Peço permissão, para mais uma vez declarar, que não tenho partido político e nem professo nenhuma religião, instituída.
Isso se faz necessário, pois abordaremos um assunto bastante delicado
em razão dos “tentáculos” sutilmente implantados, nele ─ sob nossa ótica.
O título, proposto para este,
é um mix de dois assuntos: Julgamento do Mensalão e uma apresentação, em PowerPoint
que recebi de um amigo.
Comecemos pelo segundo.
Essa apresentação, formatada
de maneira extraordinária ─ como sempre ─ por
Mateus que usa, para assinatura ─ um peregrino, traz mensagem embasada em texto de Roberto Crema, terapeuta
holístico. Nela, entre outras coisas,
consta uma frase dita por Robert Oppenheimer
─ grande cientista e “cabeça” da equipe que “formatou” a famosa Operação
Manhattan ─ , logo após ter
tomado consciência do que aconteceu
a Hiroshima e Nagasaki; a frase é a seguinte:
“O maior perigo para humanidade é o cientista
alienado.”
Em sequência a essa frase, Roberto Crema, tecendo
alguns comentários, adiciona:
“ Hoje,
o maior perigo para a humanidade é o cientista alienado, o político alienado, o
educador, o aluno, o professor alienado;
o consumidor, o cidadão, o ser humano, alienado.”(negritos da
autora, deste).
Parece que vivemos, realmente, numa crise
profunda de alienação coletiva; muitos fatores
devem estar contribuindo, para tal; esse “vácuo” existencial, que sentimos reflete, provavelmente,
essa perversa ─ alienação.
Vejamos o que diz o dicionário da Academia
Brasileira de Letras, em seu item 1,
sobre.
alienação s.f. 1. Falta de consciência dos fatores sociais, econômicos ou
culturais que limitam ou condicionam o indivíduo ou a sociedade.
O julgamento do mensalão ─ proposto pela mídia
como sendo o Julgamento do Século ─ é mais um difusor de alienação, justamente
pela postura ─ ideológica/midiática.
O bombardeio informativo/alienante é algo
estarrecedor; a mídia capitalista/neoliberal não poupa segundos em alardear os
mais diversos temas que envolvem o referido, julgamento. A impressão que dá, pela felicidade e sorrisos de
apresentadores e comentaristas é que com isso, será jogado na lata de lixo tudo que o Brasil, a duras penas conseguiu,
nesses últimos anos.
Acontece que não agrada ao Sistema de Poder,
verificar que o País saiu das garras de instituições de domínio, ligadas a ele
─ FMI, por exemplo. Com isso, criou
mecanismos para andar com as próprias pernas, sem necessidade de cumprir os terríveis
─ deveres
de casa, agora impostos a diversos países penalizados pela crise
capitalista/neoliberal.
Em 23/01
de 2002, a revista Veja informava que 53
milhões de pessoas viviam abaixo da linha da pobreza; dessas, 23 milhões estariam em situação de indigência ou miséria.
Não sou leitora, dessa revista, mas comprei
esse exemplar por ter considerado “ estranha” tal abordagem.
Hoje, 2012,
ainda temos índice de pobreza alto; entretanto, é mais que louvável que quase 40
milhões de irmãos nossos, tenham sido resgatados, em apenas 10 anos isto, é
claro, para os que consideram pobreza e
miséria algo profundamente cruel
e, inaceitável.
Muitas outras coisas mudaram, para melhor;
temos hoje, por exemplo, baixo
percentual de desempregados,; voltamos a ter Escolas Técnicas reabertas ─ após terem sido fechadas no período de governo
neoliberal, ardoroso ─, além da criação
de várias e várias outras, o que permitirá ao Brasil, dispor de mais mão de
obra, qualificada.
O Brasil, antes desconsiderado e desacreditado, é hoje um país que desfruta os olhares, do
mundo; se, por um lado, isso é bom por outro, é extremamente perigoso; e, se
ele sozinho, já preocupa o Sistema “dominante”, imagine como um dos membros do
Mercosul.
Vejo, assim, com muita desconfiança e preocupação, toda essa “pirotecnia” informativa ─
totalmente em conformidade com a normose, desejada pelo sistema ─ a
respeito desse julgamento.
Quais são, exatamente, os reais interesses do sistema midiático?
Quais ordens estão cumprindo? O que anda a determinar às bancas de difusão, o
grande Cassino Internacional de Jogos Estratégicos?
