi tinha realizado um verdadeiro milagre em conseguir tê-los tido e amamentado; segundo ele, jamais tinha visto algo, igual. Era preciso acompanhar os filhotes para ver se não tinha havido, contagio. Tenho feito acompanhamento apenas com 3, por ter mantido certa amizade, com seus donos.
Lembrei, então, que algumas vezes, ao olhar pra ela, notava um olhar triste, distante, até mesmo, dolorido. Nessas ocasiões achava que ela poderia estar sentindo falta de sua dona pois, segundo algumas pessoas aqui do bairro onde moro, a dona dela morreu e a soltaram, na rua.

Mais uma vez, em minha vida, tive que tomar essa dificílima decisão; não iria imputar à Cindy, sofrimento maior já que o resultado, provavelmente, seria o mesmo, da minha decisão.
Não acompanhei o processo todo; uma amiga minha o fez. Entretanto, quando o médico entrou, observei a Cindi e tive certeza, pelo seu olhar, pela sua calma ─ pois era sempre agitada ─, que ela sabia e queria, que assim fosse.

Cindi foi mais uma constatação da pureza, da profundidade que os animais nos mostram; eles são, realmente, a espécie que reúne, de todos nós ─ animais humanos ─, o que de melhor pode existir, em termos de SENTIMENTO!
Foi muito bom tê-la conhecido e agradeço, por todas as lições de Vida, que ela me deu.

 
Maria-Estrela Lunar Amarela
 

 

 

 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

SOCIEDADE


INFORMAÇÃO IMPORTANTE

Este artigo já estava pronto quando comecei a analisar, com mais agudez as movimentações populares, principalmente as mais turbulentas, iniciais, e as de 17 e 18 de junho.

Confesso que em princípio, fiquei extremamente preocupada; tudo foi rápido demais e parecia algo de finalidade apenas “desestabilizante”.

Entretanto, nesta segunda e terça, algo mais “esperançoso” acompanhou a observação, dos movimentos.

Fui obrigada a assistir o único canal que passa, em tempo integral, toda a manifestação, acompanhada é claro, das devidas ─ e indevidas opiniões ─ dos repórteres que seguem, religiosamente o que lhes permite, seus patrocinadores, seus verdadeiros mandatários.

Como se observa uma difusão de pontos em certo destaque, nessas manifestações, essa mídia já está querendo, ela mesma, sugerir pauta de reivindicações.

Alguns de seus comentaristas ainda utiliza o velho jargão do status quo, em referência às pessoas reunidas em grandes grupos ─ MASSA, no sentido pejorativo, do termo, é claro!

Tomei a decisão, então, de dividir este em 2 partes.

A primeira, o artigo que já estava pronto, justamente por ter tudo a ver com a segunda, que é uma tentativa de ajuda na formação de um movimento mais sério, mais integrado, mais atuante, mais duradouro.

É preciso deixar claro, entretanto, que a possível implementação dessas sugestões ─ bem como de muitas outras que deverão surgir ─ vai exigir um movimento extremamente bem organizado, coeso, consciente da enorme responsabilidade que deverá ser assumida, em princípio, pelos grupos formadores locais, interligados nacionalmente, é claro; com o fortalecimento do movimento, deverá ser obtida a adesão de grande parte da população brasileira. Isto pode parecer utópica, principalmente em função da seriedade e determinação que os ativistas, terão que ter; para mudar é preciso lutar; não são apenas marchas populares que resolverão todas as questões; é preciso definir níveis de atuação e pautar prioridades; isto feito, as Marchas ── tão sonhadas por Paulo Freire, terão total VALIDADE.

Espero, sinceramente, que a 2ª parte possa ser, de alguma forma, útil.

Ao encerrar gostaria de pedir aos que lerem, que caso alguma validade seja encontrada ─ principalmente na 2ª parte, deste ─ compartilhem o máximo, possível.

Vamos a íntegra, deste.

