domingo, 31 de julho de 2011

MÚLTIPLAS FACES DA REALIDADE HUMANA, HOJE

30/07/2011

Passamos, quase um mês, longe de noticiários. Voltamo-nos, interna e, inteiramente para reflexões sobre 2012; abastecemo-nos com as possibilidades de um ativismo quântico  como alternativa para um aprendizado humano mais centrado no mental/espiritual. Concluímos que é possível uma mudança; mas, visualizamos também, a hercúlea tarefa  assumida  por poucos, ainda.

Ao voltarmos, desse período maior de reflexão, começamos a garimpar artigos, em sites preferidos. Em um deles ─ rebelion.org. ─ nos deparamos com um título que nos chamou  muita atenção ─ Ojos que no vem -,  artigo escrito por Victor J. Sauz.

“Cuando uno no ve, no siente. Cuando uno no quiere ver, tal vez sea porque no quiere sentir.”

Pura verdade; é, normalmente, o ato de olhar que pode despertar o ver diferenciado, aquele que penetra em nossa estrutura quântica e, de imediato, provoca algum tipo de sensação;  portanto, um sentir mais profundo. Nos livros de Castaneda, dom Juan faz uma grande diferenciação entre ver e ver.

O artigo acima citado,  enfoca algo que, volta e meia, reaparece ─ não nas mídias ditas,  tradicionais,  é claro ─ que é a morte de centenas de crianças africanas, principalmente da Etiópia e Somália ─ los niños africanos, comidos de moscas como salienta o autor.

Enquanto,  dia após dia, ocorre essa calamidade, a cúpula dos democratas e republicanos, nos E.U travam ardorosa batalha sobre o aumento do teto de endividamento, do país. A dívida pública dos E.U é de aproximadamente, 14,3 trilhões de dólares, o que equivale a 100% do PIB americano – fonte: site carta maior (29/07/2011).

Os E.U gastaram, no Ministério da Defesa, de 2001 a 2010, em razão, principalmente, das guerras do Iraque e Afeganistão, nada mais nada menos que 5,2 trilhões de dólares.

Na impossibilidade ─  por pressões, inclusive do próprio povo americano ─ de provocar/detonar, de forma direta,  novas guerras, como meio de driblar  o caos atual, a situação americana  continuará  deficitária, mesmo que o teto da dívida seja aumentado. Os limites da dívida americana, já foram alterados 40 vezes, desde o governo Reagan; incrível, não?

Em relação ao uso da guerra, como forma de manutenção  do status quo, do sistema, veja abaixo o que disse o prêmio Nobel de economia:

O prêmio Nobel Joseph Stiglitz destacou que a demanda global, nos últimos cinco anos, somente foi mantida graças aos gastos de mais de 2 trilhões de dólares do governo americano em guerras. Destruição como salvação. (Informação obtida  de artigo do site: observatório da imprensa). (grifos nossos).

Talvez a declaração de Stiglitz,  possa reforçar opiniões vigentes,  de que os ataques às Torres Gêmeas de 2001, foi arquitetado pelo próprio governo americano, da época. Essas opiniões não podem ser descartadas; será que um dia saberemos algo mais transparente, sobre isso?

Prêmio Nobel nos remete, de imediato,  à Europa, mais especificamente a Oslo ─ cidade sede da entrega do respectivo prêmio ─ onde Anders B. Breivik, um norueguês de 32 anos, detonou o prédio do governo local e atacou acampamento juvenil do Partido dos Trabalhadores Norueguês, deixando um total de 77 mortos.  Anders se diz cristão fundamentalista,  em seu perfil virtual. Pelo que se sabe, até agora, é ainda,  islamofóbico e racista. Ele é fruto, também,  do pensamento ultraconservador dos partidos de direita neofacista, que vicejam, em grande parte da Europa.

Em artigo postado em 13/01/11, neste blog,  intitulado ─ Conservadorismo em alta? ─, dissemos:

Os antigos podres poderes, esperneiam, face  possibilidade de uma reinvenção da sociedade,  do animal humano.

Como os podres poderes alicerçam-se sempre e, cada vez mais, na hipocrisia, temos visto, nos últimos anos, verdadeira avalanche de conservadores pragmáticos infiltrando-se em inúmeras áreas sociais, com discursos eloquentes* de preservação da dignidade humana que para eles, é sinônimo de preservação de domínio; qualquer ato de insatisfação, de insubordinação, de rebeldia libertária, calcadas em amplo aspecto analítico, das situações vigentes, é considerado, por eles, conservadores pragmáticos, atos indignos, infundados, terroristas, sem “prática” objetiva que leve ao caminho traçado por eles, para o “bem da humanidade”!

Esse é o perfil da maioria dos  conservadores de direita ─ são hipócritas, na acepção máxima da palavra e estão esperneando porque, subliminarmente “sentem” que na Nova Era que virá, eles não encontrarão guarida,  nem eco.

Europa, Estados Unidos ardendo em fogueiras dogmáticas por eles mesmos, acesas.

Aqui no Brasil, os representantes desse conservadorismo também esperneiam, gastando o que lhes resta de força e, como não poderia deixar de ser, todos ligados a algum credo, ainda  predominante. Mas, para falar a verdade, isso não é novidade. Desde que as 3 maiores religiões foram instituídas,  muitos atos bárbaros foram cometidos. Lembram das chamadas cruzadas, das guerras santas?  Isso soa, aos ouvidos dos que ouvem,  algo totalmente incoerente e inconcebível; mas, é milenar  essa disputa de que religião tem o deus mais forte e combativo; enquanto isso, “vestem-se” de ovelhas, quando são, na realidade, o oposto e tentam, em todos os terrenos das ações humanas, impor dogmas ultrapassados. Eles são extremamente perigosos e adoram conturbações sociais ─ que, muitas vezes, eles mesmos,  ajudam a  deflagrar ─, para daí, surgirem como arautos dos “bons” caminhos, da ética e da justiça , tudo em acordo com o que  eles entendem, como tal.

Curiosamente, não se vê tais absurdos, por exemplo, no budismo; creio que Gautama ─ o Buda ─, como é mais conhecido, teve mais sorte que Jesus com aqueles que, em nome deles, instituíram  credos.

Infelizmente, nem as religiões ─ tão enfatizadas como profundamente humanas ─, nem o capital que percorre, avidamente,  bolsas de valores, pelo mundo inteiro, consegue estancar a morte causada pela fome, pela falta de alguma coisa para comer, em povos da África, principalmente. Não importa às religiões se animais humanos morrem por não ter o que comer; importa,  menos ainda,  ao capital. A ambos importa a cegueira e a alienação humana e tudo fazem para que assim as coisas continuem. Caso uma grande parcela da humanidade se rebelasse creio, sinceramente, que algo seria mudado.

Que grande utopia, não?  Bem, talvez sim, talvez, não.

Há quem diga que casos como da Somália e da Etiópia, são karmas que devem ser pagos; então, pela lógica, é nosso karma ignorar tais horrores? Não creio!

Maria ─ Estrela Lunar Amarela
P.S.; algum erro sendo detectado, por favor, nos informe.

Um comentário:

  1. Esquecemos da questão principal: onde estão as entidades de Direitos Humanos, nessa questão específica? Será que as atividades delas, resumem-se a falar de desrespeito aos direitos civis de países que estão na mira para o chamada-"intervenção humanitária" que nada mais é do que ataque por motivos exclusivamente políticos/econômicos? É de se penar que sim.
    Maria

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