Gostaria de pedir a você, que se possível, antes de ler este Espaço, procure ler o Espaço 8 da quarta parte do livro 1, pois os 2 são Espaços de encerramento e portanto, a leitura daquele ajudará, em muito, a compreensão deste.
Quando do início dessa
longa caminhada de busca por esclarecimentos, por possíveis respostas aos
inúmeros questionamentos, resolvi alocar as coisas que não eram, digamos assim,
materiais, naquilo que chamei de Não Matéria, que chegou através daquelas
conversas, comigo mesma, gravadas em fitas, tendo o mesmo acontecido com a
EgoCiência e SerCiência. Apesar de Não
Matéria continuar a ser válida, para mim, por ser, com certeza, o principal
espectro de trabalho da ENERGIA, considerei que muito mais do que uma
“investigação” sobre a Não Matéria, investigava-me frente ao Todo que sempre
considerei algo Fantástico.
A EgoCiência é o que de mais próximo temos; diz
respeito ao composto ─ ente quântico -Ego/ estrutura quântica -Corpo Humano; creio que é esse composto que “determina”,
que “concretiza” o Sistema Vida para a espécie animal chamada de ─ humana.
Vamos desmembrar esse
composto e procurar entendimento sobre cada uma de suas “partes”, começando pela estrutura quântica ─ corpo humano.
Essa Maravilhosa
estrutura quântica, que é o corpo humano ─ lembrando que toda e qualquer estrutura
quântica, existente em reinos da Natureza, é tão Maravilhosa quanto ─, é fundamentalmente estruturada por átomos; os átomos formam moléculas,
que formam células, que formam tecidos, basicamente falando.
Veja que coisa
fantástica; aquilo que foi, e é chamado de átomo é, até prova em contrário,
constituinte de toda e qualquer coisa que se tem conhecimento ou, não.
O corpo físico
“material” é, em essência, totalmente energia;
a matéria nada mais é do que a “condensação” da ENERGIA.
Essa estrutura quântica
─ corpo humano ainda é, em essência, totalmente desconhecida da ciência;
por mais avanços que tenhamos tido ─ o que é inegável ─ no trato do conhecimento da estruturação e funcionamento do corpo
físico; entretanto, estamos longe, muito longe da compreensão da grandiosidade
que ele representa e é.
A estrutura quântica do humano é
a que mais se recente da não percepção, pelo humano, da inclusão ao Todo. Os
animais, os pássaros, os peixes, enfim, todos os seres da Natureza estão
totalmente infusos no Sistema Vida do planeta Terra; eles vivem conectados, pela sua própria estrutura
quântica, ao Todo. São perceptivos
do ambiente onde vivem; são perceptivos de tudo quanto possa apresentar
alterações em seu habitat; eles são evoluídos,
naturalmente; o instinto que permeia
todos os seres da Natureza é extremamente potente no reconhecimento dos
diversos campos energéticos e frequências emitidas por eles, pelos humanos,
pelo Planeta, por tudo, enfim. Em realidade, eles têm atuante, algo que a
estrutura ─ corpo humano, também tem, mas latente ─ sensores naturais, perfeitos.
É justamente essa uma das
características desconhecidas, pelas ciências; o corpo físico ainda é visto
como um mecanismo apto a desempenhar funções específicas para, como pensam,
manter a vida operante. Essa é a visão exotérica da estrutura quântica ─ corpo
físico e ela é de grande valor, é claro; mas falta a complementação
extremamente importante ─ a visão esotérica
da estrutura quântica ─ corpo humano, que, particularmente, considero ser a essencial.
Alguns poucos já fizeram a junção
exotérica/esotérica do corpo físico; bom exemplo disso é o Dr. Douglas Baker,
médico que escreveu um interessante livro ─ Anatomia Esotérica, editado pela 1ª
vez no Brasil, em 1993. Mas, há outros
livros, também importantes, que enfocam o esotérico do corpo físico, como por exemplo,
o livro O Simbolismo do Corpo Humano de Annick de Souzenelle e outro de Edward
F. Edinger ─ Anatomia da Psique que destaca, como está claro, questões ligadas
ao psiquismo humano, mas enfocadas pela visão esotérica alquímica.