Parte 1 SOCIEDADE

 






Em sociologia, sociedade recebe, entre outras, esta designação:

ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DE INDIVÍDUOS AUTOCONSCIENTES E QUE COMPARTILHAM OBJETIVOS COMUNS E SÃO, ASSIM, CAPAZES DE AÇÃO CONJUGADA.

 










 
Bonita conceituação!  Será que confere com a realidade?

Particularmente, compartilho do pensamento de Margaret Thatcher ao dizer que sociedade, da forma como é pensada, não existe.
Grosso modo, sociedade, vejo como sendo um dado número de elementos viventes ─ animais humanos ─ que compartilham de forma constante ou temporária, de determinado lugar, devidamente reconhecido como cidade, Estado, Nação, Continente, Hemisfério tudo em acordo com as divisões feitas para “acomodar” interesses vários inclusive, o de organização territorial/social. Muitos não admitem a utilização do termo sociedade veiculado a divisão territorial; entretanto, vê-se constantemente, referências, como: sociedade gaúcha, pernambucana, carioca, paulista etc, incluindo  a todas no que é denominado sociedade brasileira

Posso estar redondamente enganada, no que vou dizer; entretanto, vejo que os Estados Unidos conseguiu “criar” ideologicamente falando, uma sociedade desde os primórdios de sua história; a coisa mais visível   ─ quiçá, até no momento do nascimento ─ é a bandeira americana; casas, carros, camisetas, prédios, praças etc., estampam nos mais diversos tamanhos, a bandeira do país. Esse foi o apelo visual que unificou, praticamente, uma nação inteira; depois dele, vários outros tipos de apelos foram sendo usados com o intuito principal de ter a totalidade ─ ou quase ─ da população, sob estreito domínio e comando, compartilhando dos objetivos do país e capazes de qualquer coisa, para defendê-lo.
Deu tão certo que eles, os indutores, resolveram ampliar fronteiras, exportando suas “ferramentas” de domínio a vários e vários países, do mundo, criando “subsidiárias” de sua sociedade.  Durante décadas e décadas, o ideário da sociedade americana foi sendo disseminado e conseguiu inúmeros “adeptos”.

Martin Heidegger cunhou a expressão ─ americanização do mundo ─ com o intuito de demonstrar a “exportação” do ideário de sociedade que os E.U unidos queria implantar, em vários e vários países, com o objetivo de obter aliados ao Sistema.
Outro grande pensador e ativista ─ Herbert Schiller ─ após verificar a dimensão que essa americanização havia tomado e, em função dos novos elementos, adicionados, expandiu sua anterior análise ─feita em famoso livro ─ atualizando-a para ─ “... uma dominação cultural transnacional e corporativa.”

Interessante observar, exatamente aqui, como estamos vendo, cotidianamente, através da mídia capitalista/neoliberal, comparação entre o Brasil e os E.U, com ênfase de excelência ao segundo, é claro; parece não existir outros países, no mundo, aos quais o Brasil possa ser comparado, de uma forma ou de outra.
Já perceberam, isso? Estranho, não é?

Apesar do que disse, parágrafos acima, sob sociedade americana, ela não se encaixa, totalmente, ao que é definido pela sociologia, pela falta de um elemento ─ autoconsciência.
Importante observar a existência de inúmeras discussões pautando exatamente a existência, ou não, da sociedade, tal como é pensada. Vários teóricos marxistas, destacando aqui ─ Slavoj Zizek ─ pensam e afirmam que a sociedade é tão somente um efeito da ideologia dominante; por esse pensamento, consideram que sociedade, não deve ser um conceito sociológico.

Levando em consideração o pensamento desses teóricos marxistas, pode-se observar que o termo ─ sociedade ─ é amplamente utilizado pelo sistema midiático ─ e creio, não só em nosso país ─ quando querem usar da indução transfinita, através do uso da sintaxe dos valores dominantes.

