terça-feira, 24 de setembro de 2013

EM DEFESA DO BRASIL



Faz algum tempo que venho sentindo necessidade de escrever algo, a favor do Brasil.
Uma entrevista assistida, semana passada, com uma jornalista “especializada” em economia, que serve a duas mídias capitalistas/neoliberais alertou-me, mais ainda, dessa necessidade.

Entretanto, o que me fez tomar a decisão foram as dezenas de postagens, no face, logo após a sessão do Supremo Tribunal Federal ─ mais especificamente, após o voto do Ministro Celso de Mello a favor dos embargos infringentes, na Ação Penal 470.
Não imaginei que algumas pessoas que considero possuidoras de recursos analíticos de bom nível, pudessem postar coisas envolvendo, tão negativamente, o Brasil.

Na entrevista citada, a jornalista disse “O Brasil é racista”.
Nas postagens do face, tínhamos coisas como: “Brasil Corrupto”; “Brasil, País de m escrito na íntegra. Foram várias postagens colocando o Brasil como foco dos comentários.

Antes de iniciar, procurei por figuras de sintaxe em que tais comentários, se encaixassem. Como não sou expert, fiquei entre duas delas, sem conseguir decidir; entretanto, busquei pelo termo falácia que utiliza algumas figuras de linguagem; consegui fazer um link, entre esse termo e os diversos usados pelo sistema midiático, tal qual àquele da jornalista ─ “O Brasil é racista”.
Vejamos definições de falácia:

falácia1
fa.lá.cia1
sf (lat fallacia) 1 Qualidade de falaz. 2 Engano, logro, burla. 3 Sofisma.

falácia2
fa.lá.cia2
sf (de falar) Ruído confuso de muitas vozes.

 Esse link ─ que pode não estar certo, em termos de linguística ─ justifico-o, por considerar as argumentações midiáticas, em sua grande maioria, caminho fácil para a persuasão pois os menos antenados, consideram comentários, argumentos, proposições, feitos pelas mídias,  como verdadeiros; assim, o Brasil passa a ser exatamente aquilo que é proposto, negativamente, através da utilização de falácias, neste caso específico, um Sofisma, posto ser utilizada ─ a falácia ─ com finalidade de confundir.
Os outros comentário postados ─ felizmente a maioria dos mais deprimentes, não pertencentes aos componentes diretos da rede que estou e sim, compartilhados apenas como exemplo de total incapacidade de discernimento ─, esses outros, repito, encaixo-os em outra definição de falácia (de falar):  ruído confuso de muitas vozes.

E por que tomei a liberdade de encaixá-los, assim?
Simplesmente por representarem exatamente isso: ruído confuso de muitas vozes; não expressam pensamento legítimo; expressam remendos de vários, adotados de diversas fontes e postados com a ilusória sensação de ineditismo, de máxima perfeição intelectual; um verdadeiro ctrl c/ctrl v, de nulidades.

Ao tentar fazer uma defesa do Brasil ─ País, sinto desconcertante ineficácia minha para fazê-lo de forma exemplar, não deixando dúvidas, quanto a ela; mesmo assim, a intenção é a mais pura.
A intencionalidade de culpabilidade do País, por acontecimentos derivados de meios políticos, sociais e outros, é extremamente perniciosa. Pouco a pouco, ano após ano, esse tipo de comentário foi/vai minando o discernimento de grande maioria da população; o País vai se se tornando alvo de piadas, de descaso tornando-se, inclusive, vulnerável a comentários internos e externos, que minam sua credibilidade.

Seu povo, o povo brasileiro não o defende; muito pelo contrário; eles empregam o jargão midiático, culpando o Brasil mantendo, dessa forma, o(os) verdadeiro(s) culpado(s) por qualquer situação, incólume(s) isto, claro, se for da vontade midiática.
É primário saber que o País, qualquer país não tem culpa por ações desempenhadas por seus governantes, por seus partidos políticos enfim, por qualquer instituição; afinal um País é, em primeiríssima instância, uma região geográfica; daí o absurdo das inúmeras culpabilidades impostas, no caso, ao Brasil, mesmo que alicerçadas em figuras de linguagem.

Esse jargão midiático ─ assumido quase em plenitude pelos menos antenados ─ existe para salvaguardar a “integridade” de seus representantes perante o próprio sistema capitalista/neoliberal e/ou instituições do País.