O humano que consegue se interessar
pelo corpo físico, de uma forma mais amorosa, mais harmoniosa está a meio
caminho de um encontro espetacular com a ENERGIA. Esse humano é minoria, ainda;
o número mais expressivo é daqueles que se preocupam, apenas e primordialmente,
com o lado estético ou, mais que isso, com o lado exibicionista de seu corpo,
colocando ênfase em como esse corpo é percebido pelos outros. Com essa perspectiva
em mente, consideram-se como corpo físico, única e exclusivamente; além disso
ou, por isso, impõe todo tipo de “castigo” a magnífica estrutura quântica ─
corpo humano, quando ela, em sua face “exotérica” não se apresenta em acordo
com o desejado e incentivado, “midiaticamente”.
O aspecto esotérico da estrutura
quântica ─ corpo humano, é simplesmente fantástico, digno, realmente, do
PENSAMENTO, INTELIGÊNCIA E LINGUAGEM, DA ENERGIA.
Essa estrutura quântica traz todos os
atributos necessários à conexão com aspectos outros daquilo que chamamos de
realidade. São, como disse acima, sensores/decodificadores de frequências
inimagináveis. Não poderia ser diferente, senão, como a outra “parte” do
composto estrutura quântica/ Ego, disporia de condições de aperfeiçoamento de
seu espectro energético/frequencial?
O ente quântico ─ Ego,
“aperfeiçoa-se”, mediante o CONHECIMENTO do maior número possível de
frequências, emitidas pela estrutura quântica, mediante esta ou aquela Sensação
resultante desta ou daquela experiência proposta, no caso específico do humano,
neste ambiente terreno. Nenhum humano é igual ao outro, também no aspecto
Sensibilidade; mas até a presumível falta total de Sensibilidade requer, ou
admite, algum nível de frequência, é claro.
As vezes penso que se um grande
músico, mediante o conhecimento profundo das escalas musicais e seus infinitos
arranjos, se propusesse a compor uma melodia específica, para um determinado
dia de sua vida, conseguindo passar para
o arranjo das notas musicais, suas experiências e sensações, algo de extrema
importância deveria surgir. O mais importante, possivelmente esse músico já o
teria que é Sensibilidade suficientemente elevada para compor; unindo essa
Sensibilidade com observação profunda das diversas frequências derivantes de
suas experiências e sensações - sejam elas quais forem - talvez compusesse uma
sinfonia de vida, de alta significação
para ele e quem sabe, de fascínio aos ouvintes. É algo meio maluco o que está
sendo “sugerido”; se houvesse, em “meu”
composto quântico, conhecimento de música, de teoria musical, com certeza
procuraria unir a frequência
combinatória, das notas, com a
frequência de cada sensação experienciada. Claro está que os maiores
compositores de música clássica, principalmente, deveriam compor esta ou aquela obra mediante
a força de uma Sensação, só que sob
forte influência da Inspiração que não permite análises, enquanto está presente.
Olha, vou dar um exemplo do que ousei
propor. Entre o parágrafo anterior e este, fui até a cozinha, movida pela
vontade de tomar algo gelado e fumar um cigarro. Abri a geladeira, peguei um
copo de suco. Sentei na cadeira, coloquei o copo em cima da mesa, acendi um
cigarro; me deliciei com o suco que descia leve, suave e na temperatura exata
do “meu” desejo. Enquanto tomava o suco e fumava olhava pela janela, observando
o tom maravilhoso do céu; era uma sensação de total desligamento do trabalho
que estava sendo feito e de total sintonia com a indescritível harmonia entre o
suco, o cigarro, a janela, e o céu azul. Então, minha cachorrinha Nik, chegou
perto de mim e encostou o focinho molhado, na minha perna; sai daquela sensação
e entrei em outra, tão agradável quanto.
Se conhecesse música, provavelmente procuraria arranjos que conseguisse “musicar”
esse estado sensitivo, que não
durou mais que quinze minutos.
Voltando ao assunto deste Espaço, o
ente quântico─ Ego é, em si mesmo, um Sistema multifacetado; sua “localização”,
é claro, não é na estrutura quântica ─ corpo humano; sua “localização” é na Não
Matéria que “permeia” o que chamamos de corpo físico. Tenho para mim, que a Não
Matéria que “permeia” o corpo físico é também ela “formatada” tal qual o corpo
humano, só que sua “composição” é pura energia.