A expressão ─ sintaxe dos valores dominantes, vocês já conhecem, através do filme ─ ZEITGEIST: Moving Forward; falta explicar o outro ─ indução transfinita, para quem não o conheça.

Espero, sinceramente, que os matemáticos não me crucifiquem pelo uso ─ quase indevido ─ desse termo utilizado na Teoria dos Conjuntos, um dos ramos da matemática.
Acontece que o tinha anotado, por ter simpatizado com ele e intuir, que em algum momento iria empregá-lo, em outro contexto; o momento é este, neste post.

No dicionário, indução ─ em acordo com o contexto em que essa palavra está sendo utilizada, aqui ─ é citada como:

ato ou efeito de induzir;

raciocínio em que, de fatos particulares se tira uma conclusão genérica.

 E, transfinito, como: que ultrapassa o finito.

 O que o sistema midiático/capitalista faz ao usar a ─ Sintaxe dos valores dominantes ─,
é tentar, sempre, induzir a quem está usufruindo de um dos seus meios, a aceitar que o que está sendo dito é verdadeiro, é real, tirando uma “conclusão” genérica ─  sempre em acordo com o que determina o Sistema e o sr. Mercado ─ de fatos que precisam ser devidamente ─ manipulados. Essa “conclusão genérica” faz o trabalho de manipulação utilizando sempre a sintaxe acima referenciada.   E isso foi, é e será sempre assim ─ portanto, sem fim ─ até que a sociedade, um dia, descubra sua verdadeira identidade e objetivos que possam, então, qualificá-la, como tal.

Preciso admitir que a sociedade que sempre sonhei─ e sonho ─ não será forjada; ela nascerá, verdadeiramente, de forma natural, espontânea. Nos primórdios do tempo existiram verdadeiras comunidades unidas por objetivos mútuos de sobrevivência, através da busca de alimento, proteção de intempéries e predadores. Esses eram os objetivos que os unia e todos, juntos, lutavam por eles. Eram comunidades naturais, vivendo de forma natural, “ouvindo”, sentindo o que seus instintos lhes informavam.
Hoje, e de há muito tempo, a sociedade que pensamos ser, só “existe” esporadicamente; só surge como tal ─ ou quase ─ mediante algum fato extraordinário que desperte, na maioria, um “espírito de corpo” social. Mas, é algo passageiro; não permanente por não nos sentirmos, como tal; nos acompanha, ainda, a sombra da estratificação social, no que ela tem de mais, negativo.

Somos seres únicos, sim, mas vivemos em comunidade queiramos ou não aceitar esse fato; comunidade pressupõe amálgama que permite sobreposição da individualidade, pura e simples.
Não sei dizer, exatamente, como nos tornaremos uma sociedade, como tal é pensada, existir; qualquer sociedade, por exemplo, juridicamente constituída, pressupõe uma razão maior, um objetivo entre os que a compõe, entre os que firmaram tal vínculo.

Não temos vínculos sociais mais expressivos ─ nem menos, expressivos ─; vivemos em uma pequena caixinha(*) na qual só adentram os que nos são caros, nossos bens materiais, status quo; temos receio de encarar qualquer abertura, dessa caixinha; ela nos é cômoda (tal qual as cômodas que servem para guardar coisas); só “frequentamos” outras caixinhas, similares; qualquer coisa que possa colocar em risco o que há, dentro dela, simplesmente descartamos; não admitimos sequer, pensar sobre; consideramos tudo que está fora dela como um “problema”,  do qual, queremos a máxima distância.

Somos, realmente, uma Sociedade?

Só se for ─ Sociedade de Consumo!
Perdidos por esse imenso e MARAVILHOSO Planeta, existem, em lugares totalmente isolados ─ felizmente ─ povos vivendo, ainda, comunitariamente, inclusive com a Natureza.

Eles, sobreviverão!

 (*) Termo utilizado no livro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios.

