segunda-feira, 4 de junho de 2012

Espaço 15 - SENTIMENTO





Neste post de hoje, vamos trazer, ainda,  mais um ponto do livro EgoCiência e SerCiência Em busca de conexões quânticas, disponibilizado para download.

 É o ESPAÇO 15 SENTIMENTO, que virá todo em itálico.

 Sentimento, para mim, é a expressão mais duradoura de uma sensação diferenciada; é a “memória” da intensidade vivenciada durante o instante, quase fugidio, de uma  sensação especial.
Mas, o que pode significar sensação diferenciada?  Fizemos no Espaço 9, da 2ª parte do EgoCiência e SerCiência, uma diferenciação entre as sensações vinculadas aos 5 sentidos e a Sensação que é total, íntegra, ou seja, que é sentida, profundamente, na estrutura quântica da pessoa, agora atualizada como Ego-pessoa. 

É claro,  que as sensações físicas oriundas de algum estímulo percebido através de um dos cinco sentidos pode, dependendo da intensidade e consequências, tornar-se inesquecível,  para qualquer um de nós. Exemplificando, suponhamos que alguém tenha sofrido uma queimadura em determinada parte do corpo, queimadura essa, grave. Claro está que essa sensação, no caso,  de dor, dificilmente será esquecida, integralmente. Mas, a “lembrança” dessa sensação oriunda dos sentidos,  ficará mais ou menos “restrita” à parte afetada; ela será, de uma forma ou de outra, “localizável”, trazendo um sentimento de algo que foi,digamos assim, doloroso.
Sensações que poderíamos chamar de “primárias”, como um susto, por exemplo, sempre detonam algo diferenciado em algum ponto da estrutura Corpo Humano; um arrepio, uma alteração na boca do estomago, na barriga, no coração enfim, alteram condições  normais, de atividade orgânica.

As Sensações diferenciadas, não causam qualquer transtorno físico, orgânico.  Elas, por terem uma outra origem, que não os sentidos humanos, da forma como os concebemos, são íntegras, sutis mas profundamente marcantes;  indissolúveis, inesquecíveis,  passam a ser um sentimento, praticamente impossível de descrever, como todo sentimento verdadeiramente profundo. Talvez a sensação diferenciada, possa ser “retratada” como  emoção, para uma melhor compreensão.
Fazendo um parêntese, contarei a vocês dois fatos extremamente marcantes, para mim.  O primeiro é algo que costumava fazer, aos 4/5 anos segundo o que minha mãe contava e que lembro. Ao cair da tarde, próximo à chegada da noite, corria para uma escada que dava para o quintal e ali sentava. Quando via a 1ª estrelinha brilhar no céu, começava a cantar  “ A estrela D´Alva,  no céu desponta ...”  música de Braquinha e Noel Rosa, de grande sucesso nos idos de 1940/50.  Isso era o que hoje pode ser chamado  de ritual. Consigo lembrar a Sensação que sentia, na época, que era um misto de encantamento e de questionamentos frente aquela maravilha de céu estrelado.  Sentia, na ocasião,  o mesmo que sinto ainda hoje, aos 65 anos , ao olhar o céu em noite estrelada uma Sensação  de admiração, questionamento, acrescida hoje,  de uma  saudade de algo  indefinido, que me preenche, por inteiro e que não está vinculada às lembranças da infância; é algo além, muito além de um instante, de uma época.

O segundo,  foi fantástico. Tinha aproximadamente 10 anos e por acaso quebrei um termômetro; vi, encantada, uma bolinha prateada cair no chão; tentei pegá-la mas ela não me deixava fazê-lo. Então peguei-a com algo, que não lembro o que e tentei repartir aquela pequena “bolinha”; consegui fazê-lo mas as partes imediatamente voltaram a se juntar. Fiquei extasiada e procurei dividi-la, ainda mais; o resultado era sempre o mesmo; os pequenos “fragmentos” voltavam a se ligar. Em determinado momento meu pai chegou e me viu naquele “transe”. Disse-me que não podia brincar com aquele material,  pois o mercúrio (foi quando descobri seu nome) era perigoso. Não consegui tirar da cabeça aquela sensação maravilhosa que senti e apesar de sempre acatar conselhos de meus pais, pois sabia serem certos, na primeira oportunidade quebrei, intencionalmente, outro termômetro. Levei bronca e o outro comprado, ficou escondido. Não quero afirmar, com absoluta certeza, mas essa fantástica experiência deu-me, creio, as primeiras noções dos vários em um, fundamentando, com certeza, o que viria,  muito tempo depois.
Voltando, a  lista do que é determinado como sentimento é imensa; os mais comuns, nessa relação são: amor,  amizade, paixão, ódio, rancor, inveja,  simpatia, antipatia, inferioridade, superioridade, vingança etc.. 

Não vamos nos deter, neste Espaço, a nenhum deles, especificamente, acreditando que o mais importante que tinha a dizer sobre sentimentos, já o expus, no início, fazendo, entretanto, uma ressalva importante Sentimento é muito, muito diferente de sentimentalismo; sentimento é próprio de pessoas com alto nível de sensibilidade, não de sentimentalismo, por considerar que sentimentalismo é mais periférico, permanecendo, por essa razão,  apenas no “exotérico”,  do Ego-pessoa.

Maria Estrela Lunar Amarela

Nenhum comentário:

Postar um comentário