Lembro-me de uma pequena poesia que
“apareceu” para mim, há muitos anos; ela diz:
“Em cada um de nós
Existe um outro alguém
Que se dilui no Espaço
E se concentra no Infinito.”
Essa concepção de duplo é algo que
encontramos em várias linhas de pensamento. Entretanto, a que mais se destacou,
para mim, foi a que dom Juan Matus, explicou a Castaneda, narrada no livro A
arte de sonhar, do próprio Castaneda. Em uma de suas conversas com dom Juan,
Castaneda pergunta:
─ “O que, exatamente, é o corpo
energético”?
Dom Juan responde:
─ “É a contrapartida do corpo físico.
Uma configuração fantasmagórica feita de pura energia.
─ Castaneda insiste: “Mas o corpo
físico não é feito também de energia?”
─ “Claro que é”, diz dom Juan. “Mas a
diferença é que o corpo energético tem apenas
aparência, não tem massa. Como é energia pura, pode realizar atos além
das possibilidades do corpo físico”, explicou dom Juan.
Compartilho com a ideia de dom Juan de
que o corpo energético é pura energia e, para mim, é pura energia porque ele é
constituído de Não Matéria e é exatamente nessa “matriz” da estrutura quântica
─ corpo humano que o ente quântico ─ Ego, “localiza-se”. Entre, esse corpo sutil e o corpo físico
material, existe total conexão, mesmo porque, eles podem não ser dois corpos distintos e sim, uma única estrutura
quântica com dois sistemas diferenciados ─ mas, complementares ─, de Energia e Linguagem.
Para o humano, enquanto distante dos
questionamentos da EgoCiência, é extremamente difícil conceber a existência de
um outro corpo, “idêntico” ao corpo físico mas, não material. A dificuldade é elevada ao quadrado, ao cubo ou mais,
ao constatar a possibilidade de esses dois corpos estarem perfeitamente
acoplados formando uma única estrutura quântica, com diferenciações de
Linguagem, trabalhando conjuntamente mas com objetivos e funções diferenciadas,
em campos energéticos igualmente ─
diferenciados.
Se não estou enganada, em referência a
data, ao final de 2009, surgiu uma notícia na Internet, que cientistas haviam
conseguido fotografar a “luminosidade” do corpo humano. Isto comprovado, é um
enorme avanço rumo ao que muitas correntes místicas sempre informaram ─ o corpo
físico é Pura Luz, portanto, Pura Energia.
Várias linhas de estudos voltadas aos
mistérios da vida, contemplam a existência de corpos de diferentes naturezas como, por exemplo, o
corpo mental, o espiritual; quase todas acreditam na existência de 7 desses
corpos.
Particularmente, tenho dificuldade em
admitir a necessidade de tantos outros corpos sutis; creio que o Corpo
Físico/Material e o Corpo Não Matéria, seriam suficientes para o trabalho da
Matéria e da Não Matéria, em perfeita consonância, sem esquecer o que dissemos,
parágrafos acima, que Matéria e Não Matéria podem coexistir em uma única
estrutura quântica. Vamos propor aqui,
para reflexão, um pensamento de Guilherme de Ockham ─ aquele mesmo da famosa
Navalha de Occam ─, que diz: “É vão fazer com mais o que pode ser feito com
menos.”.
Na Mecânica Quântica existe um
princípio chamado ─ princípio da superposição, que é a adição de amplitudes de
ondas por Interferência, sendo a Interferência um fenômeno que representa a
superposição de duas ou mais ondas, num mesmo ponto. Quando houver
superposição, mas com fases de ondas diferentes ─ o que determina uma Interferência Destrutiva ─
essa superposição é aniquiladora. Porém, quando as fases são as mesmas,
quando elas combinam ─ o que determina uma Interferência
Construtiva ─ então há um reforço dessa Superposição. Ainda
dentro deste parágrafo, gostaria de chamar atenção que as ondas
referidas, no princípio da superposição, nada tem a ver com o conceito mais
comum, de onda; no caso do princípio em questão, ondas, fazem referência a uma
das formas como as partículas subatômicas se mostram em experimentos; a outra
é o comportamento delas como partículas, realmente.