 

    PARTE

“Nenhuma realidade é assim mesmo; toda realidade está aí submetida à possibilidade de nossa intervenção, nela.”  Paulo Freire

Paulo Freire diz, textualmente:

“É PRECISO MESMO BRIGAR PARA QUE SE OBTENHA UM MÍNIMO DE TRANSFORMAÇÃO.” (Fonte: este blog, postagem: REFLEXÕES -19/05/2013)

O VÉRTICE DA HUMANIDADE SERÁ O BRASIL. Walt Whitman

 
Sugestões ao ativistas

─ o movimento que hora se inicia, precisa receber um nome para torná-lo conhecido, nacionalmente; que tal -─ MOVIMENTO BRASIL 21?

    SE TEMOS O DEVER DE VOTAR, TEMOS O DIREITO DE COBRAR.

 ─ não deverá ser formado sob bandeira de qualquer partido e/ou religião;

─ não deverá ser cooptado por nenhuma ong, partido político, religião e, muito menos, por qualquer mídia capitalista/neoliberal;

─ precisará ser intencionalmente puro, expurgando dele, qualquer ideologia, de domínio;

─ precisará repensar o Brasil, em questões fundamentais:

● Política

● Educação

● Ecologia

Entre outros.

 

Política (sugestões)

● acompanhamento constante da atuação das câmaras municipais, estaduais e federal quanto, principalmente, projetos em votação para que seja possível intervenção em pontos que sejam desfavoráveis ao município, estado, país ou ao povo brasileiro;

● no âmbito federal, mesmo acompanhamento deverá ser feito ao Senado;

● conhecer, na íntegra, o Projeto de Reforma Política, observando a necessidade de diminuição do número de partidos;

● recolher assinaturas para que nas próximas eleições para prefeito, governador e presidência, o vencedor se comprometa, de forma legal, a não distribuir secretarias (no caso de munícipios e estados) e ministérios (âmbito federal) a membros de partidos políticos; exigir que esses cargos sejam assumidos por especialistas de renome, em cada área. Isto será favorável em vários sentidos evitando, a cada problema, desgastes governamentais; sem essa pressão popular isso nunca será mudado; a atual presidência tentou, sem obter sucesso;

● conhecer, na íntegra, o Projeto de Regulamentação do Setor Midiático, forçando sua aprovação, imediata;

●existem 2 repasses do Governo Federal que precisariam ter uma fiscalização da população; são eles:

  ▪ o FPE ─ Fundo de Participação dos Estados e o

  ▪ FPM ─ Fundo de Participação dos Municípios

Esses dois repasses instituídos, por lei, são fruto de percentual da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI. Particularmente considero importante esse acompanhamento, porque o que saí do Governo Federal e vai aos estados e municípios é passível de desencaminhamento de grande parte, do valor repassado, bem como, alocações privilegiadas. Creio que aqui reside um dos maiores “ralos” de sumiço de dinheiro público;

─ outro ponto que precisa de análise é a Liberação de Verbas aos Parlamentares; é preciso questionar a razão de serem tão ostensivamente cobradas, de tal forma que a não liberação é desculpa, totalmente cretina e abertamente declarada, de suspensão de votação, de projetos de importância; pra onde vai o dinheiro dessas verbas? Em que é aplicado?

● buscar conhecer melhor, e exigir utilização quando necessário, do Direito a pedir Plebiscito;

● muitos e muitos outros pontos terão que ser catalogados; estes são apenas os básicos, sob minha ótica.

 

─ EDUCAÇÃO PÚBLICA

● Neste item não proporei nada em específico por não ter suficiente conhecimento; entretanto, uma sugestão que considero importante como forma de minimizar a baixa qualidade de ensino ─ por motivos vários, inclusive desinteresse das próprias secretarias de educação  e da maioria dos professores ─ é fazer algum tipo de parceria com universitários, no sentido de que, 1 vez por semana, eles ocupem todo o horário de aula para trazer informações sobre suas áreas específicas ─ Sociologia, Psicologia, Filosofia,  Economia, Ecologia, TI, etc., incentivando perguntas e debates, em classe. Haverá um revezamento semanal entre eles, para que o leque de opções, seja abrangente. O principal objetivo, dos universitários que, melhor seria, fossem voluntários, é procurar elevar o nível cultural de jovens e adolescentes, incentivando e proporcionando incentivos ao desenvolvimento crítico, bem fundamentado.

