quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ESPAÇO 7 ─ ESPAÇO E TEMPO DA MATÉRIA


                                                                                    17/02/2012


Hoje, vamos postar o acima, parte integrante dolivro EgoCiência e SerCiência ─ Ensaios.
Todo o texto virá em itálico.

P.1  Normalmente a pessoa, em sua composição depensamento e raciocínio chamado
lógico,  admite um espaço definido, conhecido por ela,vivenciado por ela, como algo delineado, demarcado principalmente pelatridimensionalidade. É esse espaço que tem significado para a pessoa; um espaçoque tem nome próprio definido pelo tipo de ocupação que esse espaço tem.

P.2  A noção de tempo, hoje, mais do que nunca,está atrelada à quantidade de atividades que a pessoa desempenha, que a pessoa assume. Dessa forma, hoje, o tempoé “espremido” por uma quantidade enorme de atividades que preenchem,totalmente, doze horas de um cronômetro, quase multiplicadas por 2. Um relógiodetermina o “tempo” de uma pessoa; 24 horas “fixas” do dia estão totalmenteocupadas; praticamente inexistem horas vagas, onde o “não fazer nada” poderiaencontrar espaço, falando-se principalmente dos grandes centros urbanos, emseus dias úteis.

P.3  Portanto o espaço, conhecidamente demarcado,delineado, ocupado, e o tempo, exaustivamente  preenchido e controlado, não deixam muitaalternativa de amplitude e elasticidade ao“livre pensar”, ao soltar, liberar o pensamento das amarras de tudo aquilo que sechama de concreto, de real, de material e que envolve a chamada “luta pelasobrevivência”, luta pela conquista do que é chamado de “espaço”, dentro domassificante sistema engendrado e alimentado.

P.4  Entre o tic tac constantemente sufocante doscronômetros e os andaimes de construção do “espaço” de concreto, caminha apessoa, carregando uma vaga sensação de cansaço, de desesperança, de amargura,de decepção, de medo, de angústia, de impotência, que não consegue diagnosticara razão, por falta de interesse, por falta de tempo ou por achar inútil ─  improdutivo mesmo ─  preocupar-se com “vagas” sensações que lheassolam, e para as quais procura os mais variados ─ e até mesmo perigosos ─lenitivos, apenas.

P.5  O pior é que nós, adultos, estamos impondo àscrianças esse ritmo alucinante de vida, com desculpa de que precisam serpreparadas para conquistar, no futuro, algo que é denominado  “espaço” dentro da engrenagem massacrante daestrutura econômico/social vigente.

P.6  Falar sobre o espaço da matéria, da pessoa, éfalar sobre “pequenas caixinhas” fechadas,  demarcadas, quase que inacessíveis aos menospróximos; é falar de um espaço reservado ao lógico, ao racional, ao material ─aquilo que nos parece existir de fato.

O tempo da matériaexprime-se mais pela falta de mais tempo para cumprir com todos os compromissos  que a pessoa assume. Hoje em dia, falta tempopara tudo e o que mais se ouve, comprova isso: “falta tempo”; “não dá tempo”;“preciso de mais tempo”, etc., etc., etc. .

A síndrome do“apressamento” está estampada em cada pessoa, porque a fria estrutura material vigente e oque foi criado em função dela, quer “sugar” todos os minutos da pessoa, mesmoquando eles são de lazer ou prazer. É preferível, para essa estrutura, que apessoa não tenha tempo disponível para ela, e a pessoa, em contrapartida, contaminadapelo “vírus egoísta” do “eu quero ter”, esquece-se de Ser e perde-se nosespaços materiais que aprisionam o tempo da matéria, que é Finito, mas quequase ninguém lembra, ou não quer lembrar.


Maria do Rocio Macedo Moraes
Estrela LunarAmarela.

Livros disponibilizados para download:
EgoCiência e SerCiência – Ensaios (livro 01)
EgoCiência e SerCiência – Em busca de conexõesquânticas (livro 02)

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