Fazendo todas as ressalvas
necessárias, quanto ao que vimos no parágrafo acima, sobre superposição,
ressalvas essas que visam, principalmente, manter esse princípio da Mecânica
Quântica em seu devido lugar, sem abusar dele, indevidamente, para tentar explicar outras questões nada
pertinentes a ele ( até prova em contrário)
admito acreditar, porém, ser
perfeitamente possível que a estrutura quântica destinada a “formar” o corpo
humano tem, em si mesma dois lados ─ um lado “exotérico”, aparentando matéria,
e também o lado “esotérico” da Não
Matéria; portanto, o termo superposição
quântica sendo perfeitamente passível para melhor compreensão do exposto.
Coloquei exotérico e esotérico entre
aspas, pois gostaria que esses termos demonstrassem o que é aparente,
conhecido, o que se mostra ─ exotérico,
portanto o corpo físico e, o que está escondido, não visível, oculto ─ esotérico, que é o Corpo de Pura
Energia, termos esses ─ exotérico e
esotérico ─ utilizados aqui, sem as
conotações que mais comumente aparecem , nos dicionários.
O corpo físico, em acordo com o
contexto acima, traria todos os sistemas de funcionamento em perfeitamente
consonância com o campo onde tem sua atuação definida ─ Matéria.
O corpo “esotérico” teria todos os
sistemas de funcionamento, do corpo físico, só que “virtualmente” operantes.
Esse termo, virtualmente, é perfeitamente viável de utilização
no contexto. O corpo “esotérico”
cria, para o ente quântico Ego, a sensação de realidade do que está sendo
“vivenciado”, “sentido” pelo corpo exotérico, permitindo ainda, a perfeita interação, das partes em que essa
estrutura quântica “trabalha” ─ Matéria e Não Matéria. O inverso também é
verdadeiro, ou seja, o corpo “exotérico” tem condições ─ dependendo apenas de
aperfeiçoamentos, que veremos a seguir ─ de “captar” situações ocorridas no
corpo “esotérico”.
Assim, temos condições de
“visualizar”, de forma mais atraente, questões conflitantes tais como:
onde está instalada a consciência? Não procuraríamos, no corpo “exotérico”,
coisas que estariam, no corpo “esotérico”, encontrando, no “exotérico”, pontos
talvez específicos, onde a interação,
por ressonância, poderia ser captada
por equipamentos específicos, para análise de suas ocorrências e decorrências.
Sei das dificuldades iniciais em se
conceber, entender e compreender tudo que foi exposto; essa dificuldade ─ talvez
em muito maior escala ─ foi sentida por mim, em todas as etapas e muito mais na
que visava a tentativa de esclarecimentos,
via escrita, o que coloca em
duelo a sintaxe e a semântica, pois nem sempre, através das estruturas/padrões
da forma como algo é expresso ─ Sintaxe
─, consegue-se significar,
com exatidão (ou próximo dela), aquilo que se quer realmente, dizer ─ Semântica.
Retornando aos corpos “esotérico” e
“exotérico”, é no primeiro que o ente quântico
─ Ego, tem seu “habitat”; através
dele são feitas as decodificações de frequências puramente terrenas e do corpo
“esotérico”, frequências
diferenciadas, também são emitidas e podem, em circunstâncias
especiais, serem decodificadas pelo corpo “exotérico”, por partes específicas, dele. É dessa forma,
creio, que a ressonância Matéria/Não
Matéria é viabilizada.
Acredito na possibilidade de
aperfeiçoamentos, na estrutura quântica, tanto em seu “trabalho” com a Matéria
quanto com a Não Matéria. Com o aspecto Matéria, no aprimoramento de “sistemas”
decodificadores de frequências outras que não as especificamente ligadas ao
campo material/terrestre; na Não Matéria, o “aperfeiçoamento” seria resultante
das n experiências que o Ego, ente
quântico atuante, “acumulasse” nas diversas incursões feitas, tanto no campo terreno quanto em outros
tantos, existentes no Universo.
Exatamente em função do que vimos
acima, será que poderíamos propor que o próprio DNA, traria em sua estrutura, as
duas “concepções” ─ Matéria e Não
Matéria? Particularmente, não considero inviável essa proposição, muito pelo
contrário.