O Brasil é o País que mais consome agrotóxicos.
Não seria mais interessante e verdadeiro dar essa informação, assim:

Megacorporações do setor de agrotóxicos têm facilitada a colocação de seus produtos, em território brasileiro.

Sabe quando mudariam as manchetes? Nunca!
A primeira, “culpa” a região geográfica ─ País ─, como se fosse ela a tomar decisões sobre usar ou não, agrotóxicos.

A segunda, traria alerta de que alguma instituição estaria facilitando o uso indiscriminado, de agrotóxicos.  Poderia, ainda, despertar curiosidade em saber quais são essas megacorporações; despertar curiosidade em saber quem autoriza entrada/utilização desses produtos e mais, saber quem são os lobistas, desse setor, dentro do Congresso Nacional.
Olha que leque de pesquisas seria aberto, aos mais curiosos!

Qual das duas, acima,  você consideraria mais correta?

O Brasil é um País sem memória.
Não vejo como uma região geográfica possa ser culpada de não ter memória histórica.

Instituições brasileiras não cumprem o papel de preservar e divulgar fatos históricos, do Brasil
Essa seria a manchete que informaria a verdade e, nesse quesito específico, também o sistema midiático capitalista/neoliberal cumpre a sua função perante o Sistema, lembrando sempre apenas momentos do País que foram/são de interesse, do mesmo. Fora isso, tudo fica jogado às traças.

Poderíamos enumerar milhares de exemplos; não creio ser necessário e tampouco, eficaz; com esses colocados já é possível perceber a razão de minha profunda indignação pela forma como o Brasil é tratado.
Todo País como ─ região geográfica ─ merece respeito mesmo porque, indevidamente, o Planeta foi dividido e cada pedaço usurpado, de seu todo, recebeu denominação e domínio por exclusiva vontade do animal humano.

Nenhum País como ─ região geográfica ─ no mundo, tem culpa pelos desmandos cometidos em seu nome.
Assim, considero prioritário defender o Brasil desse tipo de jargão alienante; enquanto não se tornar realidade o belíssimo sonho de John Lennon ─ exposto em sua música ─Imagine, quando as partes usurpadas, do todo, voltarem a se unir, sem fronteiras ─, precisamos demonstrar Amor e Respeito por esta belíssima REGIÃO GEOGRÁFICA!

BRASIL, NADA E NINGUÉM TEM O DIREITO DE OFENDÊ-LO!

Vou tomar a liberdade de trazer uma pequena parte do poema de Rui Barbosa ─ Tenho vergonha de mim, como preâmbulo aos comentários finais, deste.

Tenho vergonha de minha impotência, de minha falta de garra...
em defender o Brasil.

E tenho pena, muita pena do povo desta maravilhosa região geográfica, deste PAÍS, que ainda não conseguiu abrir os olhos para enxergar o outro lado das verdades que nos querem fazer acreditar!
Tenho pena, muita pena deste povo que ainda segue o berrante que direciona a boiada, tocado pela mídia capitalista/neoliberal que quer, a todo custo, empurrar o País, ladeira abaixo.

Tenho pena, muita pena de nós, povo brasileiro por não conseguirmos dimensionar, com clareza ─ sem as armadilhas da parcialidade ─ as verdadeiras e necessárias mudanças a serem propostas por nós, para benefício do País e das próximas gerações.
Mas apesar de tudo, confio que em algum momento, nos tornaremos realmente um povo diferente, evoluído, consciente e faremos do Brasil o que alguns grandes pensadores e videntes, pressagiaram!

Maria ─ Estrela Lunar Amarela

─qualquer erro detectado, por favor, nos informe.

 

 

 

 

2 comentários:

  1. É é tudo técnica para vender mais, daí se reparamos as notícias focarem mais na podridão do que outra coisa. De facto existe uma má promoção do brazil por parte de muitas tvs, basta ver a record a globo com alguns programas dele. O problema está também nas pessoas em si, que de 99 de bom escolhe o 1 de mau.

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    1. É isso aí! Creio que nós - animais humanos - somos, realmente, os verdadeiramente culpados por nos terem "pescado" em diversas e traiçoeiras redes. Achar pequenos espaços para contestar é o que nos cabe fazer o que é pouco, muito pouco! Valeu!

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