Não podemos esquecer o que aconteceu no
Paraguai, recentemente; não podemos
esquecer o desagrado do poder instituído com a entrada da Venezuela, no
Mercosul; não podemos esquecer de nada; não podemos deixar de duvidar de tudo
que é apregoado. As antenas precisam estar bem ajustadas para captar qualquer
desvio de intenção, afinal, o Cassino Internacional de Jogos Estratégicos, tem
um jogo para cada interesse do Sistema, em cada parte do mundo e as bancas, espalhadas pelo mundo inteiro, só
fazem cumprir as etapas do jogo contando, para isso, com grupos midiáticos para
“colorir” e disfarçar, o jogo de cartas marcadas.
Enfim, temos o julgamento do que foi
denominado de Mensalão, este intimamente ligado ao Partido dos Trabalhadores.
Muitos outros mensalões existiram (basta
pesquisar para confirmar) e, infelizmente, continuarão a existir, seja em
âmbito municipal, estadual ou federal. Os que existiram, antes desse, não tiveram o mesmo tratamento; talvez,
a razão principal, seja a de que os anteriores foram atribuídos a partidos que
tinham” berço”, que tinham um lastro
de “bem nascidos”; não eram partidos
oriundos das classes ditas ─ plebeias,
pelo status
quo e, nem estavam preocupados com
questões sociais como a pobreza, por exemplo.
Então, segundo o pensamento do Sistema, o
julgamento deste, deveria ser exemplar, pois foi um partido nascido de “sem
berços” que conseguiu colocar o Brasil numa escalada de sucesso, independentemente de tudo que ainda falta
ser feito e corrigido.
Ouso dizer, que considero a sistemática de
“compra” de apoio ser algo que
deve ocorrer, em várias outras situações, inclusive em bancadas específicas como,
por exemplo, a que representa o
Agrobusiness afinal, são poderosíssimas corporações internacionais que têm, em
suas bancadas representativas,
poder mais que suficiente para
“angariar” adeptos para projetos de cunho nacional de interesse, delas. Creio que um bom exemplo seja a batalha do Código Florestal, entre outras. Mas isso, não é nem sequer ─ cogitado, pelos pseudos Sherlock Holmes midiáticos, que usam e abusam de método dedutivo, ou seja ─ “deduzem” e
alardeiam ─ de forma subliminar, quase ─ culpabilidade sem considerar, extensamente,
se existe comprovação inquestionável,
das acusações, usurpando e empanando responsabilidade da alta cúpula judiciária
que se espera, seja imparcial, alheia a
jogos de poder e ao maquiavelismo, do Sistema.
Infelizmente, para pessoas com menos visão
holística, os comentários tecidos, neste post, podem ser interpretados como
defesa do que está sendo, julgado; profundo engano!
Tentamos comentar, de forma mais abrangente,
mais holística, algo que está sendo comentado em total acordo com a conhecida ─
normose,
tão apreciada pelo Sistema e suas ─ corporações.
Uma das melhores contribuições da compreensão
da Visão Holística é, em nosso entender,
a cura da normose; consideramos
mais, ainda ─ essa cura só é possível, realmente, com o conhecimento e vivência
da Visão Holística, do Pensamento Holístico justamente pela amplitude de visão que
proporcionam, permitindo desenvolvimento de critérios mais abrangentes, em
análises, diversas.
Acrescento que um militar alienado é um criminoso em potencial. A alienação é um dos males da humanidade. Não é casual, não é opcional, é planejada em laboratórios multinacionais e implantada pela mídia, como disse Milton Santos, o geógrafo (Ver "Conversas com Milton Santos - a globalização vista pelo lado de cá"). Mas discordo de qualquer caminho único. Há uma infinidade de caminhos, mas quando achamos um, tendemos a pensar que é o único. Eu vejo tantos, e sei que estou longe de ver todos. Mover-se em sentido não planejado, buscando dentro de si os condicionamentos implantados em nosso inconsciente é o primeiro e mais importante passo. Depois dele, é difícil parar.
ResponderExcluirEduardo, concordo totalmente com vc. de que há vários caminhos, para tal; entretanto, só conseguimos enxergá-los quando ampliamos horizontes mentais, quando "enxergamos" mais longe; essa é a razão de dizer que Visão Holística e Pensamento Holístico, são a priori, caminhos de cura para a chamada - normose.
ResponderExcluirAgradeço seu comentário e, reitero minha admiração pela sua forma de participação social. Um grande abraço.