Vocês podem se lembrar do que
expusemos no Espaço 12 ─ DNA? Nesse Espaço, fizemos menção ao livro ─ O
começo do Tempo, de Zacharia Sitchien, onde ele propõe a possibilidade de cruzamento,
através de engenharia genética, de genes dos Anunaques ─ humanóides
extraterrestres ─ com genes da espécie hominídia denominada Homo Erectus. A pergunta
que ouso deixar no ar é a seguinte: a
estrutura quântica ─ corpo físico, já evidenciava-se nessa espécie hominídia; o cruzamento com os genes de
humanóides extraterrestres não teria trazido, para essa estrutura quântica,
“elementos” essenciais do aspecto Não
Matéria, dessa estrutura quântica “pré existente”? Será que a infusão de
aspectos “esotéricos” diferenciados ─
que poderiam existir no DNA dos Anunaques ─ na estrutura “exotérica” do
Homo Erectus, não veio proporcionar agilização do processo de aperfeiçoamento
da espécie animal ─ humana, tanto física quanto mental? É apenas uma suposição, mas que não deixa de
ter um componente importante ─ possibilidade
de.
“Em outra ocasião, dom Juan me disse:
─ Sonhar só pode ser experimentado.
Sonhar não é apenas ter sonhos; nem devaneios ou desejos ou imaginação.
Sonhando podemos perceber e, certamente, descrever outros mundos, mas não podemos descrever o que nos faz
percebê-los. No entanto podemos sentir de que modo sonhar abre esses outros
reinos. Sonhar parece uma sensação;
um processo em nossos corpos, uma consciência em nossas mentes.” (negritos da
autora)
Permitam-me citar outro ponto, do
mesmo livro, por considerar extremamente oportuno esse trecho de diálogo, entre Castaneda e dom
Juan:
Castaneda: “ ─ O que é essa base
social da percepção, dom Juan?
Dom Juan: ─ A certeza física de que o mundo é feito de
objetos concretos. Chamo isso de base social porque todo mundo empenha um
grande esforço em levar-nos a perceber o mundo do jeito que percebemos.
Castaneda: ─ Então como deveríamos perceber o mundo?
Dom Juan ─ Tudo é energia. Todo o
universo é energia. A base social de nossa percepção deveria ser a certeza
física de que a energia é tudo que
existe. Deveria ser realizado um esforço gigantesco para levar-nos a perceber
energia como energia. Então teríamos as duas alternativas à mão.” (negritos da autora).
No Espaço 19 Ego-pessoa, realçamos, ao final dele, que
abordaríamos, de forma mais direta, as conexões que poderiam existir ─ e
que realmente existem ─ entre a aparente
“concretude” da forma de abordagem de questões relacionadas à EgoCiência e
SerCiência e os
aspectos diferenciados, das mesmas questões, que são a Sensibilidade e a
Mística, basicamente.
É bem provável que a
Sensibilidade tenha “envolvido” todo o caminho percorrido, até agora; tentarei
explicar isso. Sempre senti uma “curiosidade”, que chamaria de transcendente, de saber como poetas,
escritores, filósofos sentiam aquilo de que falavam; quais seriam seus
sentimentos, suas emoções? E essa
“curiosidade” envolvia, em realidade, toda e qualquer pessoa; o que um pintor
sentia ao pintar um quadro? O que um
pescador sentia quando saia para o mar ou,
o que sentia cada uma das pessoas que via na rua, nos ônibus? Estendia-se, essa curiosidade, ao reino animal,
pensando, por exemplo, o que sentia um pássaro voando bem alto, no espaço? A cadelinha abandonada, que amamentava seus
filhotes mesmo não tendo nutrientes para seu próprio corpo, o que sentia? O que sentia o peixe quando pescado,
fisgado? O que sentia, enfim, cada um
dos seres da natureza? Mais que isso, o
que sentia uma pedra, uma rocha? O que
sentia o vento, o mar? Na verdade, era mais que “curiosidade” mesmo ela sendo,
transcendente, como dito acima; era, realmente, uma vontade imensa de “penetrar” naquele sentir, de sentir a
sua força, a sua possível “extensão”. Sei da dificuldade em explicar isso; o
melhor a dizer é que o sentimento de qualquer ser da Natureza fazia muito
sentido e significava muito, sem que soubesse, em realidade, qual era ele,
verdadeiramente, e que gostaria de sentir, em mim mesma, essa diversidade de
sentires.
