terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O TERMO - HOMEM.


Remexendo velhos escritos, tão antigos que as folhas já amarelaram, encontrei um texto que, em seu início, fazia menção ao que considerei, há muito tempo, ter sido uma das razões do composto mental humano masculino e feminino ter tido um histórico tão desfavorável às mulheres e também, aos homens.

Para facilitar o desenvolvimento deste, fui atrás de concepções do termo ─ homem.

O termo
homem tem várias acepções. Pode ser usado para fazer referência aos hominídeos, a qualquer pessoa da espécie humana que seja do sexo masculino ou, num âmbito histórico, aos humanos em geral, sem distinção de género. Na sua acepção habitual, a palavra homem identifica as pessoas que pertencem ao género masculino, isto é, refere-se biologicamente ao macho humano.

Desde  muito jovem, ao ler vários filósofos, sempre estranhei o uso maciço, por eles, do termo homem para designar a espécie humana; não lembro de algum que tenha questionado quais seriam as implicações, para o contexto humano, da estreita ligação entre esse termo e a possível concretude, dele, dentro do universo mental/psiquico da mulher, principalmente;  é evidente que eles, esses filósofos que percorri na adolescência, não são culpados pelo uso intensivo do termo homem, como designante da espécie humana; isso vem de longevos milênios; nas palavras bíblicas, por exemplo, consta que  Deus criou o homem à sua imagem e semelhança ─ não sei se a crase sempre existiu ou foi adicionada para aliviar possíveis comentários mais ásperos.

O que esperava, deles, filósofos/intelectuais, era justamente alguma análise mais profunda, sobre.

Historicamente, o termo homem esteve presente em quase toda literatura, seja ela de que nível for, como designante da espécie humana; o termo ─ mulher, referenciado apenas em condições que diziam respeito exclusivamente ao universo feminino.

Falando de forma bem simples, creio que a introjeção do termo homem, no universo mental do animal humano – macho, fez com que o patriarcado bíblico, principalmente,  resultasse no machismo até hoje socialmente existente; por outro lado, a introjeção desse termo, no universo mental do animal humano – fêmea, durante séculos e séculos fê-la submissa sem que ela avaliasse quais eram, em realidade, as razões dessa submissão quase que intrínseca.

O termo introjeção, utilizado no parágrafo acima refere-se, principalmente, ao processo de influência em uma pessoa ─ ou várias, como na presente questão ─ de valores e ideias de outros.

Foi exatamente o citado acima que aconteceu no universo mental do animal humano e, os malefícios causados ainda vigoram em pleno Século XXI, tanto para os homens quanto para as mulheres sem que sejam feitas avaliações profundas; ainda não encontrei estudos específicos, sobre; mas espero que existam.

O uso das palavras, desde a época dos chamados ─ Homens de Conhecimento ─,  bem como da linguagem como ferramentas importantíssimas ao se trabalhar com o mental humano, hoje tem maior representação/conhecimento, na PNL; algumas técnicas, dessa Programação, associadas principalmente à hipnose, tenta alcançar o efeito ─ entre outros ─ de descobrir e eliminar introjeções negativas; infelizmente, também servem para destruir introjeções positivas, favoráveis ao equilíbrio do animal humano, e introjetar outras, totalmente inversas; observe-se, por exemplo, o universo de propagandas em que somos praticamente induzidos ao consumismo por mentes que dominam técnicas de “aliciamento de massas”, técnica essa tão utilizada, também, pelas mídias capitalistas/neoliberais, religiões, seitas, etc.

É evidente que não há como saber se a utilização da palavra homem, como designante da espécie humana, foi intencional ou não; entretanto, creio que podemos aventar a hipótese de ter sido essa a causa maior, de homens e mulheres não terem conseguido um Acordo de Paz mais interior, mais verdadeiramente sensível, a ambos; arrisco a dizer, neste parágrafo, que o animal humano ─ macho ─ foi afetado de forma negativa muito mais do que as fêmeas, por incrível que isso possa parecer; inúmeros desiquilíbrios psíquicos masculinos podem ter consequência na máxima cobrança feita sobre os homens bem como pela  insuflação desmedida de importância do macho; a eles, sempre foi vetado sentimentos que não fossem os de competitividade e superioridade; o potencial de doação espontânea foi “circuncizado" no macho da espécie humana.

É claro que nem todas as mulheres e, nem todos os homens foram alcançados por essa “lavagem cerebral”; mas foram pouquíssimos, creio eu.

É possível constatar o acima, em função de alguns fatos entre eles ─ e talvez, o mais significativo, até hoje ─ o surgimento da cultura hippie nos anos 60; o Festival de Woodstock em agosto de 1969 foi a semente que lançou ideias totalmente diferentes das conhecidas, apregoadas e disseminadas pelo ─ status quo; alguns jovens, da época, incorporaram os ideais de uma sociedade livre, com pessoas livres de amarras religiosas, políticas, econômicas, sociais enfim, doutrinações, fossem elas quais fossem, que viam no elemento humano, um material a ser moldado para funcionamento perfeito, do Sistema.

Uma pequena observação:  para quem tem alguma ligação, como eu, com o Calendário Maia, é interessantíssimo observar que o 1º dia de Woodstock ─ portanto o nascimento do Festival ─ em 15 de agosto de 1969 foi, nesse calendário, um Kin Semente Planetária Amarela ─ Kin 244.

Voltando, como este é apenas um simples texto de blog, não vamos avançar mais; como disse parágrafos acima, este assunto merece análises e textos muito mais abrangentes e de pessoas qualificadas, para tal.

Não sei bem a razão mas, lembrei de um comentário feito durante uma entrevista de Leonardo Boff ─ “nós éramos proibidos de olhar diretamente nos olhos de qualquer mulher; isso era perigoso, nos diziam”, falando sobre o tempo de estudos preparatórios para o sacerdócio.

O que foi  comentado, no parágrafo acima,  pode abrir uma ampla janela mostrando como inúmeras ideologias e atitudes religiosas, principalmente, fomentaram caos nas relações humanas e talvez, após exaustivas pesquisas e análises,  possa se  chegar até a conclusão de que foi intencional designar a espécie humana pelo signo ─ Homem, pois desde tempos remotos, a mulher foi considerada perigosa e deveria ser anulada, como força mental/espiritual; nada melhor para isso que relegá-la, exclusivamente,  ao “ostracismo” da principal função que lhe foi atribuída/imposta.

Maria-Estrela Lunar Amarela

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