Isso poderá ser feito nas escolas públicas das cidades que contam com faculdades/universidades; os munícipio mais distantes terão que ser, também beneficiados com esse trabalho. Talvez aí, a alternativa seria a contratação temporária de universitários para que se desloquem, durante um período de recesso escolar, até os municípios determinados, ali permanecendo por um período mínimo, de 15 dias, em trabalho integral, nas escolas.

 

─ ECOLOGIA

Este é um dos aspectos mais importantes, atualmente.  Como poderá atuar o Movimento?

 ─ Pesquisa/analisar, com absoluta seriedade e profundidade, a atuação do que é denominado ─ Partido Ruralista pois eles são representantes do que há de mais poderoso no ─ Agrobusiness; analisar todos os projetos de autoria deles e intervir, de forma maciça, quando forem desfavoráveis aos País, como um todo;

IMPORTANTE:  manter especial atenção à questão dos recursos hídricos, do País, principalmente quanto ao AQUÍFERO GUARANI e AQUÍFERO ALTER DO CHÃO. Segundo informação mais recente, o Aquífero Alter do Chão ─ que atravessa Pará, Amapá e Amazonas ─ já está sendo considerado a maior reserva de água doce, subterrânea, do mundo; essa posição pertencia, anteriormente, ao Aquífero Guarani. Com essas duas reservas, de enorme potencial, transnacionais ligados ao setor hídrico, que já estão atuando em Bolsas de Valores, devem investir pesadíssimo para obter domínio sobre essas 2 reservas, pertencentes ao Brasil. É de conhecimento público a escassez de água doce que já existe e se tornará, mais intensificada, nos próximos 10 anos, no máximo!

─ Analisar, com profundidade, a possibilidade de plantio de árvores frutíferas, em cada município e seus arredores, com dupla finalidade: reflorestamento máximo possível e reserva de alimento ─ frutas ─, caso venhamos a ter, como previsto, escassez dos alimentos, mais comuns.

─ pesquisar/dimensionar a utilização de agrotóxicos, no País; caso seja necessário, levantar assinaturas para reversão parcial do quantitativo e proibição daqueles que já estão proibidos, em outros países.

O antigo sonho de nascimento de uma sociedade realmente verdadeira, de certa forma criou impulso maior ao ver que, mesmo sem muita definição de plano de ação mas, com determinação de participação ativa e consciente, milhares de jovens saíram as ruas sem bandeiras partidárias ─ apenas com a Maravilhosa Bandeira Brasileira ─,  e sem slogans, religiosos. Pela Constituição brasileira somos, felizmente, um País laico; assim, deveremos continuar!

Aos ativistas, parabéns pela pacífica movimentação; vamos mostrar ao mundo que a Paz, Vontade, Determinação, Objetividade e muito trabalho, são os alicerces maiores de uma FORMAÇÃO SOCIAL realmente válida e em acordo com a NOVA ERA, que aí está!

SÉCULO 21   ─ SÉCULO DE UM NOVO PAÍS, DE UM NOVO MUNDO ATRAVÉS DE UM NOVO HUMANO!

 

 Maria-Estrela Lunar Amarela

─ qualquer erro, por favor, nos informe.

 

 

domingo, 2 de junho de 2013

"ESPÍRITO DO TEMPO"


 

 
Sábado, 1º de junho de 2013.

Acabei de assistir ao terceiro filme ─ ZEITGEIST cuja tradução, da palavra, tomei por empréstimo para nominar, este.
Um amigo meu de Curitiba mandou os 3 cd’s;   apenas o primeiro filme ─ de 2007 ─ está disponibilizado, no Youtube; por razões mais que óbvias os outros dois ─ de 2008 ─ Zeitgeist Addendum e 2011 ─ Zeitgeist Moving Forward,  não.