Essa era a contra parte
de minha extrema racionalidade, tantas vezes já explicitada. Essas duas partes,
aparentemente tão distintas, tão diferenciadas, e que portanto, poderiam gerar conflitos, resolveram-se
quando comecei a ser
“obrigada”, a reconhecer realidades diferenciadas, através de n experiências, narradas na 4ª parte do EgoCiência e SerCiência. Ao ter
“acesso” a Sensações Diferenciadas sentidas quando da percepção dessas
Realidades Diferenciadas, percebi a existência de uma Mística, também diferenciada, da que é normalmente proclamada como tal.
Essa Mística não endeusa nem exclui absolutamente nada; ela se funde ao que é
aparente e ao que é não aparente, apenas pela certeza de que Tudo é, mesmo que aparente não ser, ou seja,
conceituado como não sendo. Exemplo:
pensamos em nós, nos animais, nas plantas, nas pedras como estruturas
quânticas? Não, não pensamos, mesmo porque essas estruturas quânticas, como
todas as demais, não são aparentes, em
essência; elas têm, em si mesmas, tanto o “exotérico” como o “esotérico” ou
seja, o que se mostra, o que é visível e o que não se mostra, o que não é visível.
Creio que você pode
constatar uma conexão entre o que foi exposto no parágrafo acima e aquilo que
consta do parágrafo imediatamente anterior ─ “eu” via as pessoas, os animais, enfim, os seres da Natureza ─ aquilo que é possível ver, portanto “exotérico” ─, mas nutria uma imensa “curiosidade”
(chamada por mim de transcendente) em conhecer, em saber como sentiam ─ parte essa que não se mostra, que está escondida portanto,
“esotérica”.
Tudo isso levou-me a um
aprofundamento, voltado mais para o lado científico. Isto se tornou mais
acentuado após a “captação” do que está exposto na parte 3 do volume 1,
referente à ENERGIA. Assim, a EgoCiência contempla e tenta entender, de forma
mais profunda, a íntima, profunda, maravilhosa e em verdade, indescritível conexão existente entre o
“exotérico” e o “esotérico”. Quando percebi o quanto a Física Quântica está
envolvida com o “esotérico” comecei a buscar, em acordo com limitações ─ por não ter conhecimento verdadeiramente científico ─ aprofundar a busca por conexões entre ela ─ ou aspectos dela ─ e as SENSAÇÕES,
através das quais a “percepção”, de Realidades Diferenciadas, aconteceu e
acontece.
Particularmente, considero
como ponto alto da EgoCiência, possibilitar a percepção incrivelmente clara, da
intrínseca Unicidade da Diversidade.
É interessante salientar um ponto que considero
ser o mais crítico, mais do que qualquer outro que tenha referência ao que foi
exposto, tanto no livro 1 quanto neste. Como “suportar” a ideia de que
nós não somos exatamente o que pensamos ser?
Qual pode ser a reação inicial dessa descoberta e quais são as
consequências dela?
Primeiramente é
imperioso dizer que cada um terá reações específicas; não existe, com absoluta
certeza, padronização de sentires, muito menos ainda, nesse âmbito de
descoberta.
Mas, creio que preciso
dizer um pouco, de como vivenciei a descoberta de não ser o que realmente pensava
ser. É um pouco estranho, mas para mim, o baque não foi tão forte. O mais
difícil foi apropriar-me, como pessoa, à essa descoberta. Precisei buscar, em
“meu” íntimo, subsídios muito fortes para “concretizar”, de forma bem “sólida”,
essa realidade diferenciada, então “captada”. Tenho certeza, entretanto, que
mais difícil do que aceitar essa realidade é falar sobre ela; provavelmente,
você leitor (a), se não partir para a desconsideração total, do que está sendo
exposto, no mínimo deve ter dezenas de perguntas importantes. Tentarei
antecipar uma que deve estar sendo feita por você ─ afinal, quem é que está elaborando o conteúdo deste livro? E o EgoCiência e SerCiência, quem o produziu,
realmente?
Antes de tentarmos
responder ─ de forma convincente, ou
não, ao leitor ─, é preciso que diga que essa descoberta, de não sermos aquilo que
pensávamos e que sempre nos disseram ser, ela vem após um longo trabalho com a
EgoCiência; ela não vem ─ pelo menos para mim
foi assim ─ de forma abrupta;
quando ela se faz, estamos
preparados para assimilá-la pois os questionamentos que o trato com a
EgoCiência nos traz, incorporam, de forma bem variada, aquele do qual, tantas
vezes ouvimos falar e lemos, a respeito:
Quem sou eu?
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