Já conhecia alguma coisa do Movimento criado por Peter Joseph, bem como o Projeto Vênus, de Jacques Fresco, figura marcante, principalmente no 3º filme.
Sou sincera em admitir que nada me surpreendeu; entretanto as comprovações, profundamente sérias de como age o Sistema, como um todo, levaram-me ao mesmo estado de quase ansiedade, de quando li o livro de Fritjof Capra ─ O PONTO DE MUTAÇÃO, em 1986.

Nessa época, movida pela mais estranha ingenuidade ─ que não me é própria ─, disparei várias cartas a diversas instituições pedindo que o livro fosse amplamente divulgado, lido, estudado, comentado principalmente no âmbito educacional, por considerá-lo altamente favorável a uma mudança social, de larga escala.
Além disso, escrevi artigo, enfocando partes mais importantes, do livro; tirei várias e várias cópias, espalhando-as pela cidade, em pontos estratégicos.

Nessa época, ainda considerava possível isso acontecer; havia esperança de que as diversas mudanças, de paradigmas, propostas por Capra, pudessem ser implementadas, em tempo hábil.
A ansiedade de agora ─ 27 anos após ─, principalmente após ver os filmes, veio acompanhada de uma profunda incerteza quanto ao tempo que resta ─ não a mim, especificamente ─ mas à humanidade, como um todo, para realizar mudanças extremas como única alternativa para evitar o que de mais grave se aproxima e, de forma acelerada.

Por opção, não tenho descendentes; isso, entretanto, não alivia a imensa e sincera preocupação, que tenho, com as crianças e adolescentes.
Que amanhã eles terão, se estamos todos omissos quanto ao que acontece, ao hoje, mais especificamente?

A coisa torna-se mais complicada quando vemos que não são apresentadas alternativas claras, ao que aí está; seria correto admitir a inexistência delas ou o problema reside no escasso tempo, em implementá-las ou ainda, no próprio caos que elas, inevitavelmente, causariam?
Uma coisa é factual ─ o Sistema e todos os seus nós, interligados, principalmente o midiático, não irão nos falar, de forma clara, sobre absolutamente nada; ao contrário, continuarão “vendendo” as ideias que sustentam e aceleram o caos, sempre utilizando a ─ sintaxe dos valores dominantes.

 A grande maioria, que conta com defensores voluntários, do status quo, continuará rindo, zombando, classificando como rebeldes, como utópicos, como anarquistas todos os que demonstram qualquer tipo de preocupação, todos   que propõem pensamentos diferenciados, análises holísticas das situações que aí estão, para quem quiser enxergar.
Entretanto, sou bastante racional e lógica sabedora, portanto, de que o Sistema é quase indestrutível por vias, normais; assim, admito ser quase utópico, pensar em qualquer modificação, significativa. Modificações pontuais, na estrutura, não lograrão êxito justamente por serem tímidas, ineficientes em relação ao gigantismo do trabalho de preservação, do que resta e, necessária recuperação, do danificado isto, é claro, em relação ao Sistema Vida do Planeta Terra.

Aos que lerem, este, sugiro buscar pelo dois filmes complementares ao ZEITGEIST ─ O FILME; tive a sorte de recebê-los, via meu grande amigo e companheiro de lutas─ Carlos. Considero-os, imperdíveis!
Só para descontrair, um pouco, após assistir aos 3 filmes, mergulhei em 3 doses robustas de uísque que outro amigo ─ Fernando, trouxe ao vir a LDA; afinal, precisava “amortecer”, um pouco, o baque da constatação do que a intuição, sempre me alertou.

A intuição, é minha amiga íntima e companheira, de sempre!

 Maria-Estrela Lunar Amarela

algum erro, por favor, nos informe.